ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
ON/OFF
O problema do Homem será que ao querer evitar a sua própria extinção ─ e na prossecução da sua senda religiosa na busca incessante do mundo da perfeição] terá que ceder mais cedo ou mais tarde e inevitavelmente ao poder das máquinas ─ da automatização e dos robots ─ metamorfoseando-se numa bio máquina e à falta de melhor (superando-nos com a máquina em conjunto, estando-se mais perto do alvo), esperando (assim as máquinas/o produto final o consintam) ser feliz.
A posição do Sol, relativamente ao centro da Via Láctea.
A cadeira era excelente, almofadada, com dois apoios laterais (bem apetrechados) e podendo mover-se em todas as direções, mesmo de lado ou verticalmente, colocando-nos da forma mais confortavelmente possível (de forma ergonómica) e enquadrada perante o amplo painel de instrumentos (que protagonizava o cenário), lateralmente decorado por dois grandes vasos onde estavam colocadas duas palmeiras (ainda jovens) ─ protagonizando a Natureza ─ fazendo sobressair ainda mais ao centro (e como foco desta experiência) o Cérebro M4, responsável por este ato transformativo e induzido (já levado a cabo, por uma criação) por uma civilização muito mais avançada, relativamente à nossa perdida nas coordenadas do Espaço/Tempo (muito mais antiga/ou acelerada do que a nossa): em frente ao Cérebro M4 e já com o software inicial introduzido, preparava-se a introdução do novo código de vida a implementar no novo Sistema, estabelecendo desde logo as condições e limites da sua evolução e a criação de condições mínimas mas aceitáveis para a obtenção de um novo modelo, tendo como objetivo deste destacar-se do conjunto (num Mundo previamente escolhido) onde seria implantado, desenvolvido, então avaliando-se a sua continuidade.
Civilizações internas e externas
[Numa Terra com Vida desde há uns 400 milhões de anos, com o Homem Moderno descendente do Homem Sapiens andando por cá nem há 100 mil anos e com uma Civilização Industrial com apenas uns 300 anos de existência ─ e sabendo a idade do nosso planeta ultrapassar os 4,5 biliões de anos ─ antes de procurar se no Espaço exterior existirão outros seres/outras Civilizações como a nossa e até de nível superior, deveremos previamente questionar-nos se no nosso próprio planeta não terão existido outras Civilizações, que não apenas a nossa a espécie humana.]
Num Sistema jovem e distante com nem 5 biliões de anos de idade e a muitos anos-luz de distância, instalando-se o ponto de inserção desta nova aplicação, localizado na zona habitável da sua respetiva estrela e apresentando todas as condições geológicas e ambientais para acolher no seu seio ─ permitindo a sua evolução, transformação e sobrevivência ─ algo de único/exclusivo edificado em redor de dois elementos cobrindo em conjunto quase 70% da superfície de um dos planetas desse Sistema e quase na mesma proporção, constituindo o que será um dos seus protótipos e objetivo (principal), a criação de uma nova espécie, de um novo ser-vivo (ou o processo de melhoramento de outro(a)). Dois átomos de Hidrogénio e um átomo de Oxigénio ligando-se entre si formando Água e daí, dando origem a este processo de controlo remoto ─ suportados pelos dois, agregando seletivamente outros e expandindo-se ─ exercida por uma Entidade Experimental Construtora, num exercício exercido no infinito e como tal sendo aleatório/fortuito, colocando em atividade mais uma “zona experimental”. De um Sistema Planetário talvez mais próximo do que pensemos podendo ter partido algumas destas “interferências”, locais de origem ou postos intermédios e até podendo ter (que poderíamos considerar como dos nossos criadores, Deuses) postos avançados perto de nós.
A Terra, umas vezes parecendo ligada/outras desligada.
No interior da sua pequena sonda-laboratório acompanhando o movimento do Sol em torno do centro da sua galáxia (a Via Láctea), numa trajetória cumprida ciclicamente e com um período de cerca de 230 milhões de anos de duração (significando estar a nossa estrela no cumprimento da sua 21ª trajetória), tendo saído da zona planetária habitável de Próxima Centauro (distando cerca de 4,5 anos-luz do Sol) propulsionado pelo motor intergaláctico instalado no seu TAL/Geração-PlusX300, colocando-se de seguida nas imediações do último planeta do Sistema (Solar) passados pouco mais de 4 dias ─ na sua 1ª paragem de interseção do sinal ─ protegido na sua aproximação pelo Gigante Gasoso (da região, Júpiter), sem se fazer notar passando como mais um simples artefacto espacial e colocando-se numa melhor órbita de comunicação e aproximação ao planeta-alvo ─ precavendo-se contra algum tipo de alteração, no sinal a intercetar ─ suspendendo a sua trajetória perto do marco de referência (de missão) e 1ª recetor do último impulso do sinal (antes de atingir o recetor/descodificador, traduzindo-o e enviando para receção-final e assimilação), aguardando perto de nós e a uma distância segura (do artefacto projetor-replicador, criador deste holograma) os dados de programação enviados (para a prossecução da experiência), podendo no entanto ser infiltrados, alterados (sem vestígios de tal), modificados nas suas bases e essência: de uma simples cabine de pilotagem de uma nave espacial, com um entre tantos e tantos produtos do submundo superior ─ a Entidade manipulando o periférico, sem autorização ─ num momento de ação radical ou até de ócio, podendo ser mesmo para obter um mero e circunstancial currículo alternativo mesmo assim oficial, a introduzir-se na cena e a poder com isso alterar a nossa História.
Contactos entre Civilizações
[Quando no início dos anos 70 os EUA lançaram as suas sondas automáticas Pioneer, seguidas anos depois pelas sondas Voyager, em direção aos limites do Sistema Solar e ao Espaço Extrassolar, transportando consigo uma mensagem nossa para possíveis civilizações extraterrestres, desde logo se levantaram dúvidas sobre as virtudes de tal decisão, podendo a resposta/a devolução da mensagem, ser positiva ou negativa para o remetente, desconhecendo-se a identidade do destinatário. No estabelecimento de qualquer contacto tendo-se de ter noção de ao concretizá-lo, estarmos a indicar a nossa morada.]
Tendo na sua posse a programação (podendo ser alterada, manipulada) e vendo-nos no ecrã da TV. Manipulando o ADN introduzido na criatura e levando-a até ao que ele é hoje, nos episódios de impasse e hesitação da espécie não vislumbrando mais como evoluir (esgotando-se a capacidade do processador), recebendo certamente constantes atualizações vindas do exterior, fazendo reset ao nosso sistema e forçando-o de novo a arrancar, se necessário ao longo do processo adaptando-os aos novos mecanismos, aplicando-lhe aí periféricos exteriores (transformando-nos em bio máquinas para nos superarmos): perto de se dar o encontro (com o último posto intermédio) e posteriormente o último salto (para palco experimental, localizado na Terra), com o “sinal” a ser intercetado e dado o excesso de zelo a ser interrompido ─ podendo provocar na evolução humana, um período indeterminado de suspensão. E nada nem ninguém nos dando um novo impulso (intensamente mental) ─ mais um tónico cerebral, mesmo expressando-se por minorias, podendo-se posteriormente difundir ─ sobrando apenas e como de costume (perdida a esperança, revelando-se a nossa natureza) a doença, a guerra e a morte. Não tendo, no entanto (para já, cá se continuando), a autorização dos diretores deste zoo.
(imagens: nasa.gov/nbcnews.com/vectorstock.com)