ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Imperfeição ─ Decisão pela Indecisão
Nem se podendo procrastinar (por exemplo, deixar algo que se poderia fazer hoje para amanhã, adiar) ─ umas vezes sendo algo de normal, outras não, dependendo da intensidade (“sendo um tipo relaxado ou tenso-nervoso”) ─ que não sejamos logo acusados de ficarmos com sensação de culpa, de termos vergonha de nós próprios (perante os outros) e de sermos irresponsáveis.
Em locais isolados e sem alternativa
─ não estando de cordo com o anseio das populações ─
com todas as vias à mão, sendo uma opção válida de fuga.
São 13:30 e abro o portal fornecedor de internet (habitualmente frequentado), na sua página de abertura, tentando pôr-me a par das últimas novidades, fossem elas quais fossem, independente da sua origem, mas que me fizessem sentir algo de novo, agora que me começava a ativar, enquanto lá fora, o cenário (céu encoberto/tempo de chuva) escurecia cada vez mais: nesta época baixa do turismo algarvio, visto e utilizado como um produto concentrado (no tempo/utilizando-o parcialmente) e único (no espaço físico/tipo monocultura), sem gente e com prédios cinzentos esperando rápido melhoramento (manutenção/limpeza/pintura), criando em torno dos que aí ainda resistem um sentimento de abandono/isolamento, algum desespero e monotonia (efeitos da grande amplitude turística, numa parte do ano asfixiando-nos com a elevada presença de pessoas, na outra parte quase que não se vendo ninguém ─ presenteando-nos com um intenso choque, tal os extemos (tipo choque térmico) ─ não se tendo escapatória possível para esta “Via Única de Serviços”, todos tendo sido requisitados e absorvidos por uma única área de desenvolvimento e financiamento Económico (sendo-lhe atribuída em exclusivo a “Via Verde”), todos trabalhando para o mesmo e com um só objetivo (a Indústria Turística do Algarve) a ser atingido ─ desde os pedreiros, aos doutores e engenheiros e nunca esquecendo nesta equação (eliminadas as outras equações integrando o sistema, desfalcando o conjunto) os políticos ─ mergulhados neste autêntico buraco (eliminador de culturas e de memórias) progressivamente sendo desprovido “da sua “gente e das suas tradições” (onde estão as laranjeiras, onde estão os algarvios?) ─ e presenciando cenas contraditórias como, aberta a Universidade, fechando-se as livrarias e os alfarrabistas ou então, observar o fundador de uma instituição do ensino superior, querendo arranjar clientes (estudantes) afirmando (para os interessados) “mais valer um varredor-do-lixo ter um curso superior, do que não o ter” ─ por vezes para podermos sair e nos livrarmos deste colete de forças, não só físico, mas sobretudo mental (sentindo-se intensamente o isolamento sociocultural, obcecados profissionalmente por uma única visão), não existindo alternativa, só mesmo utilizando as autoestradas da Web.
Com Portugal e seguindo a corrente
─ da monocultura conjugando Construção e Turismo ─
mesmo ali ao lado.
Olhando a página de abertura depois de quase meia hora de deslumbramento lateral (apenas usando um pouco o meu cérebro para derivando ligeiramente mas não me perdendo, pensar em algo de lateral, tendo necessariamente a ver com o momento, mas não tendo de estar obrigatoriamente ligado ao mesmo tema), levando de imediato mais uma forte pancada na “cabeça”, surgindo mais uma vez depois de muitas vezes e de muitas outras em diferentes momentos não o tendo sido (porque será?), a imagem de um “saco-de-pancada do costume” permitindo (graças a estes “facilitadores”, estrategicamente colocados nos Média) que todos os outros possam assar sem incómodos, incólumes e até lançando (como se nada tivessem a ver com o assunto, sendo apenas conhecidos) uma bocas e/ou palites: depois de Rendeiro (é extraditado ou não?) chegando agora e de novo Pinho (é preso com a mulher ou não?), surgindo de novo em ação o “Trump-Britânico” ─ BOJO ─ agora embrulhado pelos refugiados morrendo ao atravessar o canal, por novos escândalos envolvendo membros do Governo e pela chegado do Omicron, num conjunto de notícias (estilo salada-russa) acompanhado como sempre por muitas outras desgraças (tornadas notícias), como a subida do preço da eletricidade, o inimigo de Putin, o autarca brasileiro adepto do MMA, dos 30 tornados nos EUA, da agressão a Otamendi, num nunca terminar de situações sem grande conteúdo/sumo continuando pelo futebol, pelos VIP portugueses, por toda esta amalgama de coisas (e de cada vez menos gente, desvalorizando o sujeito) que faz a memória e a cultura de qualquer povo não resistir e desistir, em favor de outros por acaso sempre os mesmos defendendo até à morte, os seus direitos (exclusivos) adquiridos.
