ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
E Lá Se Foram 50 Dias Sem Governo – Alguém Notou?
À custa das suas maiorias (reais e imaginárias), Cavaco Silva e Passos Coelho poderão vir a ser com a imposição unilateral das suas brilhantes e inatacáveis opções políticas (impostas de uma forma prepotente mesmo no interior do seu partido de origem social-democrata), os grandes carrascos do PSD.
Pelo menos durante os próximos dois meses serão estes os dois protagonistas da política portuguesa (nunca esquecendo o presidente da Assembleia da Republica): um com contrato a termo incerto, talvez longo e na posse de todas as suas faculdades políticas (o que é bom), o outro com contrato a tempo certo, perto do fim e limitado nas suas faculdades políticas (o que é mau). Assim e da mesma forma que qualquer outra identidade religiosa logicamente o desejaria, esperemos que o Bem/Bom se sobreponha e acabe com o Eixo do Mal.
António Costa e Cavaco Silva
Então lá para fins de Janeiro nascera um novo clone, à imagem do da esquerda ou então do da direita.
Com o candidato da direita a já ter sido inseminado, tendo poucas semanas até se certificar do seu sexo (da sua verdadeira posição ideológica face ao tão problemático quadro atual), mas terminando a sua gestação apenas ao fim dos nove meses (quando sendo o clone perfeito, demitirá logo o Governo): num pré-percurso bastante curto (e que o levará até ao ato eleitoral) mas sujeito a muitas marteladas, extremamente orientadoras e como tal inevitavelmente cerceadoras. Se não ganha à primeira (volta)…
Quanto ao candidato da esquerda, eles são muitos e recomendam-se. A sua escolha está em aberto e o cenário propiciasse: Presidente da Assembleia e Governo de esquerda, fase ainda inicial do governo PS (as eleições presidenciais estão aí à porta) e esperança ainda intacta de uma maior estabilidade para todos os cidadãos (sempre que algo muda, logo surge a esperança de que algo vá mesmo mudar – e se ninguém se mexer, então é porque já estamos mortos). É mesmo só quere e entretanto escolher. À primeira ou até à segunda volta.
(imagem: SAPO)