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Covid-19 PT ─ A Luta pelo Poder ─ Marcelo Vs. Costa

Segunda-feira, 29.03.21

“Mais apoios sociais para trabalhadores independentes, gerentes, pais em teletrabalho e profissionais de saúde. Marcelo promulga medidas que Governo considerou "inconstitucionais." (Madremedia/28.03.2021/24.sapo.pt)

 

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Marcelo promulga medidas de apoio social urgentes e lembra que Governo pode recorrer ao TC (mas não tem maioria absoluta).

(29.03.2021/ZAP/aeiou.pt)

 

Conhecendo-se a fragilidade deste Governo de António Costa (minoritário na Assembleia da República) e ─ sabendo-o na sua mão ─ o poder crescente do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa (justificando-se, podendo a qualquer momento demitir o Governo),

 

Eis que depois de alguns avisos anteriores deste último (sugestões/conselhos de Marcelo, nem todos sendo respeitadas por Costa) “engolidos, mas não digeridos” pelo primeiro (como é o caso da Educação tendo-se iniciado já o regresso às escolas, quando o presidente sugeriu fazê-lo ─ lembrando o sucedido no Natal ─ mas só depois da quadra festiva da Páscoa),

 

Marcelo o Presidente resolve final e claramente (para todos os que queiram ver) pôr “os pontos nos Is” comunicando e colocando por escrito “o que ele acha sobre a situação, o que falta fazer e o que deve ser ainda adicionado”:

 

Para que ninguém nem sequer Costa o 1º Ministro diga “desconhecer os seus pensamentos” (de Marcelo), se necessário e assim a situação o exija demitindo o Governo.

 

Voltando à carga com as suas medidas (anteriormente não tendo passado na AR) e insistindo nelas mais uma vez (de novo na AR após Marcelo o ter promulgado), até para ver qual será agora a reação de Costa, cada vez mais isolado (mesmo no seu partido) e podendo até perder o apoio (tácito, estratégico, preparativo) de Marcelo:

 

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Índice médio de transmissibilidade R(t) subiu ligeiramente, mas continua abaixo de 1 (nível considerado seguro).

(29.03.2021/lifestyle.sapo.pt)

 

Com Costa não obedecendo a Marcelo podendo começar a ver a “luz ao fim do túnel”, indicando-lhe a curto-prazo o fim do seu trajeto a porta de saída ─ e abrindo essa porta às suas ideias, à sua ideologia e no fim ao seu partido.

 

Ainda-por-cima (“um presente envenenado” para Costa) introduzindo medida extras que à primeira vista ninguém contestará, sendo estas urgentes, de apoio e de solidariedade tanto individual (ajudando o cidadão) como coletiva (ajudando as empresas):

 

Costa a não ter argumentos contra, senão “falar no dinheiro gasto” ─ invocando um aumento orçamental impossível e ilegal de assumir ─ quando noutras situações o dinheiro parece não faltar “caindo na bolsa de alguns como enormes gotas-de-chuva numa tempestade”. Sendo essas medidas (c/ Marcelo a favor e c/ Costa contra) de novo mandadas pelo Presidente à AR (a ver se agora são aprovadas e passam).

 

Um aumento dos apoios sociais aos trabalhadores e empresas (incluindo trabalhadores independentes/empresários), um aumento do apoio a pais em teletrabalho (tendo de trabalhar e ao mesmo tempo no mesmo local e por períodos, “dividir-se” de modo a cuidar dos filhos) e medidas excecionais tendo em conta o esforço dos profissionais de Saúde (tão sacrificados, tão elogiados, tão abandonados).

 

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Covid-19 rouba emprego a 104 mil pessoas no último ano. Desemprego cresceu mais de 30% face a janeiro do ano passado. Confinamento do início do ano com mais impacto do que o de março de 2020.

(23.02.2021/R. Oliveira e A. Ribeiro/cmjornal.pt)

 

Pelo que a partir de hoje e depois de muito “baralhadas” (bem ou mal, com batota ou não) as cartas (deles os predadores), “estas estão definitivamente lançadas na mesa” esperando-se (nós, as presas) pelos próximos episódios:

 

De um lado puxando Marcelo, do outro puxando Costa e connosco ainda-por-cima sendo obrigados a pagar bilhete, para ver este espetáculo (miserável de manutenção ou de sucessão).

 

E então questionando-nos estando os nossos Chefes tão ocupados, “se sobra algo para dizerem e nos salvarem desta Pandemia?

 

Em riscos de cairmos no abismo económico, não nos matando o “bicho” pela doença, matando-nos o “sistema” (que escolhemos/votamos/entregamos) ─ estagnado, mas beneficiando em milhões uma minoria (retirando-nos “o pão & a água”, “o emprego & a saúde”) ─ pela fome.

 

“Os três diplomas do parlamento - todos com origem em apreciações parlamentares de decretos do Governo - foram aprovados em 3 de março, com o PS a votar isolado contra o dos apoios sociais e o da saúde e a abster-se no das famílias (juntamente com Iniciativa Liberal, neste diploma).” (Madremedia/28.03.2021/24.sapo.pt)

 

(imagens: José Sousa Goulão/LUSA/expresso.pt ─ sns.gov.pt ─ uk.finance.yahoo.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 21:26