A irresponsabilidade/futilidade transmitida pelas autoridades
─ impondo um mundo c/ crianças/animais fugindo de criaturas diabólicas ─
inserindo-nos na opressão, levando-nos por KO aos medicamentos/indiferença.
E cerca de uma hora depois (por volta das 14:30) ainda não tendo largado as parangonas para melhor compreender e interiorizar tudo o que se passava à minha volta nesta terça-feira (14 de dezembro) perdido nos meus inúteis pensamentos ─ não tendo correspondência remuneratória ─ abandonando o portal dedicando-me então a tentar bater em outras portas: ninguém resistindo de manhã até há noite e nos intermináveis dias seguintes (sendo replicados, até cairmos para o lado), estar sempre a ouvir falar da mesma coisa, dita por todos (e ainda por mais alguém), bombardeando-nos por todas as vias possíveis, insistentemente e sem nunca parar ─ tendo que ter alguma intenção, algum objetivo, que não o da manutenção da nossa (já tão instável com a Pandemia) sanidade mental. Buscando então outros sujeitos e objetos, noutras paragens, noutros portais/sites, aí e no entanto, igualmente sem grandes perspetivas (de alternativa a esta monotonia doentia e dirigida), mas por outro lado e não sendo pouco, oferecendo-nos maiores espaços nem sequer limitados a esta Vida a este Planeta: tendo que se possuir um computador, ter acesso à eletricidade e permissão de entrada nas Vias da Web, só estes três fatores sendo um luxo, de resto só se necessitando de ter o nosso próprio processador (o cérebro) ainda ativo e em funcionamento. Já passando das 15:00 agora das 17:30 ─ devido a uma pequena interrupção e seguindo esta história, não se sendo alheio à mesma e não por problemas técnicos ─ visitando entre outros (e antes da minha necessária interrupção) sites vários, mencionando outros temas no fundo sendo sempre os mesmos (nada havendo a fazer, nesta fase do percurso, perdida a companhia dos livros, as nossas maiores testemunhas, tendo em comum a cultura e a memória, como a soberania de um povo) uns e outros mesmo que direitos ou invertidos, mais ou menos afastados da Realidade (ou não), rodeando-nos, iludindo-nos e condicionando-nos, convencendo-nos sermos o Centro do Mundo (não o sendo já a Terra/geocentrismo, nem o Sol/heliocentrismo, seguindo-se o Homem/o homo centrismo) ─ necessitando nós de nos afirmarmos, como Criadores ─ para no fim e infelizmente (os a favor e os contra, trabalhando todos para a mesma Marca, mais cinzenta ou mais para o verde) tudo ficar na mesma. Sendo tantos esses exemplos, que apanhados num ou noutro (desses esquemas), nem queiramos muito deles falar.
Tal como no Universo com matéria e antimatéria
─ colidindo/aniquilando-se, no entanto, sendo base do berço da existência ─
para se manter o processo, a ter que se manter o equilíbrio e a distância.
