ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Avião do Dubai
O Boeing 737-800 do Voo FZ 981 das Linhas Aéreas do Dubai (FLYDUBAY) desintegrou-se ontem ao despenhar violentamente contra o solo numa queda quase a pique ocorrida no aeroporto russo de ROSTOV-ON-DON (sudoeste da Rússia). Mais de 60 mortos.
- O que leva um avião transportando a bordo cerca de 240 passageiros e tripulantes (num voo de aproximadamente seis horas entre a capital da Malásia e Pequim), a desaparecer repentina e misteriosamente de todos os radares quando sobrevoava o Golfo da Tailândia (menos de uma hora depois da sua partida)?
- O que leva um avião transportando a bordo quase 300 passageiros e tripulantes (num voo de quase doze horas entre Amesterdão e a capital asiática de Kuala Lumpur), a atravessar o espaço aéreo de um estado em guerra civil (e com interventores externos poderosíssimos) acabando por ser atingido e despenhando-seno solo?
- O que leva um avião transportando a bordo mais de 220 passageiros e tripulantes (num voo turístico de regresso de férias a realizar entre o Egito e a Rússia), a sem motivo aparente partir-se em pleno voo esmagando-se depois no deserto (mesmo estando avisados da ameaça terrorista e duas semanas antes do atentado de Paris)?
E já agora o que leva um avião transportando a bordo exatamente 62 passageiros e tripulantes (num voo entre o Dubai e a Rússia) sob o comando de pilotos experimentados e com milhares de horas de voo, à chegada ao seu aeroporto de destino e apesar das difíceis condições climatéricas que se faziam sentir no local (dois voos anteriores tinham cancelado a respetiva aterragem, derivando-a para outro aeroporto), persistir na sua atitude contrariando a dos restantes e decidindo-se pela aterragem: terminando tudo num grande desastre e numa enorme explosão.
O que se pode afirmar é que nestes quatro acidentes envolvendo o mesmo tipo de transporte (por sinal considerado o mais seguro do mundo), morreram mais de 800 pessoas – todas elas como resultado de incidentes improváveis por claramente sinalizados, previsíveis e como tal impossíveis de ocorrer: a todos eles podendo (no entanto) apontar e reportar antecedentes políticos, económicos, militares e geoestratégicos (entre muitos outros fatores até os mais insuspeitos), que puderam por repetição (normalização de atitudes) e através de uma conjugação inesperada de determinadas circunstâncias (deliberadas por conscientes e talvez mesmo planeadas) originar estes quatro eventos violentos e 100% mortais (inevitáveis de acontecer em processos semelhantes).
O que nos conduz a uma reflexão mais aprofundada sobre a problemática da utilização do avião, considerando-o como mais uma das vítimas objetivas (e como objetos dirigidos) de todo este esquema premeditado/viciado. E não como um casuístico (e nos últimos tempos aleatoriamente sobrecarregado), temporário e simples predador situacionista – ou seja transformando-se (neste caso o Avião) na personificação do Diabo (materialista) para os não crentes na Estrutura (não querendo idealizar e personificar interiormente o papel fulcral e intrusivo do Objeto, na concretização da nossa sobrevivência e bem-estar – por algum motivo ou razão criado pelo Homem). Sendo o Homem ao mesmo tempo a vítima e o seu único predador – e com os primeiros a matarem-se para a sobrevivência dos segundos.
E com o Diabo lá em cima (Criatura Excecional) já em contacto com Deus (executando as suas ordens à medida e imagem do Homem).
(imagens: rt.com/youtube.com)