ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Como?
Saudi Arabia, UAE, Egypt, Bahrain cut ties to Qatar
Os 6 países árabes do Golfo Pérsico
(integrando o CPP)
“Qatar's government categorically denied that the comments, in which the country's leader expressed support for Iran, Hamas, Hezbollah and Israel - while suggesting that US President Donald Trump may not last in power, were ever made.”
(aljazeera.com)
Num Mundo onde o Poder usa Máscaras de modo a poder fazer o que quer, as notícias das últimas horas sugerindo uma cisão entre os Estados Árabes Aliados, só pode ser mesmo uma reação oportunista à passagem recente do Presidente dos EUA pela Arábia Saudita: como toda a gente sabe desde o brutal atentado de 11 de Setembro de 2001, o Estado que tem financiado e espalhado um pouco por todo o Mundo e mais intensamente na região do Médio-Oriente o terrorismo mais execrável e sanguinário jamais visto e logo com o apoio do Ocidente colocando-lhes armas na mão por uns largos biliões de dólares.
Agora com a Arábia Saudita parecendo muito solícita aos recentes pedidos de Trump (ou exigências para o negócio de armas poder prosseguir), a servir-se do CPP (Conselho de Cooperação do Golfo composto por 6 Estados) para atacar um Estado irmão e assim se poder expiar (dos seus óbvios pecados) através, não na sua mas em segunda mão: conjuntamente com os Emiratos e o Barhein (a eles se juntando Egito, Iémen, Líbia e Maldivas não pertencendo ao CPP) tentando isolar o Qatar sem apoio dos outros membros (do CPP) como Omã e o Kuwait. Como se Arábia Saudita e Qatar não fossem os dois grandes pais (e irmãos) do Terrorismo Global.
Compreendendo-se a posição do Barhein dada a constante intromissão do Qatar nos seus assuntos internos (o que faz o Qatar ser um dos dois maiores Santuários de Terroristas a par da Arábia Saudita) e a dos Sauditas tentando arranjar algo que possa encher um pouco mais (agora politicamente) os bolsos de Donald Trump ‒ pegando no seu irmão-de-armas (mas mais de guerrilha e funcionando à base de mercenários) e eventualmente sacrificando-o no Altar da Guerra, face às queixas contínuas de outros países árabes seus vizinhos, aliados e ainda com alguma influência geopolítica (face ao poderio militar dos sauditas) na região.
No entanto e face a todos os interesses em presença nesta região de maior conflito, destruição e morte em todo o mundo (Líbia, Síria, Iraque, Afeganistão Iémen) ‒ com a Al-Qaeda, o Exército Islâmico e outros grupos subsidiários como criações máximas do Terrorismo Global Atual ‒ não constando certamente na projeção a curto-prazo desta atividade terrorista (promovida pelos Sauditas/Qatar) qualquer decrescimento ou suspensão nos principais locais de conflito. Restando esperar para ver e confirmar, se na realidade a Arábia Saudita já pode dispensar o Qatar da sua função no projeto e assim assumir de vez com todo o seu poder militar (baseada numa energia não renovável) a liderança do Mundo Árabe.
Partido (Eleições) 8 Junho 2017 | Sondagem % (23 Maio a 4 Junho) |
Conservador | 42 |
Trabalhista | 38 |
Liberal | 9 |
Escocês | 4 |
UKIP | 3 |
Verdes | 3 |
(Grã-Bretanha ‒ Eleições Gerais ‒ Sondagens YouGov)
Mas com tudo ainda um pouco confuso, pois enquanto os norte-americanos aconselham Sauditas/Qatar ao diálogo e não ao confronto (afinal de contas fazem os dois parte do CPP), por outro lado e apesar de todos os desmentidos (da Aljazeera) outros média como a Sky News Arabia (sediada na UAE) continuam a insistir sistematicamente na notícia não confirmada: de que o Qatar (o grande aliado saudita) deixando de apoiar a Arábia Saudita e os terroristas da Al-Qaeda e do ISIS (num ato de pura traição), se estaria a passar para o lado de Israel, do Irão e dos terroristas do Hamas e do Hezbollah. Enquanto isso e na Europa pouco depois de mais um atentado (o terceiro em poucas semanas registado em Inglaterra) espera-se pelo que vai sair das Eleições na Grã-Bretanha. Com um palpite de que ganhe quem ganhar tudo continuará na mesma ‒ para Felicidade que não da Europa.
(imagem: newglobalindian.com)