ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
SEXO Seguro?
SEXO, SEXO, SEXO
“Já se foi...mas ainda poderá voltar”
Durante o mês de Agosto as ligações são mais informais por ocasionais mas constantes, dispensando grandes apresentações, justificações de espaço, ou pretextos de tempo: fornica-se (sem necessidade de recorrer a qualquer tipo de preservativo) e pronto. No ano seguinte repete-se.
Amanhã (31 de Agosto) é o último dia válido para se ter SEXO de Verão. O que significa que para muita gente (de ambos os sexos) esta noite ou vai ou racha. Segunda-feira já será 1 de Setembro. Enquanto daqui para a frente o calor irá apertar – propiciando algumas situações de SEXO Expresso – tal facto não evitará o aparecimento dos primeiros sintomas de fim de estação, com o acumular dos excedentários em centros especializados (aguardando futura reutilização ou reciclagem).
As Mulheres
Zeca Malandro passava junto das oficinas dos Serviços Municipais da sua cidade, quando ouviu no meio da risota e das gargalhadas de alguns dos seus funcionários, um deles a afirmar que ainda hoje iriam deitar para o lixo uma data de mulheres. Extremamente atento ao tema da conversa, escondeu-se de imediato num canto do edifício, colocando-se logo ali à espreita: desde que a última mulher lhe fugira nunca mais molhara o bico.
Passado um bom bocado surgiu outro tipo vindo dos escritórios – via-se pelo fato e pela gravata que deveria ser o Engenheiro – que mal chegou junto dos seus homens sorriu, apontando de imediato para o terreno de recolha de resíduos, situado mesmo junto duma das margens do rio. E enquanto este se dirigia para as traseiras do edifício central, chegou finalmente a camioneta que transportava as referidas mulheres: os funcionários seguiram logo atrás com Zeca Malandro na sua peugada.
Há já quase duas horas que os funcionários tinham chegado ao local, mantendo-se ainda à volta das mulheres. Tinham-nas amontoado num local muito próximo de uma das pontes de travessia do rio – com alguns deles muito divertidos e parecendo confraternizar com as referidas mulheres enquanto outros (incluindo algumas funcionárias de nível superior) iam tirando algumas fotografias – mas a partir da conclusão da sua tarefa nunca mais se decidiam a sair dali. As gajas deviam ser mesmo boas mas mesmo que não fossem, esta não era uma maneira decente de as tratar.
Eram cinco da tarde quando finalmente desapareceram: um deles tinha levado duas mamalhudas que estavam (logo ali) no cimo da pilha. Agora era a vez dele.
Mais tarde vamos encontrar de novo Zeca Malandro já nas velhas estradas do barrocal, conduzindo a sua velha motorizada de carga em direcção à sua casa na serra algarvia, podendo-se vislumbrar ainda com a cabeça de fora duas mulheres de aparência estrangeira e bastante pintadas. E às sete horas (ainda fazia dia) Zeca Malandro entrava finalmente na sua casa acompanhado por duas brasas, fechando com pressa e estrondo a porta atrás de si, enquanto apalpava o traseiro de uma e as mamas da outra: tremeu de prazer quando ao beliscá-las as ouviu chiar.
Foi até ao móvel da cozinha e trouxe de lá a garrafa de medronho. Deitou as duas mulheres na sua cama e abriu as portadas da janela: lá fora a noite já tinha chegado e luz era apenas aquela que vinha da Lua. Despiu-se, sentou-se numa cadeira em frente da cama e enquanto observa as duas belas damas que tranquilamente o esperavam, comeu um prato de caracóis. Sentiu a erecção a crescer, tirou imediatamente as cuecas e foi-se logo deitar. E enquanto puxava contra si as duas mulheres pareceu logo sentir o calor característico dos seus corpos – mas como nunca o sentira antes. Quanto à pila essa entrou logo no buraco, especificamente no primeiro que encontrou.
A mulher desaparecida
Acordou a meio da noite deitado no chão, entre a cama e a janela. Debaixo dele uma das mulheres jazia no solo completamente vazia. Tinha dois furos bem visíveis: uma na boca e a outra no traseiro. Quanto ao buraco da frente este não existia e no seu lugar encontrou um remendo de bicicleta meio torcido e descolado e que evidentemente já não cumpria a sua função. A outra mulher tinha desaparecido. Ainda meio tonto pela ressaca que consigo transportava desde o início da noite, lá conseguiu levantar-se e dirigir-se para o hall de entrada: a luz estava ligada e a porta entreaberta, com vestígios no chão de que alguém por ali passara há muito pouco tempo (que não ele). Tentou recuar um pouco na noite mas o álcool e a sonolência não o deixavam pensar com claridade: levara para cama a primeira mulher, acabara com o medronho enquanto actuava, lembrava-se da esfrega e da erecção, mas a partir dum certo momento tudo se apagava. E foi ao coçar na cabeça que se apercebeu dum grande galo e reparou no cajado caído ao lado da cama.
