ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Guerra-Quente e Linhas-Vermelhas
Russia Ukraine: Biden warns Russia against Ukraine 'red lines' (bbc.com/04.12)
Biden didn’t accept Putin’s ‘red lines’ on Ukraine (cnbc.com/08.12)
Ukraine's red lines: How far are Russia and NATO willing to go? (france24.com/07.12)
Não dando tanto para rir como para chorar ─ rir sendo a óbvia reação perante tal imbecilidade, não fossem os imbecis os atuais líderes ─ perante a evolução registada nas últimas décadas a nível do poder e da supremacia planetária, com os EUA como todos os Impérios depois de inovarem, dominarem e persistirem nesse domínio (não evoluindo), caindo em decadência e dando lugar a outros ─ sendo no presente o caso da China, ameaçando deslocar o Eixo Económico-Financeiro Mundial, de Washington (do Bloco do Hemisfério Norte Ocidental) para Pequim (para o Bloco do Hemisfério Oriental), transformando-o na reedição de um confronto Ocidente Vs. Oriente ─ perante o avanço da sua crise económico-financeira interna (e crescimento contínuo da inflação) colocando em causa o mandato do atual presidente o democrata Joe Biden (com a mais baixa aceitação popular de sempre e estando-se à porta das eleições intermédias de 2022) ─ aquele que iria salvar a América e o Mundo do republicano Donald Trump ─ não restando mais nada no presente ao atual líder norte-americano, senão continuar ou acelerar ainda mais a política (constantemente contestada e boicotada) do seu inimigo e adversário, o anterior presidente: abandonado o Afeganistão com um objetivo pré-definido e geoestratégico (a retomar e priorizar) ─ daí a rapidez e o caos (com outros negócios e acordos pelo meio) ─ não passando por esta região (deixando tudo praticamente como estava antes, vinte anos atrás e entregando a pasta parcialmente e de novo ao seu “aliado” de ocasião o Paquistão), virando-se (nunca o tendo abandonado do seu olhar) para o seu grande adversário económico-financeiro, não esquecendo a Rússia (e todo o seu poderio tecnológico e militar, sendo a 2ª potência nuclear global), mas dando todo o protagonismo ao gigante do Oriente a China, não tendo hipótese militarmente contra o esmagador poder norte-americano (mas podendo-se aliar à Rússia), no entanto na generalidade das outras áreas (fazendo funcionar as trocas, os mercados, os negócios, o mundo) estando já a par ou tendo já ultrapassado o antigo líder (os EUA) ─ veja-se até o caso da Conquista e Exploração do Espaço, com a China a ir já à frente.
We would provide additional defensive material to the Ukrainians above and beyond that which we are already provided. And we would fortify our NATO allies on the eastern flank with additional capabilities in response to such an escalation.
(Joe Biden/07.12)
E como quando não se resolvendo algo a bem, existindo sempre a hipótese de em alternativa, se resolver esse algo, se não mais-ou-menos, então a mal, evitando desde logo o meio (não se desejando obviamente o equilíbrio, desejando-se a supremacia) e tentando impor unilateralmente como sendo o “justo” o seu ponto de vista, com a Administração da Casa Branca comandada do seu interior pelo líder da América e do Mundo Livre (pela mesma representada e definida) ─ o septuagenário quase octogenário Joe Biden ─ virando-se para o exterior tentando mais uma vez resolver os seus problemas internos, se necessário com a criação de mais uma Guerra longínqua (reativando o seu Complexo Industrial-Militar), noutro continente (por ex. a Europa ou a Ásia), envolvendo preferencial e presencialmente os locais (nos possíveis combates diretos) e com a menor participação possível de tropas norte-americanas ─ com os norte-americanos a “oferecerem graciosamente” o seu e agora nosso armamento. Apontando para a Rússia (na Europa) ─ não largando o petróleo do Irão ─ e para a China (Ásia) como seus adversários, para já tentando destruí-los com a sua retórica múltiplas vezes repetida (pelos Média de todo o mundo, significando o ainda poder do dólar), mas se necessário não hesitando em ─ não o querendo, nunca o desejando, mas as circunstâncias o exigindo ─ “aproximando-se inadvertidamente do risco, mas na defensiva” (os “outros” não concordando, dado o risco ser a sua própria linha de fronteira) cometer indiretamente (não tendo culpa, não estando presencialmente no terreno) algum excesso, podendo originar um conflito armado, uma guerra, local: local sendo (no caso da Europa) no leste, fronteira Ucrânia/Rússia podendo colocar todo o continente perante uma nova Guerra Fria mas esta ─ dado os protagonistas desta série EUA, CHINA e RÚSSIA ─ mais explosiva.
