ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
De Pequenino se Torce o Terrorista
Na Terra do Camarão
Depois de um tipo do calibre de Tony Blair (um sujeito mesmo mau e real) só faltava mesmo aos britânicos apanharem com um calibre do tipo David Cameron (um objecto mesmo acéfalo e virtual).
Counter-Terrorism and Security Bill 2014-15
(GOV.UK)
Mais uma vez um regime modelo como o da Grã-Bretanha (modelo original) certificado pelos supremos teóricos oficiais da Civilização Ocidental, vem reconhecer face ao cidadão que o elegeu para o representar e defender a sua total incompetência (e descaramento), solicitando-lhe que se empenhe mais profundamente na defesa do seu Estado, já que o mesmo (nesse ponto fulcral de defesa da soberania) demonstrou ser incapaz.
Não é pois de admirar que um governo como o Britânico enterrado em milhares de escândalos e contradições, que vão desde o afundamento progressivo e brutal da sua economia (agora até incluem o mercado da droga e da prostituição nos seus balanços orçamentais, o que teve como reflexo imediato a melhoria visível das contas) até à destruição de valores éticos e morais (veja-se o caso de pedofilia que atravessa toda a sociedade britânica, com focos bastante poderosos seja entre círculos políticos como entre círculos da família real), por vezes se meta por caminhos no mínimo estranhos e incompreensíveis.
Senão vejamos (apenas um caso): todos os funcionários públicos ou privados com responsabilidades nas áreas da Saúde, Justiça, Educação, Administração e por aí fora, terão agora no seu local de trabalho uma responsabilidade adicional, pois além de terem de desempenhar eficientemente a função para a qual foram contratadas, terão igualmente de espiar, concluir e denunciar – sem nenhum tipo de formação adequada. Ou seja (apenas um exemplo): se eu julgar que uma criança frequentando um jardim-de-infância tem tendências terroristas, devo logo denunciá-la (para protecção dela e de toda a comunidade) às autoridades competentes.
“Lembro-me de um truque, particularmente cruel, que certa vez fiz com uma vespa. Ela estava sugando a geléia em meu prato, e eu a cortei no meio. Não prestou a menor atenção, mas simplesmente seguiu com sua refeição, enquanto um fino fluxo de geléia escorria de seu estômago partido. Somente quando tentou voar, deu-se conta do terrível fato que lhe tinha acontecido. O mesmo acontece com o homem moderno. Aquilo que lhe foi cortado é sua alma.” (George Orwell/pensador.uol.com.br)
(imagens – Web)