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Será que os EUA necessitam mesmo disto?

Domingo, 19.04.15

We Hope You Are Getting Better

 

Depois de levarem a morte a todo um povo (tal como o fazem os assassinos), pensam miseravelmente poder pagar todos os seus pecados (mortais), apagando-os da lista com uns míseros trocados.

 

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Ataque aéreo à cidade iemenita de Taez

 

“Saudi Arabia, which is leading an air campaign against rebels in Yemen, has pledged to provide exactly the amount of emergency aid to the country as called for in a UN appeal on Friday.” (bbc.com)

 

“The World Health Organization, in its latest toll, said 767 people have died in Yemen's war since March 19 and more than 2,900 were wounded. The majority have been civilians.” (defensenews.com)

 

“In response to the humanitarian needs of the brotherly Yemeni people included in the UN appeal, King Salman has issued an order to allocate an amount of $274 million for humanitarian relief work in Yemen through the UN.” (arabnews.com)

 

Os Estados Unidos da América ensaiam no Iémen (mais um estado em putrefacção) um novo tipo de intervenção, na qual nunca poderão ser acusados de nela terem tido qualquer tipo de participação.

 

Foram de tal modo apanhados de surpresa pela inesperada sucessão de acontecimentos, que um carregamento de milhões de dólares em armamento foi desviado pelos rebeldes, nem sequer tiveram tempo para recolher os seus cidadãos residentes no país e ainda por cima (não tendo nenhuma intervenção directa no conflito) viram-se na prática impedidos de actuar.

 

É certo que armaram o inexperiente (e incompetente) exército da Arábia Saudita (até aos dentes), lhe sugeriram opções para a sua utilização e lhes garantiram novas remessas e demais manutenção.

 

Mas para além disso e publicamente nada mais: até que estavam a negociar com o Irão, afinal de contas o maior inimigo da Arábia Saudita (pelo menos segundo os norte-americanos).

 

Agora nem precisam de mandar homens nem sequer gastar milhões em armamento.

 

Afinal de contas o dólar dá para tudo: uma nota de dólar impressa numa rotativa norte-americana apenas com papel, tinta e outros resíduos tóxicos adicionais, vale muito mais que ouro ou muitos barris de petróleo.

 

Alguém irá ser o seu escravo de guerra: arma-se a cobaia e credita-se o equipamento

 

E até se propõe à cobaia que contrate uma besta para si: por exemplo uns paquistaneses para os trabalhos considerados mais sujos (como assim os fanáticos das poderosas famílias Bush e Bin Laden, também há muito que já andam por lá).

 

Enquanto isso a Nova Guerra do Golfo decorre normalmente (segundo os padrões norte-americanos adoptados na guerra anterior), com o Iémen a ser definitivamente destruído e extinto por uma potência estrangeira agindo ilegalmente em território sem qualquer tipo de jurisdição e em apoio declarado de uma das partes.

 

Com uma parte do território ocupado por fiéis ao regime (pró Arábia Saudita), com outra parte ocupada pela oposição Huthi (pró Irão) e ainda com outra zona do país sob a influência da Al-Qaeda (no fundo uma criação conjunta Arábia Saudita/EUA), agora temos uma força armada conjunta a rebentar definitivamente com o cenário.

 

Como sempre com múltiplas intervenções cirúrgicas e muitas vítimas a lamentar. E sempre perguntando onde está a ONU, todos os defensores dos direitos humanos e na última porte o Homem?

 

(imagem – Reuters)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 21:07