ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O 1º Módulo da Estação Espacial Chinesa
[E o descontrolo e queda do foguetão Longa Marcha. Portugal estando incluído na “zona de risco”.]
Lançamento do foguetão chinês
Longa Marcha-5B Y2
No passado dia 29 de abril de 2021 (há pouco mais de uma semana) com a China a lançar para o Espaço a partir do seu Centro Espacial de Lançamento de Wenchang (localizado na província de Hainan) e a bordo do seu poderoso foguetão Longa Marcha-5B Y2, o 1º módulo de três da sua futura Estação Espacial colocando-o de seguida em órbita (da Terra).
Até aqui tudo decorrendo sem problemas e com uma grande multidão de interessados e de curiosos a assistirem de longe ─ estrategicamente colocados e protegidos no areal de uma praia próxima ─ ao fantástico e monstruoso Evento da explosão por combustão de material ocorrida no interior dos motores do foguetão Longa Marcha, vencendo com toda a sua potência cinética a força da gravidade e ejetando para fora da Terra, o núcleo central da Estação Espacial Chinesa TIANHE: já se o vendo circular pelo céu noturno ─ por vezes sendo iluminado e visível, conforme a sua posição e ângulo com o Sol e a Terra ─ movimentando-se em órbita da Terra e nesse caminho sendo acompanhado pelo agora “excedente” Longa Marcha.
Multidão observando o lançamento do 1º módulo
da Estação Espacial Chinesa Tianhe
Como tudo tendo um destino e daí surgindo o problema (antes aparentemente não existindo ou então, podendo ocorrer não preocupando): com o foguetão Longa Marcha agora descontrolado ─ mais cedo ou mais tarde e decaindo progressivamente de órbita acabando por entrar na nossa atmosfera (terrestre) ─ surgindo como sempre a possibilidade de quando da sua reentrada na atmosfera explodindo ou desintegrando-se (por atrito/fricção), algumas partes da sua estrutura possam atingir entre outras regiões habitadas, podendo provocar vítimas.
Uma preocupação de realçar apesar de se saber não serem os chineses os únicos (nestes atos e consequências negativas, poluentes, podendo provocar vítimas) sendo superados de longe por russos e norte-americanos (criando uma verdadeira lixeira-de-sucata em movimento, em redor do nosso planeta), podendo denotar alguma influência/intervenção política rival, podendo mesmo (como todo o lixo vindo do céu e da nossa criação que cai diariamente sobre nós) atingir-nos, mas sendo sem dúvida um grande passo da China na Exploração e na Conquista do Espaço (e tal como todos os outros investidores públicos ou privados o desejam), nos seus recursos e nas oportunidades daí surgidas (um filão).
Módulo central da estação espacial Tianhe
observado já em órbita da Terra
A queda do Longa Marcha sendo apenas (um acessório) um truque (positivo ou negativo, conforme a encomenda) publicitário, apenas para se falar, no entanto, dentro de uns quatro anos podendo ser a China (talvez com a Rússia, já com o seu módulo central em construção) a única das grandes potências com bases exteriores (como a Estação Espacial Internacional ou ISS).
Com as últimas novidades sobre o foguetão chinês Longa Marcha-5B Y2 hoje 8 de maio/15:00 horas (tendo-se separado do módulo central da futura estação espacial Tianhe, pouco mais de 8 minutos após o seu lançamento da Terra, a 29 de abril), a confirmarem a sua queda na nossa direção (da Terra) e com o seu impacto a ocorrer ainda hoje (sábado e com as autoridades chinesas a afirmarem que a maior parte do foguetão se desintegrará, consumindo-se a grande maioria dos seus fragmentos/por atrito ao atravessar a nossa atmosfera): com cerca de 30 metros de comprimento e cerca de 20 toneladas de peso, com a única certeza a ser que o mesmo impactará a superfície do nosso planeta entre as latitudes 41,5°S e 41,5°N (ainda uma faixa bem larga de 83° num máximo de 180°), com esmagadora probabilidade de o fazer sobre o oceano (com 70% do nosso planeta estando coberta por água) ─ estando entre outros países Portugal com os seus 39,5°N de latitude (perto do “limite fronteiriço”) incluído nessa “zona de risco”.
Dentro de poucas horas se verá.
(imagens: Reuters/China Daily e Philip Smith
em spaceweatherarchive.com)