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Matar em Las Vegas

Segunda-feira, 02.10.17

“Ontem em Las Vegas com um indivíduo a demonstrar

Como é tão fácil e rápido ferir e matar.”

 

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 O local do atentado de Las Vegas

(com o hotel do atirador à direita e o recinto do festival ao centro)

 

Este domingo (1 de Outubro) no último dia de um Festival de Música Country (Route 91 Harvest) realizado num parque ao ar livre na cidade de Las Vegas (EUA) ‒ segundo os organizadores com cerca de 22000 espetadores presentes (e atuando na altura Jason Aldean) ‒ um norte-americano (segundo as autoridades provavelmente vivendo nas proximidades da cidade) de 64 anos de idade, nome Stephen Paddock, sem registo criminal (relevante), caçador e piloto privado, a partir de um dos apartamentos de um 32º andar (do Hotel Mandalay Bay) localizado bem à frente do recinto onde decorria o Festival (com pessoas de todas as idades incluindo crianças), decidiu descarregar os carregadores das suas armas (pelo som automáticas ou semiautomáticas) durante uns 10 a 15 minutos sobre os vários milhares de pessoas presentes. Nesse curto espaço de tempo (para as vítimas envolvidas uma eternidade) registando-se até ao momento no mínimo 60 mortos e 520 feridos: significando que em cada 100 espetadores presentes dois (2) ou mais ficaram feridos e que em cada 400 espetadores presentes um (1) ou mais morreu.

 

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 Ao som de tiros com pessoas em fuga do recinto onde decorria o Festival

(de música country e na altura c/ Jason Aldean a atuar)

 

Durante o curto período de tempo em que o atirador Stephen Paddock (oriundo de Mesquita/Nevada a pouco mais de 100Km de Las Vegas) descarregou as suas armas sobre os participantes do Festival (especialmente os mais expostos e que presenciavam os artistas de música country), alcançando uma média aproximada (máxima) de 0,87 feridos/s e de 0,1 mortos/s ‒ no mapa deste tipo de incidentes envolvendo um atacante (ou um grupo) e um conjunto alargado de vítimas (de louco (s) ou de terrorista (s)) ‒ e referindo-nos só a este ano (2017) ‒ ultrapassando em vítimas o saldo de qualquer atentado terrorista na Europa, fosse (os ocorridos) no Reino Unido ou em Espanha (registando a soma de 4 atentados cerca de 50 mortos) e entre Março e Agosto. Só sendo ultrapassado pelo atentado terrorista na cidade francesa de Nice ocorrido o ano passado (nos festejos do 14 de Julho) com um camião a atropelar indiscriminadamente pessoas (que iam aparecendo à sua frente incluindo muitas crianças) irrompendo por entre a multidão e matando mais de 80 pessoas ‒ mas a cada hora que passa com o número de vítimas de Las Vegas a aproximar-se às das de Nice (podendo alcança-la ou até ultrapassa-la).

 

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 Polícia à caça do atirador no Hotel/Casino Mandala Bay

(Las Vegas)

 

E regressando aos Estados Unidos da América e à Matança de Las Vegas, verificando-se como é fácil matar (mesmo em grandes quantidades) desde que criado o Ambiente (de violência) e fornecidas as Armas (nos EUA sendo de fácil acesso seja qual for a idade): satisfeitas essas necessidades e preparada a execução (do plano de assassinato coletivo) sendo este um caso de mera aplicação, continuando tranquilamente até à interrupção (da iniciativa do criminoso/suicídio ou vinda do exterior/autoridades). Com o atirador a partir da sua janela/varanda do Hotel/Casino a descarregar as suas armas (falando-se em dez ou mais carabinas) sendo interrompido apenas ao ser posteriormente (e finalmente) abatido: nem sequer nos questionando como foi possível um homem levar consigo um arsenal (de guerra ou não fosse ele um caçador) para um quarto de um Hotel de luxo localizado na cidade de Las Vegas, quando todos sabemos que (nos EUA) só não tem arma quem não quer e que muita coisa se resolve (melhor e mais rápido) a tiro (sem palavras mas com violência mesmo no meio da política como assistimos agora com Trump).

 

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 Recolhendo um dos feridos do atentado de las Vegas

(tendo um único atirador/já abatido como principal suspeito)

 

“Deixando-nos perplexos face à facilidade com que hoje se mata (em vez de se conviver, falar e aceitar) e de como este ato se tornou tão banal no Mundo, de tal forma que já ninguém liga (só mesmo o mirone) passando à notícia seguinte: talvez um sinal de algo que acaba, só faltando mesmo saber o quê. O Sujeito ou a Coisa?”

 

[Com o número de vítimas (feridos e mortos) aqui reportados (e utilizados em cálculos) a referirem-se às 19:00 de Lisboa: perto dos 520 mortos e perto dos 60 mortos.]

 

(imagens: bbc.com/abc7news.com/itv.com/foxnews.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 19:16