ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Justiça ─ A Vergonha do Meco
Derrotados pelo quotidiano oferecido (morte de um filho), derrotados sucessivamente por dois Tribunais nacionais e mesmo assim, arrancando para um terceiro Tribunal nacional e simultaneamente (até como derradeiro recurso de procura de ressarcimento e de proteção) recorrendo a um quarto Tribunal mas agora Europeu, sendo para além de tudo (do autor do ato criminoso, ainda impune) vergonhosa a posição de Instituições Públicas ou do Estado aqui presentes ─ preferindo enquanto possível e para não se incomodarem muito, ignorar. Felizmente existindo pais.
O Meco já foi há quase 8 anos, com 6 vítimas mortais
(ainda sem crime, nem castigo,
em mais um símbolo emblemático da nossa Justiça)
Uma tragédia ocorrida há já quase oito anos com culpados e vítimas mortais (ambos identificados), mas sem ninguém ainda a ter sido condenado (mais uma vez levando os ofendidos e nunca ressarcidos, a recorrerem ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, dando-lhes este tribunal no fim razão), deixando durante todo este tempo e por um lado o criminoso em paz (relativa, pois tendo memória do que fez, mas não tendo cultura suficiente e capacidade para o avaliar) e por outro lado (sofrendo certamente até à Eternidade) as famílias das vítimas vivendo num verdadeiro Inferno.
Resultado de uma praxe imbecil induzida por puros-imbecis (certamente lobotomizados, se não por corte, por processos químicos) pensando-se protagonistas de algo de mais situado para além deles (tendo o ego deles, por ainda não suficientemente protagonistas, prestes a explodir), não sabendo bem o quê nem sequer o porquê (levando-os para se destacarem, a irracionalidade a um extremo), mas por tradição tendo de persistir sendo eles os discípulos e executantes. Projetando covardemente a sua prática de presença e dominação em grupos restritos e isolados (de modo a não se ter de deparar com respostas capazes) e sem a presença de testemunhas (apanhando-o em flagrante delito), retirando-se (e estrategicamente indo ao hospital), refletindo e sendo finalmente obrigado a comparecer, contando a sua versão dos acontecimentos.
Agora completamente desmontados (a sucessão de acontecimentos/a versão) por um nadador-salvador (fuzileiro da marinha e com muita experiência no mar) ─ analisando tudo o afirmado pelo personagem central deste triste e criminoso episódio (o ex-Dux João Gouveia), descrevendo em Tribunal o que aconteceu com ele e com as seis vítimas mortais (daquele dia 15 de dezembro de 2013 na praia do Meco) ─ questionando-se (e demonstrando ser extremamente improvável ou mesmo impossível tal explicação) sobre muito do afirmado pelo ex-Dux. No fundo contradizendo-o como se a versão dele fosse mentira, uma mera adaptação (pessoal).
Esperando-se as cenas de mais este triste episódio (impulsionado agora pelos Tribunais Europeus), também sendo (nem que seja pela sua ausência, nestes casos sendo uma constante) um caso de incompetência de Estado, deliberada por habitual. Como todos sabemos e todos os dias confirmamos, não existindo Justiça (só funcionários de diferentes níveis, dos juízes aos criminosos) neste país (Portugal), pelo menos não se entendo muito bem o que isso é (só mesmo os juízes e dependendo de juiz para juiz), nem no que poderá (mantendo-se tudo igual) vir a mesma a ser.
(sobre notícia e imagem: 24.sapo.pt)
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13 comentários
De Danny the Fox a 18.05.2021 às 22:04
De Anónimo a 19.05.2021 às 01:09
Na minha vida académica recusei as praxes e os meus filhos fizeram o mesmo e nunca sentimos qualquer falta de apoio de colegas quando foi necessário. Aliás, contar com os entusiastas da praxe em termos de apontamentos e ajuda no estudo é o mesmo que esperar que uma galinha vença um cão num teste de inteligência. Os veteranos então, são aqueles que ainda lá ficam após caloiros de vários anos acabarem os cursos.
Já expressei a minha opinião sobre os praxistas, no entanto, vai acusar o dux de quê? Obrigou-os a ir? É alguma autoridade da republica? Eles faziam parte da comissão de praxes, não eram meros praxados apanhados na normal vida académica, eles tomaram uma opção na vida académica: praxar e ser praxado para além da condição de caloiro.
De Danny the Fox a 19.05.2021 às 10:19
Se de facto assim foi, as coisas são ainda menos lineares. Pessoalmente não sei de que poderá ser ou não acusado o tal "dux"... a natureza da sua relação com os malogrados terá que ser investigada (já o foi, suponho) pelas autoridades competentes. O facto de alguém não ser uma autoridade da república, não significa que não tenha um ascendente sobre outras pessoas. Eu não sei o suficiente para dizer se ele pode ser de algo... mas gostava que fosse divulgada toda a investigação, nos seus detalhes, quando esta saga nos tribunais terminar.
Como lhe disse, nunca permiti "esticanços" e, tal como o sr., também nunca senti falta de apoio. E alguns dos veteranos que mais me ajudaram (alguns) também andavam a praxar os caloiros no início do ano. Outros, de facto, eram veteranos crónicos...
Já agora, fugindo um pouco ao tema, essa analogia do cão e da galinha tem muito que se lhe diga. Deixo-lhe dois artigos que talvez lhe possam interessar.
https://www.researchgate.net/publicatio
https://digitalcommons.calpoly.edu/b