Num relance (1) um deles (universetoday.com), indicando-nos uma hipótese explicativa para só vermos e experienciamos os efeitos da Matéria e não (e como seria logico, sentindo-se prazer e dor, algo e o seu contrário) igualmente os da Antimatéria, justificando tal poder suceder devido à ação e ingerência das ondas gravitacionais (logo, conclusão de leigo, com tantos corpos circulando no nosso Sistema Solar, devendo ser difícil encontra-la) ─ acrescentando uma pequena imagem de Saturno e seus anéis como visto da órbita da Lua, numa imagem muito parecida com aquelas que eu visionava com o meu pequeno telescópio, mas aí da superfície da Terra (à noite, de Espinho) ─ (2) outro (watchers.news) levando-nos até à Europa a um lugar não muito afastado de nós talvez nem uns 2.000Km, localizado na Sicília e de nome ETNA, hoje e de novo entrando em atividade explosiva, lançando bastantes cinzas para a atmosfera e colocando o espaço aéreo próximo em “alerta-vermelho” ─ levando-nos logo a recordar o vulcão de La Palma nas Canárias, toda a destruição pelo mesmo provocada e ainda no presente continuando bem ativo (ejetando cinzas para a atmosfera e expelindo lava para a superfície), tendo nós igualmente ilhas de origem vulcânica ─ (3) outro (antiwar.com) deslocando-nos mais para Oriente e colocando-nos numa das potenciais zonas futuras de guerra, mais uma vez com carimbo norte-americano e outros serviços (complementares ou suplementares) prestados no mesmo sentido (e com o mesmo objetivo) por israelitas, tendo como alvo (óbvio) o Irão ─ pelo meio servindo como mais uma provocação (indireta) a russos e chineses (aliados dos iranianos) ─ (4) outro (room.eu) a retomar a teoria já anteriormente difundida de que nos primórdios do nosso Sistema Solar (há uns 4,6 biliões de anos) este poderia ser não tal como ele é hoje só com uma única estrela (o Sol), mas podendo ter sido inicialmente um sistema estelar binário (ao Sol juntando-se uma 2ª estrela, integrando então o começo deste Sistema) ─ nestes quase 5 biliões de anos com algum Evento extremo a ter acontecido (tantos devendo ter ocorrido entretanto, no decorrer desse longo período de formação), podendo essa estrela ter ido expulsa e até (imaginemos) a Cintura de Asteroides ser uma das consequências (no seu lugar, entre as órbitas de marte e de Júpiter, podendo ter existido por ex. um outro planeta),
Segundo o The Guardian e referindo-se à China
─ sendo estes atualmente, o maior Poder Imperial do Mundo ─
necessitando explicação, sendo a proporção de bases desta p/ com os EUA 1/750.
─ (5) Outro (rt.com) focando-se na recente acusação do The Guardian (órgão de comunicação-social inglês, refletindo a opinião geral das suas autoridades) feita à China, acusando-a de no presente (esquecendo-se da Rússia pelos vistos já nada valendo e claro está dos EUA, o atual Imperador do Império presente) ser o único Poder Imperial no Mundo, logo sendo contestado pelos russos afirmando e com razão, “750 em todo o Mundo, ser sem qualquer dúvida muito maior que 1”: a China de momento e no Mundo (que não a terra-mãe) tendo 1 base militar externa instalada, os EUA em comparação tendo umas 750 bases externas, por curiosidade ou por coincidência ou então por pura estratégia (o mais lógico), com muitas delas equipadas de mísseis entre outros apontados à China e como que cercando-a, assustando-a, tentando asfixiá-la (tal como o que acontece com a Rússia e com a Ucrânia), logo à saída das suas fronteiras. O que seria se um dia uma frota armada da Rússia, da China, ou mesmo conjunta, se passeasse pelos lados de Cuba, desse uma voltinha pelo Golfo do México, ou então e aproveitando para uma passagem-surpresa (e de apoio ao regime) visitasse pelo caminho a Venezuela, para no fim dando uma vista de olhos ao outro lado (às virtudes do Ocidente), lançar um olhar (mais curto/mais longo, dependendo aí do guião e dos intervenientes) a Hollywood ─ a Capital do Mundo, o centro desta Sociedade do Espetáculo ─ e ainda (6) outro (photojournal.nasa.gov) pela sua estranheza apesar de cá ser comum, mas aqui surgindo num outro mundo a milhões de Km de distância (atualmente uns 363 milhões de Km) ─ da Terra ─ com a sua textura, cor e apresentação podendo ser facilmente tomadas como terrestres mas não o sendo, levando-nos a suspeitar se entre ambos (Terra e Marte) não terá havido (ao longo do tempo de existência comum, mas em etapas diferentes da sua evolução) nenhum ponto comum de ligação (podendo até Vida ter migrado de um planeta para outro) ─
Para esgotado de mais uma procura não tendo forçosamente de encontrar a solução, mas apenas mais uma das equações deste sistema (ainda muito incompleto) ─ dando-nos algum prazer, alguma dor ─ deixar este caminho também para trás, regressando aos canais habituais e tradicionais, sendo estes (tal como a grande variedade de drogas disponíveis, umas legais outras não) “tantos e tão poucos”. E aí reaparecendo (já pelas 20:30, sete horas depois do início desta história), a vacinação, o Omicron, o futebol, o duo Rendeiro e Pinho, o problema da falta de testes e (para terminar, pois já me doem as costas e assim não vou a lado nenhum) a atribuição da estrela Michelin (não se comendo, só se vendo algo de comer, de referência com uma lente).
(imagens: esquareinfo.com ─ bulutbagci.com ─ semanticscholar.org
─ sciencenotes.org ─ Noel Celis/AFP/Getty Images/ft.com)