ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Reviver o Passado em Albufeira (c/ Ingrediente Britânico)
E já em cima do arranque dos motores dos aviões (ingleses), com o Governo português a dar finalmente (ter-se-á esquecido?) o seu OK aos britânicos. Aqui sendo bem descrita a situação criada (aos britânicos, esperando pelos portugueses): “The Portuguese announcement followed days of uncertainty and confusion over whether thousands of holidays booked by UK travellers from Monday would in fact go ahead. On Thursday, it looked as though many holidaymakers' hopes would be dashed when Portugal extended its Covid emergency measures. But to widespread relief, the Lisbon government has now given its approval to UK tourists.” (14.05.2021/BBC News)
Com a aproximação do dia 17 de maio (segunda-feira) ─ 1º dia em que os Britânicos partem de férias em direção ao Algarve ─ e já com diversas companhias aéreas preparadas para o restabelecimento das ligações aéreas UK/Faro (como a EasyJet e a Tui, esta última já com 28 dos seus 44 voos ─ mais de 63% ─ reservados para o Algarve, até ao final deste mês), sendo conveniente relembrar que se este “canal de comunicação turístico se encontra atualmente aberto”, tal processo obedece ainda a algumas regras básicas/mínimas (podendo ser efetivamente consideradas como restrições, dado o incómodo e as despesas provocadas) para tal se poder concretizar: e não existindo ainda um passaporte Covid-19 ou um outro tipo de documento qualquer que confirme a nossa vacinação (provando estarmos livres da doença), tendo-se forçosamente e para evitar o período de Quarentena (o que impede a realização da esmagadora maioria das viagens) que apresentar diversos testes PCR negativos ─ para um cidadão britânico podendo envolver vários testes (três) e um gasto de cerca de 400£ (mais de 464 Euros), em muitos casos mais do que o custo do pacote de férias incluindo Viagem + Estadia.
Mesmo assim (com as despesas a poderem em certos casos duplicar) e face à ânsia e ao desejo (incontido, prontos a pagar o necessário para tal) de muitos dos seus cidadãos em mudarem o seu quotidiano de trabalho, monótono, contínuo, de isolamento forçado e podendo ser de mais de um ano (de duração ─ de março/2020 a maio/2021 ─ uns 16 meses), fazendo de imediato a sua reserva, preparando-se (munindo-se dos seus respetivos testes) e estando prontos a partir, tendo à sua disposição mais de 20 aeroportos (britânicos): e superada alguma confusão face ao dito pelas autoridades britânicas e ao não dito (apenas festejado) pelas autoridades portuguesas (esquecendo-se da sua parte para dar seguimento ao processo, oficializando a abertura das ligações aéreas) ─ emergência, calamidade, qual a diferença de facto (e como tal, permissão de viagem a 17/finda a emergência ou a 31 de maio/final da calamidade?) ─ e com os turistas respirando finalmente de alívio (confirmada a porta aberta dos dois lados, com o sim atrasado/esquecido do nosso Governo), segunda-feira chegando a 1ª grande fornada de turistas britânicos (de muitas outras já confirmadas, até ao fim do mês e por diante) ao ainda único aeroporto da região.
Tal como o afirmam os britânicos com as viagens de férias dos seus cidadãos para Portugal a refletirem-se fortemente na economia e balança comercial do nosso país, só com estes turistas (oriundos da “Ilha”) a contribuírem com cerca de meio biliões de libras de receita: e prevendo-se nas próximas semanas a continuação de restrições (devido à Covid-19) noutros países concorrentes de Portugal (afetando todo o Mediterrâneo), sendo talvez esta a maior oportunidade que Portugal e o Algarve alguma vez tiveram para promover o país/a região Turística, ainda-por-cima sendo uma oferta, fazendo-o de graça. Faltando nem dois dias, para se ficar a saber.
E sabendo-se do atraso de Portugal no seu OK aos voos da Grã-Bretanha (para Portugal/Algarve), não devendo ter deixado os britânicos nada satisfeitos, estando ansiosos até ontem, até à última da hora (pela confirmação ou não da viagem, do seu investimento de férias), esperando-se que algo de muito pior não se passe à chegada dos turistas, seja “por culpa” do SEF, da Groundforce ou de outra entidade pública ou privada qualquer (podendo até ser mista, que importa): no dia 17 de maio podendo dar-se (até pelo estado em que se encontram estas duas instituições, aparentemente sem Ministro do setor) o caos aeroportuário.
(imagens: pinterest.pt)