ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Covid-19 em Subida
Nesta quarta-feira dia 9 de junho, antecipando o feriado do 10 de junho, um fim-de-semana alargado (para os que fazem ponte, não indo trabalhar sexta-feira), as festas do Santo António (em Lisboa) e de seguida as festas de São João (no Porto), a comunicação por parte do Governo de que na próxima segunda-feira dia 14 de junho, 4 concelhos (de um total de 308) não avançarão no Desconfinamento ─ BRAGA, VALE DE CAMBRA, LISBOA e ODEMIRA ─ enquanto outros 10 serão colocados em estado de alerta ─ entre eles e localizados na região do Algarve, ALBUFEIRA e LOULÉ. Face ao atual panorama Pandémico nacional (COVID-19), com as autoridades a decidirem prolongar o ESTADO DE CALAMIDADE para já até 27 de junho.
Ponto de vista Covid-19
C/ a visão geral do país (incluindo o Algarve) e a evolução do índice R(t), a darem-nos (ainda) ─ cumpra o Estado a sua obrigação, com testagens/vacinação ─ algum réstio de esperança
Centrando-se o caso mais significativo na região de Lisboa e Vale do Tejo (só hoje com os 591 novos casos de Infetados, registando 66,4% do total de infeções nacionais) e sendo ainda relevante a situação em Odemira (não atingindo ainda o momento decisivo de regressão): e se em Odemira o motivo é bem claro devido ao movimento/flutuação de parte (certamente importante) da sua população (sendo uma fixa, ma outra móvel) ─ essencialmente no seu setor agrícola, nas estufas (com muitos migrantes, oriundos do continente asiático) ─ no caso de Lisboa ele ainda o é mais (claro, claríssimo) não servindo o argumento dos muitos focos e a impossibilidade de os detetar uma justificação válida ─ isto porque o único motivo para tal estar a acontecer, reside apesar deste já longo processo de testagem e de vacinação e de todos os seus problemas e erros de aplicação (sendo naturais e até servindo para aprender, corrigir e melhorar), num único fator não sendo necessário identificar por ter estado sempre presente movimentando-se bem visíveis à frente de todos (especialista da visão ou não) e que nunca se puderam retirar (nem por um momento que fosse, para a máquina Económica não parar), a massa de jovens estudantes e de trabalhadores movimentando-se em duas das vias principais de comunicação/transporte/transmissão do vírus (Família/Escola e Família/Trabalho), ainda-por-cima (sendo comuns) entrecruzando-se, poucas ou nenhuma vez tendo sido testados (nas empresas, nas escolas, nas ruas), quanto mais por não chamados, nunca tendo sido considerados como prioritários (como o deveriam ter sido considerados desde a 1ª hora) e como tal vacinados ─ e nem lhes pagando por isso, até como forma de agradecimento, merecido. Para quem manda e para casos como este, restando-os dizer apontando o dedo para estes distraídos (certamente achando-se inimputáveis), “só quem não quer ver, é que não vê”.
Terra Covid-19
Ultrapassados os 175 milhões de Infetados, perto dos 3,8 milhões de Óbitos e c/ as piores referências Mundiais (Infetados/Óbitos) a serem os EUA (1º/1º), a Índia (2º/3º) e o Brasil (3º/2º)
Pelo que sabendo-se desde já quem “avança ou não avança” no Desconfinamento (já não existindo pelos vistos e reorganizada/martelada a matriz de risco, recuo possível) sendo fácil de descobrir o que de mais importante (a nível social e económico) distingue, os (1) “avança” dos (2) “não avança”: entre os que mais interessam ao publico em geral e no caso (1), com o horário comercial a voltar ao normal e com os restaurantes/espetáculos a encerrarem às 01:00 (no caso (2) às 10:30), com o nº de pessoas à mesa a aumentarem (no (2) não), com o regresso da prática desportiva com limite de público (no (2) não) e ainda com uma maior flexibilização podendo ser total da lotação dos transportes (no (2) mantendo-se as restrições de limitação). Restando saber se, focando-se de momento o maior problema na região de Lisboa (e arredores), as autoridades responsáveis terão capacidade suficiente para controlar tantas pessoas durante tanto tempo entre tantas variantes de percurso: havendo recursos podendo-se ter aproveitado o Santo António e o São João para se fazer uma Romaria/um Arraial, não de febras na brasa nem de sardinha assada, mas de testes e de vacinas.
No dia de hoje e como se verifica pelo gráfico (aqui apresentado) ─ talvez confirmando os motivos da “fuga” inglesa e do “temporário não” espanhol ─ com a generalidade dos parâmetros Covid-19 a continuarem (apesar de a um ritmo lento e incerto, subindo/descendo) em crescimento com a exceção do índice R(t) ligeiramente superior a 1, crescendo não só o nº de novos Infetados e a Incidência, como também agora ─ não sendo já oriundos da vaga anterior, mas de “réplicas” começando a “reabastecer de novo os hospitais de doentes/infetados ─ o nº de Internados e de doentes em UCI (estado grave/crítico): ao registarem-se hoje 890 casos de novos Infetados, tendo-se de recuar a 6 de março (mais de 3 meses) para se obter um valor superior (1007); neste período de 14 dias com o nº de Infetados/dia a crescer 55%, o nº de internados 31%, o nº de doentes em UCI 32%, a Incidência 29%, sendo o único a decrescer o índice R(t) 2%. Números sem dúvida preocupantes centrando-se maioritariamente em Lisboa, mas tendo repercussões garantidas um pouco por todo o país, como já se verificou lamentavelmente no Algarve (ainda sonhando com o dia 21 de junho, quando os próprios ingleses no seu próprio território, não estão nada certos disso).
(dados: dgs.pt ─ imagens: Produções Anormais e
Yalcin Sonat/Shutterstock/theconversation.com)