Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Encontro com Tritão

Quinta-feira, 15.12.16

O objeto MAIS FRIO do Sistema Solar talvez oriundo dos lados do Cinturão de KUIPER e um dia capturado por um objeto maior o planeta NEPTUNO. Apesar disso geologicamente ativo evidenciando erupções (fenómenos como geysers) e contendo nuvens ténues/atmosfera (uma mistura de nitrogénio e poeiras). Em muita da sua paisagem apresentando a sua superfície com fendas e sulcos como que se tivesse sido retalhada (talvez uma evidência das feridas da sua juventude).

 

T0.jpg

 

No cumprimento da sua missão iniciada a 20 de Agosto de 1977 na já mítica Estação da Força Aérea Norte-Americana de CABO CANAVERAL e tendo como destino as fronteiras longínquas e desconhecidas do SISTEMA SOLAR (e a sua ultrapassagem), a sonda automática VOYAGER 2 atingiu no Verão de 1989 (25 de Agosto) o último planeta deste sistema planetário no qual se inclui a Terra (tendo como ponto central de referência o Sol): o oitavo planeta NEPTUNO.

 

T1.jpgT2.jpg

 

Um planeta integrando o conjunto dos Gigantes Gasosos (Júpiter, Saturno, Úrano e NEPTUNO), localizado a mais de 30 UA de distância do SOL (4500 milhões de Km), com um diâmetro quase 4 X Terra (e uma massa mais de 17 X Terra), demorando quase 165 anos a completar uma órbita em torno do Sol e registando (no seu ecossistema) temperaturas inferiores a 200⁰C negativos. Contando pelo menos com catorze luas sendo TRITÃO a maior delas.

 

T3.jpgT4.jpg

 

Com a sonda VOYAGER 2 aquando da ultrapassagem de Neptuno a prestar particular atenção a este satélite natural do planeta (TRITÃO), conhecido como a sétima maior lua em diâmetro do Sistema Solar (d = 2700Km – o da nossa Lua é de 3474Km), por ter a particularidade (única entre luas) de possuir uma órbita movimentando-se no sentido oposto ao do planeta e ainda por ser JOVEM e geologicamente ATIVO: podendo até ter gelo (de ÁGUA) à superfície ou um OCEANO subterrâneo (semelhante ao que se pensa existir na lua de Júpiter EUROPA).

 

PIA18668.jpg

 

Uma lua de NEPTUNO que pela sua dimensão e características físicas se assemelha muito ao nosso conhecido planeta-anão PLUTÃO (antes considerado o último planeta do Sistema Solar) e que pela particularidade da sua órbita (retrógrada) ainda mais nos sugere até pela sua proximidade com essa região do espaço poder ser um corpo celeste com origem no Cinturão de KUIPER. Por tudo o referido antes tornando esta lua distante como um ALVO bastante RELEVANTE mas infelizmente muito distante (para nós e para já).

 

14432342b3080b2fc39acaa4b27da121-783x450.jpgposat-1__1.jpg

O pai Carvalho Rodrigues e o seu filho

PoSAT-1

Custo de Construção: 5.000.000 Euros

Utilização Cientifica: Estudo dos Ventos Solares e das Cinturas de Radiação Terrestre

 

Aproveitando a ocasião para recordar (pois Portugal pertence à Terra) o engenheiro eletrotécnico natural de uma pequena freguesia perdida no meio da Beira-Alta (Casal de Cinza), que um dia olhou para o Céu e se tornou no pai-da-ideia do primeiro veículo português a circular no Espaço: falamos de Fernando Carvalho Rodrigues e do seu PoSAT-1.

 

O primeiro satélite de fabrico português (aliado a um grupo de entidades/empresas como a EFACEC, o INETI, a MARCONI, a OGMA e a UBI entre outros), lançado na direção do Cosmos em 26 de Setembro de 1993 e estacionando em órbita da Terra a mais de 800Km da sua superfície: desde essa data (apesar de deixar de comunicar em 2008) orbitando o planeta em 110 minutos a uma velocidade superior a 7Km/s (prevendo-se o seu fim aquando da reentrada na atmosfera terrestre – lá para 2043).

 

(imagens: TRITÃO – PIA 18668/PIA 18669/nasa.gov e PoSAT-1 – skyrocket.de/aeiou.pt)

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado por Produções Anormais - Albufeira às 10:33