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Neste País é Deixar Andar, Ninguém Assume Nada

Quinta-feira, 14.01.21

 

Avoid the 3Cs:

Spaces that are closed, crowded or involve close contact.

The risks of getting COVID-19 are higher in crowded and inadequately ventilated spaces where infected people spend long periods of time together in close proximity. These environments are where the virus appears to spread by respiratory droplets or aerosols more efficiently, so taking precautions is even more important.

(who.int)

 

A nível global com mais de 90 milhões de indivíduos infetados pelo coronavírus  SARS-COV-2 e quase a atingir os 2 milhões de mortos por COVID-19. Em Portugal a caminho dos 8.500 mortos (desde o início da Pandemia) e com registos diários perto dos 10.000 infetados e das 150 vítimas mortais, sendo o 11º país do mundo com mais casos novos (diários) de contágio e o 6º europeu.

 

Sabendo-se que no essencial nada se fez (não se desdobrando turmas, não se fornecendo computadores, nem sempre se mantendo as distâncias e nem mesmo se adaptando as salas as novas condições e à meteorologia), qual a justificação dada pelo Ministério da Educação (não política, mas cientifica) para fechar as escolas em março (com números máximos por volta das 35 vítimas mortais) e mantê-las abertas em janeiro (com números máximos por volta das 155 vítimas mortais, quase 5X superior)?

 

Screenshot_2021-01-14 Global scientists double dow

 

Com a Organização Mundial de Saúde a considerar entre as três medidas prioritárias a tomar para evitar a propagação do Coronavírus, (1) “o uso de máscara”, (2) “a manutenção de uma distância mínima de 2 metros entre pessoas” e (3) “as concentrações colocando um maior número de pessoas em contacto”, eis que o nosso Governo e restantes autoridades competentes a ele associado ou dependente, vem calma e solenemente e como se o vírus esperasse, decretar “um novo confinamento geral” no entanto não o sendo, por claramente parcial: e se desta vez não esperamos pela decisão vinda de Espanha ─ e sendo “pior a emenda que o soneto” ─ optamos por um falso confinamento mantendo aberta a Economia (e quem lhes fornece a mão-de-obra, as escolas) e fechando a Saúde (a solidariedade e dando uma falsa prioridade à educação/formação/formatação, o seu parente pobre a Cultura).

 

Screenshot_2021-01-14 COVID-19 vaccines.jpg

 

E mais uma vez arrumados os peritos e dando ainda mais protagonismo aos políticos ─ apesar de em Portugal já termos ultrapassado os 10.000 infetados e as 150 vítimas mortais diárias ─ para além do uso da máscara esquecendo-se/ignorando-se as distâncias e o perigo da concentração de pessoas: para além do que sucede nos inevitáveis transportes e tal como acontece nas grandes áreas comerciais e ainda mais intensamente nas escolas. No caso da região do Algarve com o fator agravante, da mesma apresentar a mais elevada taxa de infeção Covid-19 do país ─ com cada 100 pessoas a infetarem 120 ─ sendo os mais elevados localizados nos concelhos de Tavira e de Albufeira (onde moro e onde até os bombeiros já tem casos confirmados paralisando a corporação). Assistindo-se assim incrédulo à manutenção no ativo de uma das maiores cadeias de transmissão, ligando eficazmente as nossas escolas (no total de uns dois milhões de estudantes) às famílias portuguesas.

 

E depois da banalização (adotando o politicamente correto, “Novo Normal”) da taxa de mortandade registada desde o início desta pandemia nos lares de idosos (legais e mesmo assim, mantendo os ilegais) ─ cadeia de transmissão lares/famílias ─ só faltando mesmo manter no ativo a cadeia de transmissão escola/famílias: só na cabeça das nossas “Mentes Políticas Brilhantes”.

 

(imagens: who.int)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 18:44