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O meteoro 2017 EA

Sábado, 04.03.17

Imaginando que um calhau com o dobro do nosso tamanho acabou de passar há horas atrás por nós a uma distância 7800 X menor que aquela que nos separa do Sol (e a uma velocidade furiosa de mais de 66000Km/h), é de ficar de cabelos em pé e mesmo colados ao teto (não sendo neste caso por efeito da ação da eletricidade estática) só de pensar que se ele fosse apenas um pouco maior, em vez de nos cortar o cabelo talvez nos levasse o escalpe.

 

PinkAngelicGoose.jpg

2017 EA

 

Na quinta-feira dia 2 um pequeno meteoro com cerca de 3 metros de comprimento e pertencendo ao grupo Apollo (orbitando nas proximidades do nosso planeta), passou pouco depois da hora do almoço (14:05) a pouco mais de 19000Km de distância do planeta Terra – menos de metade da quilometragem que teríamos de percorrer para dar a volta ao Mundo (não como na Volta ao Mundo em 80 dias, mas à velocidade a que se deslocava o meteoro, em menos de 80 minutos) ou então 1/20 da distância que os astronautas das naves Apollo tiveram de percorrer para alcançar a Lua.

 

Uma distância mínima relativamente à segurança e proteção do nosso planeta, com diversos satélites artificiais fundamentais ao funcionamento de todo o nosso sistema civilizacional terrestre (e das suas estruturas prioritárias) colocados em trajetos próximos e diferenciados (desde órbitas baixas a órbitas geoestacionárias) e que face à passagem e intromissão na sua área reservada de um corpo aparentemente estranho, poderia pôr em risco qualquer deles, afetando indiretamente a Terra (e os seus residentes): não tanto a ISS orbitando apenas a 400Km da Terra, mas podendo já passar uma tangente ou até mesmo uma secante aos satélites de navegação/comunicação localizados a uns 20000Km e aos satélites geoestacionários a uns 36000Km de nós.

 

Noutro caso entre tantos outros registados nos últimos tempos (semanas/meses) e infelizmente parecendo querer tornar-se cada vez mais habitual, em que um objeto deslocando-se em direção ao nosso planeta num trajeto com uma hipótese por mínima que fosse de poder colidir com a Terra, não é previamente detetado sendo-o apenas no momento (um pouco antes ou ao segundo) ou depois de o mesmo já ter passado – e tendo colidido sendo certamente notícia e muito brevemente.

 

No caso do meteoro 2017 EA com o mesmo a ser observado pela 1ªvez a 2 de Março e com a sua órbita a ser definida no mesmo dia, sendo-lhe atribuído o código 6 (numa escala de 0/9 órbita incerta) – ou seja descoberto à sua passagem.

 

E se um dia se escapar um meteoro como o de Cheliavinsky (com cerca de 17 metros)?

 

(imagem: gfycat.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 01:09