ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Regresso do Vulcão de Monchique
Tendo a Terra segundo dizem mais de 4,5 biliões de anos, período durante o qual a mesma sofreu múltiplas alterações entre elas geológicas, fazendo com que ao longo do tempo partes da Terra desaparecessem e outras surgissem em sua substituição (provavelmente e durante este longo período, sendo certamente acompanhada por alterações oceânicas e na atmosfera terrestre),
Yellowstone
(um supervulcão)
Sabendo-se da provável existência de um Grande Continente Primordial, podendo na sua deslocação ter-se fraturado dando origem a outros territórios posteriormente derivando e afastando-se (uns dos outros) ─ levando à disposição dos continentes apresentada no presente ─ rapidamente se concluindo que territórios desses podendo submergir/emergir, ao longo do tempo irão influenciar fortemente a evolução geológica desse lugar, alterando-lhe a fisionomia e a forma (método de intervenção) da Terra se expressar: um dia num dos seus primeiros atos da sua apresentação sendo uma região com intensa atividade sísmica/vulcânica, originando fortes tremores de terra, tsunamis e intensa atividade vulcânica (veja-se os vestígios de cones vulcânicos em Lagos/Algarve) para posteriormente e ao longo dos anos se ir modificando adaptando-se progressivamente a alterações verificadas no meio ambiente (existindo em seu redor), deixando para trás certos eventos (possíveis vulcões algarvios), mas recordando alguns eventos a eles associados (com as suas rochas metamórficas, como os ainda se manifestando em Monchique) e vendo surgir diante de nós outros cenários antes impensáveis (de nessas coordenadas geográfica se verem). Olhando-se da serra de Monchique para o mar, ao fundo para além do vasto oceano ─ e confirmando-se, tudo se reduzir a um grão de areia ─ vendo-se uma faixa estreita de terreno sedimentar.
Na senda do Vulcão de Monchique (Terra tendo mais de 4,5 biliões de anos), sabendo algo como nós começar a andar por cá há uns 5 milhões de anos (Hominini) e o Homem Moderno há uns 50/100 mil anos (Homo Sapiens o seu ascendente, há mais tempo) ─ e até podendo ter existido na extensa cronologia geológica da Terra uma outra Civilização (talvez tecnologicamente tão avançada como a nossa), com o tempo e sendo como com tudo (até os nossos ossos) reduzida a pó, nada mais a confirmando ─ desde que temos consciência mínima do que somos, fazemos e conseguimos (suponhamos uns 50.000 anos), se não podermos afirmar (convictamente ou apenas com algumas prova ou sinais) ter existido este vulcão algarvio neste pequeno lapso de tempo, para lá desse ponto cronológico (de uns 50 mil anos) nada impedindo o mesmo (vulcão de Monchique) ter existido mesmo que por cá (nestas coordenadas que hoje representam o algarve) ainda não andássemos (talvez os nossos primos, surgindo por cá, há uns 10 milhões de anos).
La Palma
(um vulcão)
Tentando descobrir algo sobre a História Geológica do Algarve e sobre a possibilidade de alguma vez nestes últimos milhões de anos (dos mais de 4,5 biliões que a Terra tem) ter existido algum vulcão nesta região (sudoeste da Península Ibérico), indo ter a uma 1ª informação referindo-se a uma zona próxima (da serra de Monchique) onde há uns 70 milhões de anos terá existido um: num dos limites da Praia da Luz (onde se podem encontrar os últimos 120 milhões de anos da geologia do “Algarve”) situada em Lagos, numa região onde há muito se falava da existência de vestígios de antigos (perdendo-se no tempo) cones vulcânicos ─ Rocha Negra ─ por curiosidade coexistindo na mesma era da criação do que é hoje a serra de Monchique. Um vulcão certamente relevante distando poucos Km de Monchique e existindo na Idade do Cretáceo (superior), tendo existido numa altura em que as placas tectónicas se deslocavam ativamente originando grandes alterações na geologia da Terra e na crosta terrestre, por vezes permitindo a subida de material oriundo do interior da Terra atingindo de uma forma ou de outra a superfície, libertando-se e sendo mesmo ejetado para a atmosfera: podendo dar origem ao aparecimento de um vulcão ou de vários cones vulcânicos, de outro tipo de manifestações vulcânicas como por ex. geiseres ou sendo menores de fontes termais e até mesmo de outro tipo de material magmático subindo mais lentamente à superfície (por vezes confundindo-se com as rochas de origem vulcânica) as rochas metamórficas.
Muitos mais anos passados e sob o constante acumular dos efeitos de erosão, transformando essas rochas das mais variadas dimensões e composição em partículas mais pequenas algumas delas brilhando, enchendo de areia as praias de todo o litoral algarvio, tendo-se que concluir que tendo existido ou não um vulcão nas exatas coordenadas de Monchique, ele esteve mesmo presente nesse espaço e tempo concreto mas relativo ─ o que são 30Km (vendo-se claramente a olho nu a mais de 50Km) mais para um lado ou para o outro ─ sendo a herança dele os vestígios de cones vulcânicos (em Lagos) e ainda hoje testemunhando algo ao mesmo (vulcão) podendo estar associado (para além de outros aspetos geológicos, como as rochas) as águas termais da serra de Monchique. Quando cheguei ao Algarve há mais de 30 anos já se escutava aqui e ali a umas conversas sobre um hipotético vulcão tendo existido no passado na região ─ onde hoje se situa Monchique ─ pela insistência no tema do vulcão parecendo por um lado ter o mesmo uma fonte de verdade (até ouvindo falar disso, professoras primárias), mas por outro lado pela geologia local, talvez não ─ e no entanto passados todos estes anos, talvez se tendo tornado numa religião (da região, o Santo-Vulcão), ainda sendo um tema regular de busca, de muitos curiosos.
(imagens: amazon.com ─ euronews.com)