Biden warns Putin of ‘devastating’ consequences if Russia invades Ukraine (ft.com/11.12)
Biden welcomes Finland buying US jets amid Russia concerns (rt.com/13.12)
Russia warns of 'dire consequences' for NATO (rt.com/13.12)
Neste contexto político dos finais de 2021, em que o Hemisfério Sul da Terra não conta (para as decisões finais), estando todo o desenvolvimento, tecnologia e poder sediado no Hemisfério Norte ─ com todas as diretivas a virem de Norte e tendo-se como comandante desta operação global durante toda esta fase (exponenciada aquando da II Guerra Mundial) os EUA ─ no decorrer de todo o processo de evolução socioeconómica mundial (já com quase oito décadas) entremeada por episódios de partilha (EUA/URSS) ou de exclusividade (EUA com a queda da URSS), já num aparente ciclo de decadência provocada por essa mesma exclusividade de poder (Global, mas sem real concorrência, sendo tudo/todos pagos “por baixo da mesa” em dólares) e com um outro imenso território cheio de gente em nítida e acelerada (por organizada/disciplinada) ascensão económica ─ a CHINA o país mais populoso do Mundo com os seus mais de 1.400 milhões de habitantes (num total de quase 7.900 milhões, EUA pouco mais de 330 milhões sendo o 3º), estendendo-se por uma área sendo a 3ª do Mundo (só ultrapassada pela Rússia/1ª e pelo Canadá/2ª, EUA sendo o 4º) ─ com o Gigante Asiático juntando todo o seu poderio económico e financeiro acumulado e o seu grande avanço cientifico-tecnológico registado e constantemente melhorado ao longo destas mais recentes décadas (iniciadas com o seu Grande Timoneiro e líder chinês Mao Tsé-Tung, governando o país de 1949 a 1976), a assumir-se nesta contínua intriga planetária como um novo e poderoso protagonista, como tal adversário (de algo/alguém), capaz de colocar em causa a até agora incontestada supremacia norte-americana e com isso o poder do seu até agora, rodando sobre rodas (das rotativas das impressoras mágicas), o globalizante Projeto-Dólar. Não podendo obviamente os EUA, sendo a terra do Imperador do Império, o Império Ocidental, representando o Eixo do Bem (católico-romano) sediado em Washington (FMI, Banco Mundial, Maior Complexo Industrial-Militar), consentir no assalto ao seu poder sujeitando-se agora aos ditames vindos de Oriente, da Ásia/e logo da China, povos e territórios identificados como protagonistas do trabalho manual (sendo dirigidos, sem necessidades de qualificação), não do intelectual (dirigindo, sendo qualificados): querendo assumir o controlo global (que de alguma forma, atingido este ponto e pagando para tal, já o fazem) e transferir o Eixo do Poder Mundial de Ocidente para Oriente, para Pequim, colocando de lado e de vez a Civilização Ocidental (católico-romana) e substituindo-a pela Civilização Oriental (antigos mouros, escravos, assalariados), por pagãos, seres violentos e sem um único Deus ou religião. Com a Europa face a esta retórica político-religiosa e pensando assim sobreviver juntando-se à América ─ sem nada contribuir/fazer por e para si própria ─ tendo a Rússia logo ali ao lado e partilhando o mesmo continente.
(imagens: Pyotr Bernstein/Sputnik/Global Look Press/rbth.com
─ Sputnik/thedailybeast.com ─ Amir Cohen/Reuters/rt.com)