ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Putin
Esta imagem – de 29 de Agosto de 2011 – reporta-se à fase intermédia de controlo do poder por parte de Vladimir Putin à frente da ressuscitada Rússia como nova potência mundial emergente (era ele então Primeiro-Ministro), entre dois períodos como Presidente (o anterior e o actual) deste país estendendo-se da moribunda e prestadora de serviços Europa, até à economia explosiva e expansionista Asiática – com a China a liderar o pelotão e sendo com largo avanço a portadora da camisola amarela.
Vladimir Putin e os Lobos da Noite
Relembre-se desde já que a Crimeia sempre teve uma forte ligação com a Rússia – sendo ainda hoje uma republica autónoma da Ucrânia por opção, dado ter declarado anteriormente a sua independência em 1992 – continuando a ser nos dias de hoje um símbolo do próprio país na luta de libertação soviética contra a ocupação nazi, não se podendo esquecer no entanto – e simultaneamente – das profundas ligações deste antigo território sob administração russa à fundação e à história da família Imperial Russa e do seu vasto e imenso Império.
E de Novorossiysk – localidade situada nas margens do Mar Negro no sul da Rússia – o Presidente Vladimir Putin e os seus Lobos da Noite (integrando o seu líder Alexander Zaldostanov conhecido como “O Cirurgião) poderão facilmente olhar para ocidente e ver lá ao fundo a Crimeia com a sua protegida e simbólica Sebastopol – enquanto assistem a mais um festival motard.
Dispondo dum amplo mercado a Leste e demonstrando à Europa Ocidental todo o seu poderio financeiro e tecnológico utilizando uma imagem e um modelo inspirado nesse mesmo sistema capitalista e (agora) selvagem – como o foram os Jogos Olímpicos de Inverno realizados em Sochi – a Rússia não se pode permitir aos jogos desestabilizadores dos norte-americanos e à atitude senil e degenerativa da Alemanha: jamais a Rússia de Putin permitirá que alguém pretenda equiparar e transformar o futuro da Crimeia (para a Rússia) com o futuro do Kosovo (para Sérvia).
No meio disto tudo e como sempre os povos vão assistindo e sendo castigados: que o digam os tártaros.
Nunca esquecendo que o mundo evolui constantemente e que muito provavelmente com o desenvolvimento económico mais acelerado na Rússia, tal facto lhe proporcionará futuramente a absorção das suas ex-republicas e a sua expansão pelo moribundo território da União Europeia (EU) – tornando-se no gigante económico europeu. Equiparando-se nessa altura (em aproximação por excesso) à China e a todo o seu território e mercado asiático e aos EUA, com a fiel Grã-Bretanha como a resistente da Europa talvez acompanhada pelos países ricos do norte; e ainda com os países da Oceânia oscilando entre o Bloco Chinês e o Bloco Norte-Americano, com a América do Sul atrás do poderoso Brasil na expectativa e com a África a ser constantemente transaccionada, avançando e recuando mas nunca tomando o controlo – já hoje em dia sob domínio maioritário chinês.
(imagem – Web)