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EBOLA FASE 2

Quinta-feira, 02.10.14

De início as notícias surgiram vindas do interior de África. Mas como já era habitual ninguém ligava nenhuma. Mesmo quando os números começaram a ultrapassar os milhares e uma nação inteira entrou em colapso. Então um certo dia o primeiro caso chegou à América e mesmo aí e duma forma negligente, ninguém soube quebrar a cadeia. O que aconteceu depois está ainda por contar. Felizmente!

 

 

Enquanto em África o vírus EBOLA continua a avançar sem grandes obstáculos e num terreno propício à sua propagação (com maior intensidade na Libéria, Serra Leoa e Guiné), por outro lado e incompreensivelmente o resto do mundo parece não estar nada preocupado com a rápida e mortal propagação deste vírus terrível: talvez por ainda estar confinada a uma zona limitada duma sub-região sobre explorada e desconsiderada (e além disso localizada muito lá longe) o (imenso) continente africano.

 

Nem mesmo a declaração do estado de emergência na Libéria (paralisando literalmente um país e todo o seu quotidiano diário) nem as declarações cada vez mais pessimistas da Organização Mundial de Saúde (com o vírus a já ter provocado mais de 3.000 mortos e estimando-se até ao fim do ano que ultrapasse os 20.000 – e com estes números a serem actualizados sempre em crescendo), parecem ter acordado o mundo para o ressurgir deste pesadelo que mais tarde ou mais cedo poderá chegar até nós: “o mundo não se identifica com um modelo baseado numa estrutura rígida e estanque, sendo isso sim bastante flexível e permeável, o que aliás lhe permite continuar a comunicar (e isso é a vida) entre os diversos pontos que o constituem.”

 

 

Neste cenário de alguma indiferença global por parte das entidades governamentais e mundiais que nos dizem representar e defender, surge então o primeiro caso detectado fora das fronteiras de África: um cidadão viajando da Libéria para os EUA acaba de ser internado e isolado num hospital de Dallas depois de se ter confirmado através da realização de testes a sua contaminação pelo vírus EBOLA.

 

Terá entrado em território norte-americano a 20 de Setembro e sido isolado apenas oito dias depois (o que devido ao período de incubação do vírus EBOLA – mínimo inferior de 2 dias numa média inferior de 8 dias – nos humanos poderá ter transformado durante algum tempo o doente infectado num transmissor activo).

 

Nesse intervalo de tempo esteve em contacto directo essencialmente com familiares e amigos, o que levanta logo a possibilidade de ter contaminado outros indivíduos próximos de si: como é o caso particular de cinco crianças cuja exposição à doença poderá ter levado à sua contaminação, podendo estas agora e por sua vez estarem a contribuir para a sua disseminação dado todas frequentarem centros escolares (além de outras suspeitas em torno dum adulto).

 

Assim e de momento um adulto infectado e outro adulto e cinco crianças sob suspeita. E com as autoridades sanitárias a tentarem fechar o circuito em torno do doente infectado – tentando contactar todos aqueles que possam ter estado em contacto com o doente – de modo a controlar a disseminação do perigoso e mortal vírus.

 

 

Para terminar dois pequenos pontos que definem o conjunto “O Acesso do cidadão comum ao Sistema de Saúde Norte-Americano”:

 

"Let me be real frank to the Dallas County residents, the fact that we have one confirmed case, there may be another case that is a close associate with this particular patient... So this is real. There should be a concern, but it's contained to the specific family members and close friends at this moment." (Zachary Thompson – Director dos Serviços de Saúde/Dallas)

 

“O liberiano Thomas Eric Duncan procurou ajuda médica na passada sexta-feira, informando que vinha da Libéria, mas o dado não terá chegado à equipa que o atendeu, tendo acabado por sair da unidade de saúde com a indicação de tomar antibiótico, segundo a irmã. Duncan, que está nos EUA pela primeira vez para visitar a família, está em isolamento desde domingo, depois de os sintomas terem piorado.” (Visão online)

 

(imagens – AP)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 14:31