ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Espaço, Oceanos e Atmosfera ─ Plástico e Poluição
Já tendo tocado a Lua (a mais de 384.000 Km da Terra) e prevendo dentro de alguns anos tocar Marte (hoje perto dos 289.500.000Km da Terra), o Homem já no decorrer do ano 2021 ainda é incapaz de tocar as profundezas dos oceanos: sabendo-se que o local no presente (e conhecido) com maior profundidade ─ a Depressão Challenger localizada nas profundezas do Oceano Pacífico (Fossa das Marianas) a 300Km a sudoeste de Guam ─ se fica (modestamente) nem pelos 11Km (11.994 metros).
O ar que respiramos (incorporando-o, fazendo parte do nosso corpo)
a ser constantemente invadido por um nº crescente de partículas de plástico
Dispondo de toda uma tecnologia avançada e revolucionária criada pelo desenvolvimento científico e pela extraordinária capacidade da mente humana, mas que talvez pela conclusão de que tudo isto um dia terá um fim e dada a exploração desenfreada até agora levada a cabo (no nosso planeta) ─ destruindo a Natureza e transformando-a em matéria-prima, apenas na busca do lucro ─ não tendo qualquer hipótese de recuperação e como tal, orientando o foco futuro de investimento não para o interior (p/ a Terra) mas em direção ao exterior (p/ o Espaço).
Dessa forma e como consequência, em vez de tentarmos resolver os problemas internos ─ como é o caso da poluição em terra, atmosférica e oceânica ─ virando-nos para o Espaço profundo e ainda bastante desconhecido (e extremamente perigoso, até pela distância), chegando mesmo a procurar outras Terras alternativas a muitos e muitos anos-luz de distância da Terra, sendo completamente incessíveis para o Homem: dando prioridade à colocação do Homem na Lua (de novo, já lá vão mais de 50 anos) e até em Marte e descurando a observação do que comemos/bebemos e respiramos, o básico, para não termos no futuro problemas sobretudo de Saúde.
Uma tecnologia capaz de nos lançar em ambientes distantes e hostis
no entanto não atingindo na Terra uns míseros 11Km de profundidade
E aí, depois da poluição da terra e do mar, chamando-nos à atenção a poluição atmosférica e nela de um outro (grande) problema adicional ─ a proliferação dos plásticos em pequeníssimas partículas no ar que todos os dias respiramos: e se antes afirmávamos que “somos o que comemos” agora também podemos acrescentar que também “somos o que respiramos”. Se pelo lado da Exploração Espacial os recursos financeiros parecem ser imensos, envolvendo não só as agências espaciais do estado como até as da iniciativa privada (veja-se o caso dos EUA, com os privados como a SpaceX a utilizarem verbas do estado ─ em biliões de dólares ─ anteriormente destinadas para a NASA), não sendo pelas verbas dispensadas à preservação do nosso Ecossistema e nele incluindo os humanos (uma miséria, se comparada), que os Estados irão à falência: por exemplo em terra, no mar e no ar “controlando os plásticos”.
Segundo um estudo da NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, norte-americana) com milhares de toneladas de micro plástico circulando na atmosfera, fazendo diariamente parte (a cada microssegundo que passa) do ar que todos nós respiramos: plástico entrando já na nossa cadeia alimentar, até nas garrafas de água que consumimos vindos da própria cápsula (de plástico, ao rodar/abrir largando igualmente partículas para o eu interior). E respirando-se agora um “ar plastificado” tendo-se forçosamente de esperar, consequências negativas (para a saúde) ─ como se já não bastasse até pela camada (protetora) de ozono, o mal provocado pelos aerossóis: destruindo essa camada (daí o aparecimento de “buracos”, felizmente e para já, recuperando) tendo como uma das suas importantíssimas funções a de proteger a Vida da ação dos raios ultravioleta. E passando por ela todos os raios/radiações esterilizando o planeta.
(imagens: livescience.com ─ universetoday.com)