Um grupo terrorista composto esmagadoramente por jovens nacionais e estrangeiros e residindo numa herdade situada nas proximidades da barragem do Alqueva (muitos deles adeptos das Rave Party’s, particularmente aquelas contando com a presença de drogas, de sexo e de pancadaria) decidira contribuir para o esforço de guerra mundial protagonizado por poderosas corporações privadas e por estados economicamente poderosos (ambos evidentemente em conluio e com o mesmo objectivo), requisitando no nosso país o maior número possível de mulheres (de qualquer tipo de raça ou espécie): surgira assim a hipótese do assalto ao depósito dos Serviços Municipais da cidade de Zeca Malandro – após aturado trabalho tinham previsto a presença de mais de duas centenas de mulheres amontoadas no depósito – e como tal (como apóstolos que eram) nunca poderiam permitir que um elemento marginal por mais ínfimo que fosse, lhes fizesse frente contestando as suas acções e ideias. Jamais o paraíso celeste pejado de virgens lhes seria retirado: pelo amor ao seu Chefe e discípulo do Profeta.
A Recolha
O grupo terrorista instalado no interior alentejano era desde há algum tempo suspeito de ter ligações privilegiadas com elementos estranhos e desconhecidos na região e que se dizia em segredo (e até com algum receio entre os populares) “virem do exterior”. Tinham sido esses Estrangeiros a solicitarem ao grupo uma encomenda urgente e diversificada, composta essencialmente por seres humanos (ou substitutos à altura) de sexo feminino de preferência com as medidas mais relevantes de busto e de cintura e disponíveis para entrarem de imediato ao serviço. E porque não esquisitas e bizarras, também um excelente parâmetro de selecção. O que tinham que ser claramente? Mulheres! Tinham estado em conversações secretas num determinado estado árabe do Golfo (após uma longa viagem inter-galáctica para novas conversações) e a constatação surpreendente do que era um Harém, deixara-os entusiasmados e crescentes de desejo. Logo ali falaram disso e puseram de imediato por todo o mundo um pedido reforçado de mulheres. E aí entram os portugueses: como recusar propostas de milhares de dólares por qualquer tipo de mulher (desde que tenha o essencial e funcione) se de uma maneira ou de outra elas cumprirem a sua função. E com boa vontade as bonecas insufláveis (bizarras e sempre disponíveis para os portugueses) cumpriam os critérios mínimos.
As mulheres amontoavam-se no porão da nave. E colocados entre elas, funcionários especializados realizavam já uma primeira selecção. Ao fundo um grupo de importantes individualidades esperava o regresso dos seus intermediários, enquanto iam trocando entusiasmadas ideias entre eles, visualizavando-se desde logo em cenas profundas de desejo, penetração e completa concretização. E para isso o exemplar tinha que ser perfeito.
Mas antes chegou o Verificador. Observou as mulheres, escolheu aleatoriamente três delas e convocou-as de imediato para o seu quarto de experimentação e de certificação do serviço. Colocaram-nas então na sua presença completamente nuas e preparadas para o exame físico, enquanto ele as ia observando e masturbando.
Condicionadas mentalmente pelo alienígena (e assoberbadas pelo tamanho, pela cor e sobretudo pela forma cilíndrica e musculada do seu pénis – até se via à superfície da sua epiderme o sangue a pulsar) as duas primeiras mulheres deixaram-se levar pelas perspectivas de forte prazer, culminadas certamente num intenso orgasmo: foram por diversas vezes acariciadas e penetradas em ângulos e orifícios diferenciados, acabando por ser premiadas com múltiplos e sucessivos orgasmos. O alienígena aprovou na totalidade dos parâmetros as características sexuais das duas candidatas, como o comprovam as suas diversas ejaculações e o bom estado final do seu membro fundamental. Deixou para o fim a terceira, um pouco bizarra no aspecto e desrespeitadora no comportamento: fora a única que desrespeitara a sua ordem, deixando-se ficar insensível e estática a observar toda a cena. Mas aceitara deixá-la pois até isso lhe dera tesão.
Com o membro novamente firme e hirto pegou no charuto que vinha conjuntamente com a mulher (diziam ser um brinde) e seguindo as instruções de utilização acendeu-o. Cheirava a algo de não identificado a arder, mas o odor de fundo era no entanto agradável. Inspirou fortemente de início, tentou parar de seguida e pôs-se logo a tossir com fortes convulsões: exagerara na posse e usufruto deste prazer suplementar, acabando meio tonto e sem grande noção de espaço. Desequilibrou-se, tentou manter-se de pé apoiando-se na mulher e então ela explodiu. As consequências foram dramáticas.
(a autorização para a publicação desta importante notícia só foi finalmente concedida no início antecipado do São Martinho, quase dois meses após o fim das férias sexuais de Verão – talvez porque a castanha possa ser afrodisíaca e potenciar a actividade sexual)
(imagens – Web)