ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Chegada a Hora da Tosquia, Legislativas 2019
[E com os primeiros resultados a saírem.]
Em caso de dúvida entre o “ir e o não ir” sabendo de antemão que “deixando-se levar pelo ir” estando-se “a fazer uma boa ação e a cumprir a nossa obrigação” (como uma Religião, como um Culto): arranjando emprego para alguém e simultaneamente (pelo menos neste ainda subdesenvolvido Portugal) respeitando os mandamentos do “Patrão-dos-Patrões” (o Estado).
Para entender o que são, para que servem e o que revelam estas eleições Legislativas, bastando para tal observar o nível de participação nas mesmas e ao longo de todos estes 40 anos (1975/2015) dos nossos cidadãos eleitores (em menos de 10 milhões de cidadãos, com pouco mais de 5 milhões de votantes) − desconhecendo-se ainda os resultados de 2019 mas com a tendência atual a apontar para um novo crescimento – com a taxa de abstenção a evoluir de 8,5% para 44,1%: ou seja a crescer mais de 400%.
A resposta ignorada dos portugueses,
mesmo já na sua maioridade:
Tendo já feito 44 anos!
Com tantos “doutores e fazedores-de-opinião” substituindo num estalar-de-dedos e por certificação
− Transformando de uma forma extraordinária e em menos de uma geração –
Analfabetos em Iluminados
Mas infelizmente (por especialização por “curtos-de-vistas”, experimental e cientificamente falando) considerando-se descendentes do prémio Nobel da Medicina Egas Moniz e partidários convictos da Lobotomia, física como mental (os mesmos que dão mais importância ao objeto, face ao sujeito):
Descartando-se por outro lado do outro “o das Letras”, até por contraproducente, não produtivo, “manipulativo” − o Nobel José Saramago.
Ainda se lembram dele?
E de Aquilino Ribeiro? |
Isto para não falar das outras, pouco relevantes e únicas (nunca se tendo direito e acesso ao Livro de Reclamações) 3 participações dos cidadãos portugueses na decisão (devendo sempre e democraticamente falando, ser coletiva) sobre as opções futuras de desenvolvimento do nosso país − Europeias, Autárquicas e Presidenciais – no caso da eleição para Presidente da Republica (e pelo que o mesmo representa e afirma representar) com a situação a ser ainda mais extrema – tratando-nos como frangos de um qualquer aviário (colocados num pesadelo climatizado) só sendo chamados em determinados momentos (como o da sua morte, da sua transformação), fulcrais para o normal funcionamento da automatizada (eliminada a pouco eficaz componente animal) – sobretudo lucrativa, baseando-se exclusivamente em objetos, subalternizado o sujeito e passando-o a subobjecto − linha de montagem.
Hoje dia 6 de Outubro (ainda-por-cima um domingo, um dia devendo ser sagrado) e passado o tempo devido (optando-se pela Profanação) chamando-se de novo o rebanho para uma nova e “alegre” (talvez pelo convívio, tão espaçado e desligado) tosquia.
(imagem: pordata.pt)