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Chineses no Espaço: Depois da Terra Seguindo-se a Lua

Quinta-feira, 13.12.18

E mesmo num solo em princípio árido, estéril, seco e gelado

– Como o é aquele que o nosso satélite natural nos proporciona –

Com a visão de Longo Alcance e a Estratégia de Negócios dos chineses a apoderarem-se de um dos objetivos da missão e a enviarem para o Outro Lado da Lua não só sementes como os seus imprescindíveis acompanhantes os insetos.

 

The lander (of Change’4) carries a 3 kilogram sealed container with seeds and insect eggs to test whether plants and insects could hatch and grow together in synergy on the dusty lunar surface:

 

"We want to study the respiration of the seeds and the photosynthesis on the Moon."

(Liu Hanlong, chief director of the experiment and vice president of Chongqing University)

 

Change4Rover.jpg

O Rover da sonda chinesa Change´4 na Lua

(ilustração – CNSA)

 

A caminho de se transformar no centro do Mercado Económico e Financeiro Mundial, o país mais populoso deste nosso planeta (quase 1,4 mil milhões) e apresentando a maior área de seu território (mais de 9,5 milhões de Km²) – a Republica Popular da China – antecipando um Futuro de sobrelotação (populacional) e de carência crescente de matéria-prima (com a exploração exaustiva e ininterrupta da Terra), como que sentindo-se um pouco limitado e em vias de se tornar num conjunto potencialmente Claustrofóbico (com a população Mundial a caminho dos 8 mil milhões e a área da superfície mantendo-se), decidiu responsavelmente abandonar a sua Zona de Conforto (o Ecossistema Terrestre) e dirigir-se decisivamente para a Lua: na sua direção enviando uma sonda automática (não tripulada) – a CHANGE’4 carregada por um foguetão Longa Marcha 3B – lançada a 7 de Dezembro e alunando já no ano seguinte a 3 de Janeiro (de 2019). Uma sonda equipada com um módulo de alunagem (destinado a durar 12 meses) assim como de um ROVER lunar (destinado a durar 3 meses). Numa missão da responsabilidade da CNSA (agência espacial governamental chinesa) e concretizada a partir de um lançamento efetuado no Centro de Lançamento de Satélites de Xichang (localizado na China).

 

Chang-e4_Auto18.jpeg

Lançamento da sonda Change’4

(transportada por um foguetão Longa Marcha 3B)

 

Com a sonda chinesa Change’4 a alunar na zona mais afastada da LUA (o outro lado do nosso satélite natural nunca exposto na nossa direção) – na cratera de Von Kármán – fazendo História pelo seu ato de pioneiro (a primeira sonda automática e não tripulada a fazê-lo) mas envolvendo no seu caso problemas adicionais de comunicação (ou não estivesse estacionada a sonda do Outro Lado da Lua, interpondo-se esta última na transferência de dados Terra/Lua). Preparando o caminho para as suas sucessoras e já com a Change’5 dando um passo mais à frente, recolhendo amostras (do solo lunar) e reenviando-as para Terra: para mais tarde enviar astronautas e a partir daí fundar a sua primeira Base Lunar. E tendo já em projeto a sua própria Estação Espacial (com a ISS a caminho do seu limite de vida), o envio de sondas para mundos mais distantes e prometedores (como Marte e a lua Europa), a criação de postos espaciais intermédios e de apoio (naturais ou artificiais) e previsivelmente Esgotada a Terra seguindo-se a Conquista do Espaço. Pelo que a partir do fim do Programa Apollo e da ida do Homem à Lua em naves por si tripuladas – já lá vão 46 anos (Dezembro de 1972) – poderemos estar com os chineses a abrir de novo os olhos à exploração espacial. E desse modo à salvação da nossa própria espécie.

 

(texto/inglês: Kerry Ebden/room.eu.com – imagens: room.eu.com/CNSA e eoportal.org/CASC)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 18:51