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O Covid-19 e a Implosão Matemática

Quinta-feira, 09.04.20

[Passatempo, Problema & Retrato (com Pisca-Pisca) do nosso “Portugal dos Pequeninos”.]

 

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Entre tantos outros casos como o da Educação − para já não falar da tragédia impossível de esconder por demasiado visível no campo da Saúde (não se podendo não existindo alternativa fechar os Hospitais) − com avós, pais, filhos e netos ainda com o “credo na boca”, esperando ansiosamente pela posição do nosso 1º Ministro decidindo hoje (amanhã 10 de abril, sendo feriado) em conjunto com o seu governo (e sob pressão extrema dos “Mercenários da Educação” − pensem um pouquinho, pelo menos uma vez e em nome dos vossos filhos, não se deixando levar pelos que se dizem os representantes da Saúde e da Educação), se continuará ou não com as escolas fechadas ou se as abrirá o mais rapidamente possível (e com alguns dos muitos portugueses sendo tal inacessível online, nas filas da SS a tentarem − terminadas as férias da Páscoa − recandidatar-se aos 66%): os mesmos conselheiros que semanas atrás queriam forçar de todas as formas possíveis e imaginárias a continuação do (seu) status quo (não prejudicando os seus negócios paralelos), mesmo sabendo-se já o que se estava a passar em Itália. E se Costa não se tivesse assustado e Marcelo não tivesse dito “Não”, como estaríamos todos nós agora? Estando ainda Portugal como está não graças aos nossos políticos miseráveis (de todos os quadrantes) − no presente já não existindo ideologias, apenas oportunistas – mas graças ao nosso Povo (seja ele um médico ou um camionista) colocando-se na linha da frente da batalha fazendo com que nós todos não nos afundemos de vez. E até se ficando a saber (espanto) que Portugal será auto suficiente (o que os pequenos terão lutado e sofrido para se manterem vivos) ao contrário do sempre afirmado pelos nossos sucessivos governantes (de modo a proteger as grandes áreas comerciais) no ramo alimentar!

 

Passatempo

 

Num grupo de 1.000 alunos de uma escola de um determinado país (A), competindo com um grupo de 1.000 alunos de um outro determinado país (B) − num momento como o que vivemos atualmente com os alunos a disporem nessa altura de duas salas uma mais pequena e outra um pouco maior, para a concretização da prova não presencial mas à distância − o professor de Matemática que os iria sujeitar a um mesmo exame para ver quais dos 2.000 alunos merecia transitar de nível, decidiu (sem os poder avisar antecipadamente) até para ver o que o esperava para a partir daí se prevenir para o que daí sairia (sendo uma espécie de teste preparatório para o verdadeiro exame que se seguiria), fazer uma primeira sondagem entre todos os alunos a classificar, escolhendo até por motivo de insuficiência de testes uma amostra de 600 alunos: mas dispondo de momento de duas salas (uma em cada escola, do seu respetivo país) comportando um número diferente de alunos uns oriundos de uma escola e os outros da outra, optando por escolher uma amostra de 400 alunos da escola A (a tendo a maior sala) e uma outra amostra de 200 alunos da escola B  (a tendo a menor sala). E a partir dessa amostra proposta para este teste (apenas) diagnóstico, obtendo como resultado e para a Escola A 50 testes negativos e para a escola B outros tantos, ou seja, outros 50: significando para este teste diagnóstico sujeitando-se à amostra então disponibilizada, num total de 600 alunos − não ao Universo de 2.000 alunos – que a escola A alcançara uma taxa de insucesso de 12,5% (50 em 400 e com 600 por diagnosticar) e que a escola B alcançara um insucesso de 25,0% (50 em 200 e com 800 por diagnosticar). E como “especialista” Matemático deduzindo desde logo (mesmo antes do exame) que os alunos da escola A com a sua taxa de sucesso nos 87,5% seria melhor que os da escola B com a sua taxa de sucesso apenas nos 75,0%.

 

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Questão

 

Deixando aqui a pergunta se a conclusão do “especialista” matemático seria mesmo a correta tal a evidência dos números − 87,5% (A) contra 75,0% (B) – até porque o mesmo acontece no cálculo da taxa de mortalidade associado ao coronavírus Covid-19. E para ajudar lembrando que uma Amostra não será por definição a mesma coisa que um Universo e que as mesmas taxas (de insucesso/sucesso como de mortalidade) além de variarem com o espaço (onde ocorrem) também variam evidentemente no tempo (como no caso do coronavírus ainda em curso). Feito os seus cálculos escolhendo a opção considerada a correta:

 

Opção

Do matemático a partir da amostra

X

I

A opção do Matemático estava correta sendo a escola A, a melhor

 

II

A opção do Matemático estava errada sendo a escola B, a melhor

 

III

Tanto a opção pela escola A como a opção pela escola B, podendo ser (uma delas) a correta

 

 

Certamente que com muitos a chegarem à conclusão (ou não) de que por vezes não se podendo confiar muito num especialista, ainda-por-cima quado olhando para todos os lados todos o são, menos nós. Para pena e desgraça dos verdadeiros especialistas entre eles os verdadeiros Matemáticos, tendo mais que fazer do que aparecer na TV (e nem sequer sendo convocados) e recordando o dia em que no meu país (Portugal), de um dia para o outro um grupo extremamente carenciado como era o de Matemática (com uma falta gritante de professores de matemática, todos fugindo dela como “o Diabo da Cruz”) se tornou repentinamente ultra excedentário − numa ação extraordinária quase que dando habilitações a todos − ultrapassando mesmo o grupo mais sobrelotado de professores, então o de História. Ainda hoje (no ano de 2020 e com esses e outros especialistas ainda piores a falarem) com os resultados que se vêm e subjugados como estamos com este surto pandémico e mortal, levando ainda em cima com (entre outros) “planaltos e molas” e já agora (porque não, ofereçam-lhes equivalência) o “pisca-pisca”.

 

(imagens: Hal Mayforth/artsyhome.com − br.pinterest.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 12:27