ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Ceres a 6 de Junho
“Quando no século passado o Homem olhou para o Céu compreendeu de imediato que o seu próximo passo em direcção ao Futuro passaria obrigatoriamente pelo Espaço: reafirmou-o quando deu o seu primeiro passo num mundo alienígena mas inesperadamente pareceu entrar num período de hibernação. Restam-nos as sondas e os teóricos do holograma.”
DAWN a 13.600km de CERES
(início de Maio)
A sonda norte-americana DAWN continua no seu trajecto de aproximação ao planeta anão CERES, junto do qual se colocará a partir do dia 6 de Junho numa órbita situada a cerca de 4.400km de distância. Recorde-se que outra sonda norte-americana (a NEW HORIZONS) vai a caminho de outro planeta anão, ainda há poucos anos considerado o nono planeta principal do nosso Sistema Solar: Plutão lá para os meados de Julho.
CERES encontra-se neste momento a mais de 370 milhões de quilómetros da Terra e como a sua órbita relativamente à distância ao nosso planeta é variável, quando DAWN entrar em órbita do planeta anão a 6 de Junho, estará então 30 milhões de quilómetros mais perto de nós (a distância Terra/Ceres encurtará até cerca de 290 milhões por volta do fim de Julho). Como se pode ver com tudo muito bem previsto.
Um dos aspectos que mais tem intrigado os cientistas responsáveis pela missão DAWN (e com isso despertando a curiosidade de muitos mais entre leigos e eruditos), têm sido as duas manchas brancas e brilhantes que surgem lado a lado numa mesma área (cratera) do planeta: e que se destacam de uma forma bem visível do resto da superfície de CERES.
Têm sido várias as interpretações para este fenómeno mas todas elas reflectindo uma explicação racional e natural. Estas manchas brilhantes (provavelmente existirão zonas mais brilhantes do que outras no planeta) poderiam ter origem em manifestações geológicas a decorrer em CERES (vulcânicas/géisers), ou simplesmente a material aí depositado e que reflectiria intensamente a luz vinda do Sol: como por exemplo a água (gelo).
Até que poderiam ser extraordinários geradores solares, acumuladores numa parte do tempo, distribuidores noutra parte do mesmo (respeitando o período orbital do planeta), mas sempre em funcionamento, presentes e luminosos. O que implicaria uma intervenção exterior e uma origem artificial. A Vida no Universo poderá (ou não, caso sejamos mesmo únicos) tomar os mais diversos e inesperados aspectos: porque não pensar, supor ou até sugerir que algo (de diferente) se passa por ali?
(imagem – NASA)