ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Rio Azul em Marte
“Enquanto usufruímos ao pormenor de imagens recorrentes de um Mundo Morto por outro lado e incompreensivelmente muitos de nós ainda cumprem (tranquilamente e como suicidas) o caminho necessário para a concretização desse mesmo cenário: como se o passado e o presente de Marte fosse um Espelho do futuro da Terra.”
Correndo a sudeste da planície ELYSIUM (região vulcânica de coordenadas 2⁰N 155⁰E e com cerca de 3000Km de extensão) entre as margens da fossa CERBERUS (fissuras geológicas provocadas pela deslocação de magma na superfície marciana), um rio de tons azulados (devido à presença de areias basálticas) atravessa fissuras abertas e descontínuas na superfície de MARTE, como se estivesse vivo e como que serpenteando para o provar.
Rio Azul
MARTE – CERBERUS FOSSAE
MRO – PIA 21063
Um exemplo de como a ação de simples agentes erosivos (ao longo de muito tempo) pode criar simultaneamente um conjunto complementar incluindo realidades e ilusões (construindo a nossa própria tela e projeção) no caso do planeta MARTE com a ação dos VENTOS à sua superfície a ser o elemento responsável pela criação destes cenários extraordinários e marcianos (e por associação fazendo-nos lembrar a TERRA).
Criando a MAGNÍFICA e distante ILUSÃO de podermos observar e registar num mundo longínquo e onde o Homem nunca esteve, um RIO AZUL respeitando todos os padrões fundamentais do curso de um rio terrestre (um leito e duas margens dinâmicas) deslocando-se entre planícies de areias e de poeiras e serpenteando-as até ao horizonte. Apesar de na verdade as areias não se deslocarem muito como se estivessem meio-mortas.
(imagem: nasa.gov)