ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Prémio Nobel da Paz
No dia 12 de Dezembro de 2012 foi atribuída à União Europeia o prémio Nobel da Paz. A razão? Preservar a Paz na Europa!
Execution Headclamp of the Black Death
O problema é que passado pouco mais de um ano o continente europeu viu-se perante a Guerra Civil na Ucrânia.
Então qual tem sido o papel desempenhado pela União Europeia na resolução deste preocupante problema, até para assim poder confirmar posteriormente a justeza do prémio anteriormente atribuído?
De facto pior que nulo mais correctamente de sinal negativo: subalternizando-se completamente ao poder económico e esmagador do dólar a Europa política e financeira perante a falta de liderança da Alemanha, deixou-se levar pelos interesses dos Estados Unidos da América e pela única estrutura que ainda lhes interessa e como consequência domina a NATO.
Assim e mais uma vez as armas impuseram a sua poderosa e mortal voz na Europa – a última acontecera com o decorrer do processo de desagregação da Jugoslávia, contando também com a preciosa colaboração da Alemanha – contando agora nesta longa-metragem com a presença no elenco principal de países como a Ucrânia (a vítima), a Rússia, os EUA e os seus aliados (os predadores).
Outro local do mapa global onde um recente conflito já provocou mais de 2.000 mortos. Além dos milhares de feridos e indivíduos social e psicologicamente afectados, infra-estruturas destruídas e sem capacidade de fornecimento de qualquer tipo de serviços básicos, para além da tragédia das centenas de milhares de deslocados e refugiados, os Novos Sem Terra da Europa.
Felizmente que a Chanceler alemã Angela Merkel parece querer retomar o seu papel de Poliedro Perfeito – após constatar o papel intervencionista (e indiferente aos desastres ambientais e humanos causadas) dos norte-americanos no conflito – tentando de uma forma progressiva e inteligente voltar novamente ao diálogo e às trocas comerciais com a maior potência europeia (a Rússia): a Alemanha sabe que um Poliedro só é Perfeito se todas as suas faces também o forem (ou pelo menos parecerem). Não sei é se os norte-americanos aceitam.
Quanto a nós os portugueses estamos condenados a uma regressão provavelmente sem retorno, desde que a Chanceler alemã abandonou o idealismo europeu do Poliedro Imperfeito – em que países pobres como Portugal (uma das imperfeições) ainda tinham uma palavra a dizer. Agora – como o afirmou Paulo Portas – somos apenas um Protectorado. Se calhar até é bom: obedecemos sem questionar e em troca dão-nos de comer!
(imagem – dota-trade.com)