ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
SEXO a Presidente
“Ninguém jamais vencerá a Guerra dos Sexos: há muita confraternização entre os inimigos”
(Henry Kissinger)
Mundial de Futebol Brasil 2014
Infelizmente acho que a nossa espécie (os seres humanos habitando o planeta Terra) caminha cada vez mais aceleradamente para a sua extinção, principalmente desde que constatou que os produtos estritamente localizados que extraía da Natureza não eram inesgotáveis – pelos vistos era necessária a prática para o compreender – apesar de vivermos num Universo Infinito.
Nessa altura os líderes da nossa civilização equipararam os seres humanos à por eles denominada “matéria-prima”, acabando progressivamente por ir desvalorizando os produtos descartáveis associados à despesa (a mão-de-obra) face à valorização dos produtos prontos a ser comercializados – e produtores da miraculosa mais-valia.
Tal e qual como Jesus Cristo no seu milagre da transformação de água em vinho, mais tarde equiparado (por imitação) ao sangue de Cristo.
“Este sinal milagroso, em Caná da Galileia, foi o primeiro que Jesus realizou. Revelou assim a sua glória, e os seus discípulos creram nele”. (João 2.11)
O qual como qualquer outro homem teve mulher, acasalou e teve filhos: o que não sendo milagre (e com muita fé e paixão) o equiparou aos seus servos.
O SEXO é um acontecimento originado na intersecção de dois conjuntos, resultando deste Evento eminentemente Religioso um produto sagrado e poderoso, fortemente alicerçado numa infinidade de pontos comuns.
“I. Myself. Deeply. Regret. What. Happened.”
(Monica Lewinsky)
O fim da tarde estava propício a uma mini bem fresquinha com um prato de caracóis.
Na açoteia da sua casa de campo o Afonso Silva aproveitava os últimos raios quentes do Sol, para descansar as suas pernas extremamente maçadas, esticando-as com todos os seus músculos distendidos por todo o comprimento da espreguiçadeira.
À sua volta o campo estendia-se em todas as direcções, com algumas casas espalhadas um pouco por toda a área rural e dispondo a sul de uma outra bela visão urbana de toda a costa marítima, com o azul do mar como pano de fundo: e com o Sol a pôr-se serenamente no longínquo e misterioso horizonte, fazendo bater os seus derradeiros raios maternais na serra algarvia, para o Afonso Silva era chegada a hora certa de saborear os prazeres da vida, deixando-se levar embalado pela forte corrente do rio.
O sabor do alho e dos coentros e a sensação da fresquinha a escorrer-lhe pela garganta como que lhe aqueceu a alma sentindo logo o seu corpo responder e até o irmão a manifestar-se: sentia-o latejar debaixo das cuecas.
Eram sete horas da noite quando a Maria subiu ao terraço para começar a preparar a grelha para assar as sardinhas: colocadas as sardinhas e os pimentos e antes de preparar a salada a acompanhar, a Maria reclinou-se de pernas escancaradas sobre a fogueira, pondo completamente a nu toda a parte traseira do seu corpo, com as suas fortes nádegas bem abertas e salientes – e com o seu SEXO bem no meio e no alto das suas pernas coberto por uma vasta floresta negra.
Kamasutra – A União de uma Vaca
A partir do último andar do empreendimento algarvio Casa Branca era facilmente visível a olho nu e num raio duma boa dezena de quilómetros toda a área envolvente ao hotel central, incluindo a zona urbana adjacente e a zona rural nas proximidades.
Mónica e Bilha eram dois ornitólogos luso-americanos que tinham aproveitado os seus dias de férias para relaxarem um pouco do seu trabalho – actualmente mais burocrático do que de campo – escolhendo a zona de Albufeira não só pelas suas praias, divertimentos e comida como também pela sua proximidade à reserva dos Salgados: uma zona ideal para os observadores de aves e um refúgio para dezenas de espécies aí viverem e nidificarem como o Pernilongo, a Garça-Real e o Flamingo.
Ali era a mulher que comandava o espectáculo. Da varanda do terraço e socorrendo-se do seu telescópio de observação terrestre toda a área da açoteia se tornava visível a um observador ali colocado – ainda por cima imperceptível a partir dum nível inferior. Excepção feita a um pequeno espaço do telhado que se situava atrás das escadas interiores e que davam acesso à açoteia. E as sessões eram diárias sempre à hora do jantar.
Deitado na sua longa espreguiçadeira o Afonso Silva não aguentou mais a presença daquela figura feminina – que diante de si se abria como uma flor e sem receio de se oferecer: levantou-se silenciosamente, tirou os calções e apontou para o seu objectivo. O problema foi que durante o seu movimento em direcção ao alvo a Maria se inclinou ainda mais para a frente (colocando a cabeça invertida entre as suas pernas), fixando nesse preciso momento o seu olhar no Afonso Silva e sorrindo-lhe de lado maliciosa e sorrateiramente, como se gostasse do artefacto que via. Ainda a penetrou por duas vezes mas à terceira ela voltou-se repentinamente e atingiu-o violentamente com o abano. E disse: “Cá Em Casa Mando Eu”! Atirou-o para cima da espreguiçadeira e tratou-lhe da saúde (na Casa Branca os dois estrangeiros já se tinham acomodado – um ao outro).
[Estudo/Análise/Publicidade/SEXO – 2.4]
(imagens – oddee.com/ryot.org/kamasutra.sexonico.com.br)