ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Os Açores e a Atlântida
Pirâmide submarina
No passado mês de Outubro de 2013 chegaram a alguns órgãos de comunicação social portugueses, notícias sobre a descoberta em pleno mar dos Açores duma estrutura com cerca de 60m de altura assente numa base com 8.000m² de área: em princípio poder-se-ia estar em presença duma estrutura perfeita apresentando uma base quadrada e que no seu conjunto poderia sugerir estar-se em presença duma enorme pirâmide subaquática.
A descoberta terá sido levado a cabo por um veterinário e velejador local – Diocleciano Silva – na sua tentativa de encontrar melhores zonas de pesca junto do banco D. João Castro. A pirâmide estaria localizada nesse banco situado a meio caminho entre S. Miguel e a Terceira, apresentando as seguintes coordenadas geográficas: 38°.14' N e 26°.38' W. O banco D. João Castro é um grande vulcão submarino situado no meio do oceano Atlântico, numa zona particularmente activa em fenómenos vulcânicos e sismológicos: a sua última grande erupção ocorreu no ano de 1720 – portanto há quase 300 anos – tendo-se formado por essa altura uma ilha de origem vulcânica que entretanto e muito rapidamente desapareceu.
Banco D. João de Castro: carta batimétrica
De acordo com a observação realizada no local por Diocleciano Silva, a referida estrutura apresentaria a forma duma pirâmide muito semelhante às do Egipto e estaria orientada segundo os pontos cardeais. Chamado na altura a investigar a veracidade das notícias e da respectiva descoberta atribuída a Diocleciano – que até indicava as coordenadas do local – o Instituto Hidrográfico Português após pesquisas realizadas na área, desmentiu a existência dessa pirâmide subaquática: “Não é possível confirmar a existência de tal figura geométrica com a forma e dimensão divulgada, registando-se apenas uma elevação submarina semelhante a outras elevações detectadas no Banco D. João de Castro".
Passados aproximadamente três meses e meio sobre o facto ter sido noticiado e após todo este assunto ter sido aparentemente esquecido e arquivado – pelo menos no que diz respeito á comunicação social nacional – eis que a notícia é de novo recuperada mas agora internacionalmente: logo à frente com sites científicos, alternativos e/ou conspiracionistas, o que não lhes retira no entanto o mérito da sua curiosidade e do seu desejo de investigação e que ao mesmo tempo até poderá levar (mesmo que inadvertidamente) a outras conclusões ou descobertas bastante interessantes.
O que não deixa até de ser bom, interessante e revelador de alguma réstia de esperança na alteração do nosso actual quotidiano monótono e estático – sem transformação evidente e como tal condenando os seres à extinção – pois deste modo ainda haverá alguém neste mundo, a pegar em determinados temas e factos considerados inúteis e desprestigiantes para alguns: precisamente aqueles que parasitando-nos oficial e subliminarmente, ainda se dizem nossos amigos e representantes. Eis pois e aqui, as constatações e interrogações filosóficas destes grupos de marginais:
Arquipélago doa Açores
- O arquipélago dos Açores é pela sua localização – a meio do oceano Atlântico – um dos locais de estudo mais interessantes desta região do globo terrestre: constituído por uma cadeia de quase uma dezena de ilhas de origem vulcânica situadas a mais de 900Km de Lisboa, o arquipélago português surge entre as falhas de três importantes placas tectónicas (a norte-americana, a euro-asiática e a africana).
- A descoberta refere-se a um local que se encontra há provavelmente 20.000 anos debaixo de água (o imenso continente líquido que é oceano Atlântico), pelo que a pirâmide reportaria para um período temporal denominado como a última Idade do Gelo. Que civilização terrestre (e porque não extraterrestre) desconhecida estaria por trás daquelas grandiosas construções, tão semelhantes às outras pirâmides construídas no Egipto? Existiriam de alguma forma ligações entre os seus construtores?
- Não poderia o arquipélago dos Açores integrar o lendário e perdido continente da Atlântida, destruído por cataclismos originados pelo afastamento progressivo dos continentes – provocado pela deslocação das placas tectónicas – e posteriormente submergido pelas águas invasoras de um oceano carregado de água proveniente do degelo nos pólos?
Podendo a pirâmide nem sequer passar de uma simples montanha submarina – já que com a idade de mais de vinte milhares de anos e com toda a actividade vulcânica e sísmica associada, provavelmente já não estaria de pé – estranha-se no entanto o silêncio sobre o assunto de todas as entidades científicas nacionais e/ou internacionais: assunto encerrado!
(dados e imagens recolhidas – Web)