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Radiações Cósmicas e Ciclo Solar (e sonda Parker)

Sexta-feira, 10.08.18

Sábado pelas 08:30 de Portugal

Lançando-se a sonda PARKER em direção ao SOL

 

“The solar corona is one of the last places in the solar system where no spacecraft has visited before.

It gives me the sense of excitement of an explorer.”

(Adam Szabo/nasa.gov)

 

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A sonda solar Parker aproximando-se do Sol

(ilustração: nasa.gov)

 

Hoje dia 10 de Agosto de 2018 pelas 12:00 locais (de Albufeira), no preciso momento em que nos aproximamos rapidamente de um acontecimento histórico para todo o planeta (Terra) – ao nível da Conquista do Espaço pelo Homem (neste caso dos nossos domínios mais próximos, o Sistema Solar e o seu foco e gerador o Sol) – com o lançamento por volta das 08:30 de amanhã (sábado/hora de Portugal) da sonda solar PARKER, a primeira do seu género a “tocar” a superfície do Sol: a sua atmosfera/coroa solar. Na sua aproximação ao Sol (até entrar em órbita da nossa estrela) atingindo velocidades máximas na ordem dos 190Km/s (tornando-se logo ali na sonda mais rápida da história), para aí numa missão estimada para durar uns sete anos, completar 24 órbitas (em torno do protagonista) e atingir uma aproximação (mínima) de cerca de 6.000.000Km (1/25 da distância Terra/Sol), estudar a nossa estrela como nunca antes tenha sido feito. Aí suportando temperaturas de cerca de 1400⁰C (protegida e “climatizada” tendo que suportar apenas uns 30⁰C), para além do bombardeamento constante de diversos tipos de raios (e de radiações), penetrando a sonda espacial solar Parker como se a mesma estivesse (apenas para termos uma ideia mesmo que não completamente correta) no interior de um micro-ondas.

 

 

Com o Sol a dormir

Uma subida de 18% só nos últimos quatro anos

(da radiação oriunda do Cosmos)

 

A partir de mais um estudo (da responsabilidade da spaceweather.com) levado a cabo não só na Estratosfera (12 a 50Km) como até em altitudes (mais baixas) onde circulam muitos dos aviões comerciais e de passageiros – a Troposfera (0 a 12Km) – vem-se mais uma vez confirmar que a radiação cósmica medida na estratosfera nestes últimos quatro anos (fins de 2014 a fins de 2018) tem vindo sistematicamente a aumentar: de menos de 4.1 a mais de 4,5 uGy/hr ou seja cerca de 18%.

 

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Variação da radiação cósmica ao longo do tempo

(de 2014/2018)

 

Podendo-se dessa forma não só estudar a variação da radiação cósmica em toda a camada Atmosférica envolvendo a Terra – Troposfera (0/12Km), Estratosfera (12/62Km), Mesosfera (62/80Km), Termosfera (80/500Km) e Exosfera (500/800Km) – particularmente naquela onde vivemos e circulamos – Troposfera em que vivemos/respiramos e Estratosfera onde circulamos de avião a jato (tudo numa estreita faixa de uns 60Km) – como até e por associação deduzir-se quais os seus efeitos sobre a saúde dos seres vivos (aí se movimentando e vivendo).

 

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O Sol sem manchas visíveis

(9 Agosto 2018)

 

Viajando num avião a menos de 12.000 metros de altitude (por exemplo 25.000 pés) com a radiação aí registada a expor os passageiros a valores cerca de 10X aos normalmente assinalados a nível da água do mar e já no caso de o fazermos num outro avião por exemplo supersónico e circulando a mais de 12.000 metros de altitude (por exemplo 40.000 pés) à mesma radiação registar valores agora 50X superiores!

 

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Variação da radiação cósmica com a altitude

(de 2014/2018)

 

Uma variação das radiações cósmicas agora atingindo o nosso planeta com maior intensidade (com os sensores instalados e utilizados neste estudo a detetarem Raios-X e Raios Gama numa determinada gama energética) segundo os cientistas podendo ser explicada de duas maneiras (no fundo com dois processos ocorrendo simultaneamente) complementares:

 

Dado o Sol estar a atravessar um período de fraca atividade (não se observando grande número de manchas solares) provocado pelo mesmo (Sol) se estar a aproximar de um seu Mínimo, como consequência diminuindo a Radiação Solar (atingindo a Terra) e assim abrindo-se a porta (por ocupação de Espaço disponível) agora à Radiação Cósmica (mais perigosa); por outro lado o enfraquecimento (em princípio momentâneo e à procura da manutenção do seu equilíbrio) do campo magnético terrestre, tendo como uma das suas principais funções proteger-nos igualmente (defendendo-nos como se fosse um escudo) dos Agentes Provocadores Exteriores como o são os Raios Cósmicos.

 

(imagens: nasa.gov e spaceweather.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 15:26