ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Presidentes
Estados Unidos da América
“Na Guerra Civil dos Estados Unidos (1861-1865), os fazendeiros escravocratas dos estados do Sul eram filiados ao Partido Democrata e lutaram contra os republicanos do Norte, capitaneados pelo abolicionista Abraham Lincoln. Logo após o conflito, foi fundada a Ku Klux Khan, KKK, no Tenessee. Essa organização racista tinha entre os seus líderes vários políticos democratas, a ponto de ter sido considerada um braço armado do partido. Entre suas vítimas estavam muitos republicanos, brancos e negros.” (Duda Teixeira – veja.abril.com.br)
Abraham Lincoln (REP) e a Abolição da Escravatura
16º Presidente dos EUA
(1861 – 1865)
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Quando nos confrontamos com os aparentes desejos e com os verdadeiros objetivos de qualquer proposta que nos seja apresentada e os comparamos com a evolução e com os resultados na realidade alcançados (por exemplo aplicando o processo às Eleições Presidenciais Norte-Americanas), temos no mínimo a responsabilidade Histórica de verificarmos se entre as duas Fases de necessária transformação política (antes e depois) algum ponto original/comum se manteve (cultural, económico, financeiro e militar) ou se em alternativa algo de inovador e/ou de revolucionário surgiu (essencialmente a nível ideológico).
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No caso das Presidenciais dos EUA com os seus 45 Presidentes até hoje eleitos (e com alguns deles reeleitos para um 2º mandato) – incluindo já nessa lista Donald Trump – a terem comportamentos naturalmente diferenciados, com uns a ficarem-se pelo quase anonimato, outros a serem mais protagonistas do que criadores de Momentos (de referência) e ainda com uma minoria (apesar da sua origem e atitudes não convencionais e duvidosas) capaz de na sua inexperiência e ingenuidade fazer o que os outros com muito mais capacidades e currículo jamais conseguiram (e com alguns deles sendo mesmo vítimas ao tentar).
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Numa análise rápida – não sendo necessário recorrer muito á Memória (recuando pouco mais de 50 anos), mas talvez um pouco mais à Cultura (dada a divulgação da nossa verdadeira História que sempre nos foi sendo negada e deliberadamente manipulada) – e tendo como referência o afirmado anteriormente, facilmente se podendo obter alguns exemplos concordantes e de alguma forma (ou feitio) integrando-se nessa minoria: com avaliação positiva ou negativa atribuída, mas assumindo em seu nome e no da sua equipa de conselheiros (pensando estar a atuar em favor dos seus constituintes) a total responsabilidade pela implementação das suas próprias ideias.
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Como terão sido os casos do 35º e 39º Presidente dos EUA (Democratas) respetivamente John F. Kennedy e Jimmy Carter (avaliação +), com o primeiro a ser considerado um dos maiores polos de referência e de esperança da Geração de 60 nos EUA, no entanto assassinado e já perdido no tempo (Dallas em 1963 aos 46 anos) e o segundo apesar da sua curta (e discreta) permanência na Casa Branca (apenas um mandato) pelo seu trabalho posterior com a criação co Centro Carter – uma grande instituição tendo como objetivo a Defesa dos Direitos Humanos e o Alívio e a Proteção de todos aqueles que sofrem a nível Global e que lhe valeu o Nobel da Paz em 2002 (hoje já com 92 anos).
“Se poderemos falar numa mais que provável viragem à direita na política interna e externa norte-americana (ou não fosse o Vice-Presidente Mike Pence), por outro lado é obrigatório constatar a uniformização dos meios de comunicação social norte-americanos, fazendo-nos recordar cada vez mais (ao vivermos este momento) as bases e a aplicação da psicologia de massas do fascismo.”
