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Questões de Parentesco entre uma Bala e um Míssil

Quarta-feira, 25.05.16

Ao entrarmos num artefacto estranho com parâmetros muito diferentes dos nossos, arriscamo-nos a ser esmagados pela brutalidade da sua amplitude – falando de uma conjugação de energia e movimento. De Burro ou de Ferrari?

 

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Voo GE235 da TransAsia Airways

Segundos antes de cair numa das margens do rio Tamsui na capital de Taiwan Taipé

(ao desligarem inadvertidamente o único motor do avião ainda em funcionamento)

 

Por aquilo que eu tenho ouvido dizer há muito tempo, a contribuição do número de vítimas de acidentes de aviação comercial civil transportando passageiros, é muito menor do que a contribuição oriunda dos acidentes de viação. Uma conclusão que qualquer pessoa com um mínimo de bom senso e capacidade de cálculo mental facilmente aceitaria, respondendo de imediato e afirmativamente.

 

Só que para mim existe algo de muito diferente nestes dois meios de transporte, que acaba por distorcer (por incompactidade de comparação) as conclusões então obtidas: tendo como princípio de análise básica desta hipótese comparativa, que os carros só têm rodas (apenas para andar) e os aviões rodas e asas (para andar e voar) – não sendo portanto possível de estudo e comparação, não só pela dimensão como pela área de intervenção.

 

Quase como se comparássemos um míssil (avião) com a bala de um revolver (carro), ignorando os dados (proporção) e o objetivo a atingir: não fosse o tráfego tão díspar (muito mais intenso em terra), com intervenções diferenciadas (considerando terra e ar), com muito maior densidade (e mais mortos por m2/aviação), até mesmo complementares mas no fundo incompatíveis.

 

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A321 da companhia russa Metrojet

Explosão interna e entrada em queda imediata

(pretensamente abatido sobre o Egipto por um míssil do Exército Islâmico)

 

Não me interessa particularmente saber qual será a probabilidade de morrer ao entrar num carro ou num avião. Até acho a questão um pouco ridícula, já que por mim e a acreditar em tudo aquilo que os especialistas sempre disseram, naturalmente que escolheria o meio mais seguro o qual seria um foguetão. O que qualquer um de nós pretende saber é apenas o que fazer no caso dum incidente de aviação e qual a hipótese de num caso desses nos podermos salvar…e não morrer.

 

E o que acontece com cada um de nós confrontados com situações tão graves e mortais como estas (seja com carros ou com aviões), é que no momento preciso do acidente e estando ainda conscientes, pior não poderemos ficar (no carro) ou então só nos resta rezar (no avião): num caso até que podendo já estar há muito morto, no outro passando o restante e curtíssimo tempo da vida, à espera duma morte demorada e verdadeiramente irrevogável.

 

Um medo talvez indevido e irracional, mas que no entanto nos é proporcionado e potenciado por tudo o que nos rodeia e oferecem, com o que vemos e ouvimos, no fundo com o se passa no mundo. Agora ainda mais incrementado pelos atentados terroristas dos últimos tempos (em que os aviões voltam a ser alvos privilegiados), tendo o terrorismo no ar uma vitória garantida – e contando ainda o apoio/instrumentalização de certos condutores (pilotos/copilotos) servindo-se dos aviões como um cinto explosivo.

 

[Enquanto no primeiro caso (TransAsia Airways) um dos dois motores do avião deixou de funcionar – instalando repentinamente medo e receio na sua cabine e levando os seus pilotos por erro humano a desligarem o outro motor – no segundo caso (Metrojet) e ao contrário das notícias entretanto divulgadas (pelo Exército Islâmico e pelos seus aliados Ocidentais) não foi uma míssil que o atingiu mas mais uma bomba que rebentou no seu interior – tal como provavelmente terá agora acontecido com o voo Paris-Cairo da Egyptair]

 

(imagens: WEB)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 11:06