ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Ninguém quer Guerra, mas ela não nos deixa
Entre as Guerras mais mortíferas decorrendo neste século XXI destacando-se (pelo nº de vítimas mortais),
O conflito do Afeganistão (2.000 mil mortos)
A 2ª Guerra Civil no Sudão (2.000 mil mortos)
A Guerra Civil na Somália (500 mil mortos)
A 2ª Guerra do Congo (5.400 mil mortos)
A Guerra no Afeganistão (213 mil mortos)
A Guerra do Iraque (655 mil mortos)
A Guerra do Darfur (300 mil mortos)
A Insurgência dos Boko Haram (350 mil mortos)
A Guerra Civil na Síria (606 mil mortos)
A Guerra Civil no Iraque (200 mil mortos)
A Guerra Civil no Iémen (377 mil mortos)
Num parcial de cerca de 12.600.000 vítimas mortais e podendo-se ainda acrescentar a esta lista,
A Guerra ao Terror (1.260 mil mortos)
A Luta Mexicana contra a droga (250 mil mortos)
Num parcial de cerca de 1.500.000 vítimas mortais totalizando um pouco mais de 14.000.000 de mortos, no mínimo (para ser amigo) 50% tendo influência e dedo norte-americano ─ existindo três grandes potências mundiais (e outros estados já existentes, mas decadentes ou então outros estados satélites emergentes) ─ os restantes sendo problemas internos, envolvendo estados próximos e aliados das mais diferentes proveniências (maioritariamente grandes investidores norte-americanos, russos e chineses),
Não deixando de achar hipócrita a indignação especialmente do Canadá, do Reino Unido (o megafone norte-americano), da Europa (o resto da NATO), do Japão e da Austrália (os satélites dos EUA na Ásia/Oceânia) e até do Secretário-Geral da UN face à “Invasão da Ucrânia pela Rússia”, esquecendo-se de tudo o ocorrido neste passado de nem 22 anos (iniciados este século), sabendo-se bem quem protagonizou os principais conflitos ocorridos (um pouco por todo o Mundo), financiou a maior parte dessas guerras e colaborou no genocídio de milhões de pessoas, mas agora e como se não tivesse nada com a “história” (do terror) assumindo o lugar de juiz e logo supremo (sem recurso) e condenando os outros por aquilo que sempre fez, que transformou e banalizou, como uma prática política capitalista (selvagem) e eficaz.
Tratando-se evidentemente dos EUA depois da 2ª Guerra Mundial tendo de partilhar o Mundo entre o então heroico Tio SAM (o norte-americano) e o então heroico Tio JOE (o soviético), colapsando a URSS restando o Tio SAM e assumindo então os EUA e sozinho o domínio de todo o Mundo, para agora passados mais de 30 anos sobre o colapso e ainda-por-cima com a China a assumir-se igualmente como pretendente a assumir a liderança do Império, a URSS ressurgir como Rússia e agora podendo formar um bloco insuperável China/Rússia, querendo dividir o poder global de novo por mais do que um, juntando-se ao Clube e com a China a seu lado: de um lado ficando-se com o Hemisfério Norte Ocidental liderado pelos EUA e tendo atrelada atrás de si a ultrapassada e decadente Europa (nem tendo matéria-prima, nem dinheiro e querendo viver do rendimento dos outros), do outro o Hemisfério Norte Oriental o atual centro económico e financeiro do nosso planeta, o atual Eixo do Mundo (despromovida a Rota Atlântica), rodeando a região do Índico/Pacífico, tendo como grande potência regional a China e ao lado a maior potência nuclear a Rússia, os dois formando o grande Bloco Euroasiático unindo logo ali dois continentes.
E a culpa disto tudo não podendo ser atribuída aos EUA, apenas estando a defender os seus interesses e a sua estratégia tendo a China como seu alvo principal (deixando na prática “a Europa para a Rússia” e não o contrário, como pensam os Europeus), nem sequer à Rússia sendo obviamente a parte ameaçada (com a NATO a querer entrar pelas suas fronteiras adentro, dando à Rússia ordens de onde deveria colocar as suas tropas no seu próprio território), nem à Ucrânia a parte estando no meio do conflito EUA/Rússia, a sua maior vítima, já “bem destruída” de há oito anos para cá (confronto esse que aí se continuará a centrar),
Mas podendo este conflito estalar, espalhando-se ao resto do território a todo o Velho Continente, com a inteira responsabilidade a dever ser totalmente dirigida até para posteriores apuramento de responsabilidades (tendo sido eles a fornecerem o combustível, veja-se só a campanha brutal e ininterrupta levada a cabo nos Média, do lado de cá) à “ausência total das autoridades e responsáveis da Europa em qualquer tipo de decisão ainda-por-cima na sua defesa” como se o conflito não fosse por cá, mas num outro mundo bem distante pelo menos nas cabeças deles, mas infelizmente não sendo esse o Mundo real onde vivemos: ajoelhando-se completamente aos pés dos EUA obviamente agradecendo, com os nossos representantes políticos em tempos de crise e quando se procurava recuperar de dois anos de Pandemia (onde um vírus paralisou todo um planeta, tão pequenos que somos), no Inverno e com a Crise Energética já sendo difícil respirar/sobreviver ainda a apertar-nos mais o pescoço, com muitos sem dinheiro incluindo países, a optarem pela via da Guerra ainda-por-cima contra a 2ª potência militar Global (apoiada pela 3ª) e com a 1ª a indicar não se ir meter diretamente no assunto: se não se chegar um acordo “vitória certa mas não da Europa” esta podendo estar ainda, a assinar a sua derrota.
Quem julga toda esta gente (a este ou a oeste)? Caso contrário e como sempre, os mortos seremos nós (não eles)!
(imagens: americanforeignrelations.com ─ 112.international ─ historyextra.com)