Barack Obama (DEM) o primeiro Presidente Negro
44º Presidente dos EUA
(2009 – 2017)
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E até o 40º Presidente dos EUA Ronald Reagan (81/89) que com a redução de certos gastos governamentais (alguns deles no entanto com consequências negativos) e com a descida generalizada de impostos (que no entanto levaria à desregulação) conseguiu diminuir a inflação, aumentando o emprego e fazendo crescer a taxa de crescimento do país (Reganomics): o ator de cinema (antes Democrata e agora Republicano) que um dia desejou ser Presidente e que apesar de toda a campanha inicial e violenta de diminuição das suas capacidades e qualificações (como assim tinha sido considerado no passado um ator medíocre) acabou por se impor e se tornar numa das maiores referências do partido Republicano.
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Já no caso do 37º Presidente dos EUA Richard Nixon (69/74) e ao contrário do que sucederia mais tarde com os dois mandatos cumpridos com êxito pelo seu colega Republicano RR (segundo reafirmam ainda hoje com admiração e respeito – quase religioso – os seus inúmeros seguidores Republicanos), com o mesmo a não concluir o seu segundo mandato (sendo nesse ponto o único), demitindo-se como consequência do tão doloroso como célebre caso Watergate (avaliação -): um filho de uma família marcada por algumas dificuldades financeiras (originária da Califórnia) e que no interior desse extremo conservadorismo da época e do ambiente claustrofóbico que o rodeava criou à sua imagem aquele que mais tarde a opinião pública apelidaria de louco, bêbado e de até agredir violentamente a mulher – apesar de o ter elegido e reeleito.
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No passado dia 8 de Novembro (terça-feira) com o 45º Presidente dos EUA Donald Trump a ser eleito para o seu primeiro mandato (avaliação em aberto), derrotando o candidato desde sempre consagrado como o inevitável vencedor, mas perdendo no Colégio Eleitoral apesar da maioria de votos populares alcançados: fazendo-nos lembrar em 50% G. W. Bush na sua vitória sobre Al Gore, mas sobretudo a 100% a caminhada vitoriosa de Ronald Reagan se associada (e comparada) com a de Donald Trump. Um milionário nova-iorquino (cidade que por sinal votou Hillary Clinton), nascido em Queens (há 70 anos) e investindo decisivamente no imobiliário (hotéis, casinos e áreas associadas), que apesar de ser considerado um simplório tal como qualquer outro comerciante (apesar de neste caro também ser superiormente certificado) e sem créditos políticos a apresentar, chegou a Presidente mesmo podendo ser medíocre.
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Hoje dia 11 de Novembro, 3 dias passados sobre a vitória do republicano Donald Trump sobre a Democrata Hillary Clinton e já com o reconhecimento interno (Hillary e Obama) e externo (CEE e Israel) concedido, com a cadeia televisiva e noticiosa CNN a continuar com a sua campanha vergonhosa da não-aceitação do óbvio incitando com as suas reportagens os norte-americanos ao insulto e à violência: continuando com a mesma narrativa de diabolização do seu não-candidato vencedor e esquecendo todos os estratagemas por si utilizados (em colaboração estreita com a hierarquia Democrata pró-Clinton) para derrotar logo à partida aquele que estaria pronto para ser o próximo Presidente dos EUA: apoiado pelas bases Democratas, assumidamente antissistema (nada tendo a ver com os prós e a favor do sistema Trump) e em todas as sondagens batendo largamente aquele que em Janeiro será o próximo inquilino da Casa Branca. Falamos de Bernie Sanders tragicamente atropelado nas primárias, pelas muitas rodas de Hillary Clinton. Finalizando-se assim esta história (vitória de DT) com os Democratas a oferecerem (nas mãos de HC) a vitória aos Republicanos.
[para todos aqueles que pertencendo ao grande rebanho situacionista têm a tendência de afirmar de que ou somos contra ou a favor e que simultaneamente julgam ter a veleidade superior de pensar que lá por serem a maioria, têm por inerência sempre razão enquanto os outros nada são – ou seja se não apoias Hillary então é porque apoias Trump. Simplesmente provocador!]
(imagens: biography.com)