ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Buraco do Sol
Como tudo o que existe tem sempre uma grande relação com buracos – veja-se o caso dos buracos negros que até nos poderão dar acesso a outros mundos e dimensões – o Sol não é excepção. E com orgulho e sem receio, também os exibe a quem os quer ver.
O Sol a 4 de Janeiro
Nesta bela e colorida imagem do Sol obtida a partir do espaço e das câmaras do satélite SDO (Solar Dynamics Observatory), é bem visível a existência de uma grande mancha solar no seu pólo sul (e outra de menores dimensões à esquerda da imagem). A mancha roxa representa uma fortíssima emissão de raios ultravioleta.
Mancha essa que tem vindo a aumentar de dimensão ao longo dos últimos dias e têm provocado e emissão de radiações enviadas na direcção da Terra. Esse buraco na atmosfera do Sol é assim responsável pela libertação do vento solar através do espaço, neste caso e estando de frente para nós atingindo-nos directamente.
Espera-se que os efeitos da chegada do vento solar se façam sentir mais intensamente no domingo e na segunda-feira (dias 4 e 5): recorde-se que o tempo que estes raios levam a chegar à Terra (se a ela forem dirigidos) depende das condições do espaço nessa altura, acelerando-os ou retardando-os.
O estudo do campo magnético de qualquer corpo celeste é sempre muito importante (vivemos num mundo dominado pela electricidade e pelo magnetismo), tanto no caso do campo magnético terrestre como muralha de protecção que representa (para nós e para toda a vida no planeta), como no caso do campo magnético solar, que ao permitir o aparecimento de uma abertura na sua superfície autoriza o vento solar a escapar e a lançar emissões para o espaço.
O Sol continua assim bastante activo, mas como sempre (pelo menos para já) fiel amigo. As únicas previsões significativas apontam para a possibilidade de ocorrerem tempestades geomagnéticas à chegada dos primeiros ventos solares (como auroras).
(imagem – SDO)