ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
EBOLA e Técnicos de Saúde
If you do something once that has a very low probability of a very negative consequence, your risks of harm are low. But if you repeat that activity many times, the laws of probability—or more specifically, a formula called the "binomial distribution"—will eventually catch up with you. (John Villasenor – 17 de Outubro – medicalxpress.com)
OMS declara (hoje) o fim do surto EBOLA no Senegal
Com mais de 4.000 mortos registados até hoje vítimas da infecção provocada pelo vírus EBOLA (com a maioria esmagadora dessas vítimas relacionadas com três países da África Ocidental – Serra Leoa, Guiné e Libéria), a propagação do vírus mantém-se sem dar sinais de querer abrandar.
Esta doença infecciosa e mortal que tem assolado a África Ocidental – com um número invulgar de vítimas neste novo surto registadas especialmente desde Abril deste ano – tem no entanto atacado simultânea e violentamente os técnicos de saúde instalados no terreno os quais, apesar de todos os protocolos de segurança, têm também sucumbido à sua rápida (e silenciosa) propagação.
Como se pode constatar na tabela seguinte com mais de 5% das vítimas (segundo a Organização Mundial de Saúde) a serem profissionais da saúde.
Doença | Total de Indivíduos Mortos (TIM) | Técnicos de Saúde Mortos (TSM) | (TSM/TIM) x 100 | Conclusão |
EBOLA | > 4.500 | 236 | > 5% | Em cada 20 Indivíduos que morrem com o EBOLA 1 é Técnico de Saúde |
(dados – Organização Mundial de Saúde)
A mesma WHO/OMS apresenta entretanto previsões para a evolução desta doença/epidemia, projectando para este fim-de-semana a ultrapassagem dos 9.000 contaminados (entre eles mais de 400 profissionais de saúde a actuarem no terreno).
Relembra ainda que estes números poderão ser ainda mais elevados, dado o número de casos (por diversos motivos) não reportados.
Em África apenas 14 países se preparam convenientemente (com prevenção e acção imediata no terreno) para este novo surto de EBOLA.
Apesar de todo o alarmismo provocado na população mundial – seja por aqueles que desvalorizam a epidemia, seja por aqueles que já vêm o Apocalipse Final – ela ainda pode ser travada.
Ou não esteja a epidemia restrita a uma zona limitada de África e exclusivamente com casos pontuais assinalados noutros pontos do globo: todos justificados pelo transporte do doente ou pela infecção provocada noutro indivíduo pelo mesmo doente já infectado.
O que é na realidade necessário e fundamental é um maior investimento em África no sector da saúde: veja-se o caso de dois países africanos de referência na luta contra este novo surto do vírus EBOLA, que hoje já estão a ser recompensados pela sua estratégia de intervenção – a Nigéria e o Senegal.
E com o Senegal e a OMS a poderem anunciar hoje ao mundo, o fim do surto nesse território (muito provavelmente acompanhados pela Nigéria).
(imagem – Web)