ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
França, Eleições & Emmanuel
[Ao nomear o seu amigo e colega de escola (Sciences Po de Paris) Édouard Philippe como novo 1ºMinistro (também amigo dos Rothschild via Grupo Bilderberg) e logo de imediato e após tomar posse com Presidente de França ter como sua 1ª Visita de Estado a Alemanha da chanceler Ângela Merkel, se por um lado Emmanuel Macron se pode regozijar pelo seu avião não ter sido atingido por relâmpagos durante a sua viagem obrigando-o a voltar para trás (tal como sucedeu com François Hollande quando foi eleito Presidente em 2012 na sua 1ª vassalagem à já e ainda líder alemã e europeia), por outro lado todos os sinais que daí emanam (de Édouard e de Ângela) sugerem Macron como mais um Dançarino da Companhia Sarkosy (e do Harém da Chanceler). Faltando-se saber o que fará com o Joker Americano.]
Emmanuel Bonaparte Macron
Dos mais de 47 milhões extraídos dos mais de 67 milhões
(de franceses)
Só 8 milhões votaram Macron
Numa França há muitos anos à deriva ‒ antes submetida à sobranceria inglesa face à sua submissão à Alemanha ‒ surge agora um candidato não representando ninguém disposto a mudar o país num estilo Clinton/Blair (tipo colonialista). Não percebendo não existir opção que não seja os 2 Blocos (EUA e Rússia/China) e que não será a França (na sua Imaginação a 5ª Potência Mundial) que aí irá inovar: com os ingleses a rirem-se dela (conforme a cronologia dentro/fora da EU), com os alemães a tratarem-na como aos outros (do grupo do défice excessivo) e até com os norte-americanos à espera que os passarinhos venham rapidamente comer à sua mão (enquanto Donald Trump vai comendo uma fatia de bolo de chocolate, aproveitando a ocasião para outra patifaria).
França ‒ O território em disputa
Num país com cerca de 67,5 milhões de indivíduos e 47,5 milhões de votantes, foram estes os resultados da 1ª volta das Eleições Presidenciais Francesas de 23 de Abril de 2017:
Candidato | Partido/Frente | Nº Cidadãos (67,5) | Nº Cidadãos AV (47,5) |
(Abstenção) | - | 15.7 | 22.3 |
Emmanuel Macron | En Marche! | 12.8 | 18.2 |
Marine Le Pen | National Front | 11.4 | 16.2 |
François Fillon | The Republicans | 10.7 | 15.2 |
Jean-Luc Mélenchon | La France insoumise | 10.5 | 14.9 |
Benoît Hamon | Socialist Party | 3.4 | 4.8 |
N. Dupont-Aignan | Debout la France | 2.5 | 3.6 |
(Brancos/Nulos) | - | 1.4 | 2.0 |
Jean Lassalle | Résistons! | 0.6 | 0.9 |
Philippe Poutou | New Anticapit. Party | 0.6 | 0.8 |
François Asselineau | Popular Rep. Union | 0.5 | 0.7 |
Nathalie Arthaud | Lutte Ouvrière | 0.3 | 0.5 |
Jacques Cheminade | Solid. and Progress | 0.1 | 0.1 |
(Resultados da 1ª volta das Presidenciais Francesas ‒ AV: Autorizados a Votar)
Uma tabela que significa duas coisas:
O Presidente de França não é na Realidade Emmanuel Macron (só na sua própria Imaginação), encontrando-se o mesmo ainda escondido entre a Abstenção;
Emmanuel Macron representa na melhor das hipóteses apenas 18% da totalidade da população francesa (isto se pusermos de lado os 20 milhões não autorizados a votar).
O Rico, a Herança e o Herdeiro
A partir dos indícios deixados para trás e relativo aos resultados da 1ª volta das Presidenciais Francesas (que deram a vitória na 2ª volta a Emmanuel Macron sobre a sua adversária Marine Le Pen), com o país a manter-se dividido entre vários nichos sem grande expressão política e descaracterizados ideologicamente (o problema do oportunismo e dos independentes na política), projetando-se para o mesmo a manutenção do seu cenário de crise (anterior) e o recrudescimento dos conflitos já vindos de trás ou latentes. E se Emmanuel Macron persistir no seu endeusamento político numa tentativa de reforçar o seu poder (utilizando os Media e as classes altas e conservadoras francesas) então o caldo estará mesmo entornado e o futuro de França posto em causa: algo de muito expetável agora que Macron (um político afirmando-se centrista) escolheu Philippe (um político de centro-direita) para seu primeiro amigo (um sinal e uma provocação).
[Emmanuel Macron: um político oriundo da classe média francesa que não se tendo sentido bem na representação do papel para o qual estava predestinado, na altura certa e mais que oportuna soube aproveitar o seu Momento, alterando radicalmente o seu rumo e dedicando-se à política e à Administração Pública ‒ no seu necessário mas compensatório Calvário passando como muitos outros políticos franceses pela Sciences Po de Paris (tal como o nosso ex-Primeiro-Ministro José Sócrates), formando-se em 2004 pela ENA ‒ num pequeno intervalo e como banqueiro tornando-se sócio do Banco Rothschild ‒ aderindo ao PS francês em 2006, aproveitando a boleia de François Hollande integrando a Presidência da Republica (2012) e finalmente talvez preparando já o seu assalto ao Palácio do Eliseu e ao lugar do seu ainda Chefe, acabando por integrar o Governo de Hollande e de Valls como Ministro da Economia (2014). Saindo em 2016 do Governo, esquecendo o cartão do partido (já rasgado provavelmente há muito), candidatando-se às eleições e sendo hoje o Presidente.]
(imagens: conseildansesperanceduroi.wordpress.com e web)