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Em Morte Cerebral

Quarta-feira, 21.09.16

Síria

 

Com a CIA e o Pentágono mínima, eficaz e militarmente bem inseridas e integrados no terreno (combatendo-se como parceiros e inimigos e desse modo implementando a ordem e o caos) e complementarmente contando ainda com a submissão da grande maioria (do Mundo) às milagrosas rotativas impressoras de Dólares (daí a ligação direta com Deus); na Síria e no Iraque e para os estrategas dos EUA (no instante), com o futuro na Al-Qaeda e nos terroristas do ISIS.

 

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“The Syrian ceasefire formally ended today, with the Syrian military announcing it was no longer sustainable amid growing rebel strikes. This was seen as all but inevitable since Saturday, when a botched US airstrike killed 83 Syrian soldiers and allowed ISIS to advance into crucial area around the Deir Ezzor Airport.”

 

Decretar a morte de um Estado Soberano sem se preocupar minimamente com tudo o que de objetivo e subjetivo este ato poderá provocar (no interior desse Estado e nos Estados seus Vizinhos), revela bem quais as verdadeiras intenções de quem decreta essa Extinção: a obtenção do maior lucro possível com as matérias-primas mais valiosas desse território, nunca se preocupando com as pessoas (tempo é dinheiro) nem com a sua sobrevivência (dada a destruição das infraestruturas básicas de apoio). Com a certidão de óbito a ser definitivamente passada face às múltiplas hemorragias internas (Fim da Cultura) e ao ser detetada a nossa morte cerebral (Fim da Memória). Por efeito de contágio alastrando a outros corpos e contagiando outros Estados.

 

“The truce began last Monday evening, and was a rousing success for the first few days, with no civilian deaths for several days, giving the country a rare period of calm after several years of war. There were some skirmishes reported later in the week, however, and then the US strike, by far the deadliest incident of the week, set off a powderkeg.”

 

Invadido o território, arrasado e saqueado o Estado, cilindrada a sua população (no fundo configurando um Genocídio) e quando agora tudo se resumia à observação dos abutres evoluindo num dos seus coutos preferidos de caça (com bons ou maus mercenários, com bons ou maus terroristas – num modelo seguindo um guião cinematográfico com cenários tipo Hostel), também aqui se revela o papel de aliados e neutros numa perspetiva paralela (não militar), mas neste caso visto como um roubo à vítima já abatida e sem possibilidade de defesa (numa campanha talvez solidária talvez de caridade orquestrada pelos falsos mas bem colocados intelectuais das artes): invadindo-se, matando-se, roubando-se, exportando-se e vendendo-se.

 

“Either way, the attacks dramatically weakened Syrian defenses in the area, and ISIS was quick to take advantage. It also sparked a new row between the US and Russia, as US officials responded to Russia’s call for an emergency UN Security Council meeting with angry condemnation.”

 

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Pelo que a um Estado em morte cerebral (estado zombie de criação norte-americana – como o Iraque, a Líbia, a Síria e o Iémen) e sem grandes referências no tempo (de cultura e de memória mesmo que cronometradas no espaço), nada há a esperar senão o seu próprio limite (depois do nascimento, a morte): recusando a evolução e sublimando-a com a extinção – e replicando num mundo absurdo e povoado (de angústias), o paradigma humano e o fim da esperança (sustentada numa estrutura pela espécie projetada – como num processador – tendo como centro o Homem e a sua excecionalidade objetiva).

 

(texto/itálico: antiwar.com – imagens: abcnews.go.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 00:41