ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Gigante Saturno
E as suas luas Atlas, Enceladus, Tethys, Dione e Rhea.
Durante um período de quase 30 anos Saturno executa o seu movimento de translação em torno do Sol acompanhado por mais de 60 satélites naturais.
PIA 18350
Saturno, os seus anéis e a sua pequena lua Tethys
(o pontinho branco no canto inferior direito)
Imagem do sexto planeta do Sistema Solar o gigante gasoso Saturno, registada no passado dia 7 de Março de 2015 quando a sonda Cassini se encontrava a 2.600.000km de distância. Tendo ainda como protagonistas os famosos anéis rodeando o planeta e a sua pequena e pouco iluminada lua Tethys (iluminada artificialmente por um fator de 2 para se tornar mais visível). Um planeta com um diâmetro aproximado 10X diâmetro da Terra (116.500km) e esmagadoramente maior (mais de 100X) que o diâmetro da lua que na imagem o acompanha (1.062km). Ainda-por-cima com a lua Tethys na altura do registo localizada mais próxima da sonda Cassini em cerca de 200.000km. Numa imagem publicada no dia 11 deste mês pela missão Cassini-Huygens (uma operação conjunta das agências espaciais NASA/ESA/ASI) lançada de Cabo Canaveral em Outubro de 1977 e atingindo a órbita de Saturno quase sete anos depois (e com o seu fim previsto para o próximo ano).
SATURNO = 10X TERRA = 100X TETHYS
(em diâmetro)
PIA 18352
Anéis de Saturno e as suas luas Enceladus e Rhea
(a 1ª acima dos anéis e a 2ª abaixo – no entanto com uma 3ª lua presente/impercetível)
Nesta segunda imagem (de 24 de Setembro de 2015) de novo contando com a presença do maior, mais preenchido e mais brilhante sistema de anéis planetários do Sistema Solar, contando com dois grandes anéis (o mais perto e o mais afastado de Saturno) e preenchido por muitos outros (menos visíveis). Adicionalmente apresentando-nos mais duas luas visíveis e uma outra pouco percetível: acima dos anéis de Saturno a lua Enceladus (na altura a 2,1 milhões de quilómetros da sonda Cassini), abaixo a lua Rhea (na altura a 2,8 milhões de quilómetros da mesma sonda) e finalmente perto do limite inferior do anel exterior (e para a esquerda de Rhea) a outra lua Atlas (a 2,4 milhões). Com Saturno a ser o segundo planeta do Sistema Solar a possuir mais luas (mais de 60) só suplantado pelo outro gigante gasoso: Júpiter o maior deles. Na imagem a lua acima dos anéis (Enceladus) tem sensivelmente metade do diâmetro de Tethys e a lua acima desses anéis (Rhea) é cerca do triplo de Enceladus.
SATURNO = 10X TERRA = 75X RHEA = 100X TETHYS = 200X ENCELADUS
(em diâmetro)
PIA 18346
Anéis de Saturno e a sua lua Dione
(apresentando fraturas estreitas na sua superfície gelada com mais de 1000km de extensão)
Um mundo desconhecido situado a mais de 1400 milhões de quilómetros do Sol e no qual qualquer terrestre viajando a bordo de um veículo conhecido (pondo de lado a nave interplanetária), demoraria no mínimo mais de cem anos para o percorrer completamente (escolhendo para cada exemplo velocidades já alcançadas):
Veículo | Velocidade (km/h) | Tempo de viagem (anos) |
A Pé | 20 | 8.000 |
De Bicicleta | 40 | 4.000 |
De Automóvel | 120 | 1.350 |
De Avião | 1.200 | 135 |
De Nave Interplanetária | 60.000 | 2,5 |
Nesta última imagem apresentando-nos ainda a lua Dione (a 1.700.000km), o 18º satélite mais próximo do planeta Saturno e com um diâmetro ligeiramente inferior ao da outra lua Tethys (a 15ª). Uma lua com parte da sua superfície carregada de crateras e povoada de montanhas geladas (e não de depósitos de gelo) criadas por fraturas tectónicas e evidenciando ser um corpo jovem.
TETHYS ≈ DIONE
(em diâmetro)
O que para finalizar nos leva a concluir que se quisermos atingir um planeta tão próximo como Saturno (apenas a 9 AU de distância do Sol), para o objetivo ser cumprido durante o nosso tempo estimado de vida só temos mesmo três hipóteses: ou construímos uma arca frigorífica extraordinária capaz de nos conservar vivos durante dezenas ou mesmo centenas de anos, ou temos mesmo uma grande paciência e esperamos pelo aparecimento da grande nave interplanetária (devemos levar algo para nos irmos entretendo), ou inventamos uma nave espacial revolucionária viajando à velocidade da luz (montados em fotões e atingindo Saturno em cerca de 78 minutos) ou então encontramos um “buraco de minhoca” e estaremos lá mal partirmos.
(imagens: NASA)