ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Cometa 67P/C-G
[E a sua superfície, segundo a sonda ROSETTA]
I
Lançada a 2 de Março de 2004 em direção ao cometa 67P/C-G (devido ao atraso da missão sendo uma segunda escolha com a original a ser o cometa 46P/Wirtanen),
‒ Na sua trajetória deslocando-se entre as órbitas de Marte (localizado a228 milhões de Km do Sol) e de Júpiter (localizado a 778,5 milhões de Km do Sol) ‒
E na sua longa viagem espacial (até se inserir na órbita do cometa em 6 de Agosto de 2014) tendo por várias vezes orbitado o Sol (uma mão cheia), visitando alguns asteroides e ainda o planeta Marte (passando na proximidade destes),
‒ Hibernando no seu percurso (Terra/cometa) por um período de cerca de dois anos e meio, despertando de seguida (no início de 2014) e atingindo 67P/C-G a 6 de Março de 2014 ‒
A sonda ROSETTA transformou-se na execução e concretização da sua missão (da responsabilidade da ESA) no primeiro veículo espacial terrestre a atingir, acompanhar e aterrar num Mundo Alienígena neste caso (Pioneiro) um Cometa:
Não só orbitando-o e nele aterrando, mas lançando adicionalmente em direção da superfície deste uma outra sonda, também ela o atingindo ‒ a sonda PHILAE.
II
Hoje com as duas sondas (Rosetta e Philae) tendo já cumprido a sua missão (apesar do sucedido com Philae) e com o cometa 67P/C-G (de período aproximado de 6,5 anos) na prossecução do cumprimento da sua órbita (em torno do Sol),
‒ Circulando de momento (29 de Abril de 2018) e ultrapassado o seu último periélio (a 13 de Agosto de 2015 e a uns 186 milhões de Km) a uns 690 milhões de Km do Sol (próximo periélio em Novembro de 2021 em torno dos 63 milhões de Km) ‒
Chegando-nos imagens captadas pela sonda ROSETTA da superfície do cometa, sobrevoando a curta-distancia o mesmo e já com PHILAE no terreno (num vídeo de cerca de vinte minutos).
Mostrando-nos através da divulgação de novas fotos a superfície de 67P/C-G,
‒ Quando visitado há cerca de dois anos pela dupla (de sondas espaciais europeias) Rosetta e Philae ‒
E a partir das mesmas (fotos) construindo uma curta sequência de imagens mostrando-nos o mesmo (cometa e sua superfície), envolto numa camada de poeira contrastando com um fundo escuro (o Espaço) repleto de pontos luminosos e cintilantes (as Estrelas).
III
Como se estivéssemos a ver um filme de ficção-cientifica (SCI-FI), com um cometa na sua trajetória orbital em volta do Sol,
‒ Perdendo material e libertando-o para o Espaço ‒
E conjuntamente com a interação entre material libertado (gelo e poeiras) e a ação dos raios solares e cósmicos,
Apresentando-nos,
‒ Deixando ao nosso usufruto e libertando a nossa Imaginação ‒
Um cenário (iluminado e electromagnetizado) exterior (por alienígena) de material flutuando no espaço e fazendo parte do cometa, vendo-se a superfície do mesmo, um penhasco de umas centenas de pés (3 pés cerca de 1 metro) e as anomalias provocadas na câmara (riscas brancas) pelo impacto dos raios cósmicos.
E se por um lado (negativo) estando por ali (no cometa) perdida a sonda Philae ‒ escondida num buraco, na sombra e não podendo mais (carregar) comunicar ‒ por outro lado (e bem positivo graças a Rosetta) com 67P/C-G contendo alguns dos ingredientes para a possível existência de Vida:
“Ingredients regarded as crucial for the origin of life on Earth have been discovered at the comet that ESA’s Rosetta spacecraft has been probing for almost two years. They include the amino acid glycine, which is commonly found in proteins, and phosphorus, a key component of DNA and cell membranes.”
(esa.int)
(imagens: cometa 67P/C-G ‒ agência Espacial Europeia/ESA)