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SEXO Seguro?

Terça-feira, 21.10.14

SEXO, SEXO, SEXO
“Já se foi...mas ainda poderá voltar”

 

Durante o mês de Agosto as ligações são mais informais por ocasionais mas constantes, dispensando grandes apresentações, justificações de espaço, ou pretextos de tempo: fornica-se (sem necessidade de recorrer a qualquer tipo de preservativo) e pronto. No ano seguinte repete-se.

 

Amanhã (31 de Agosto) é o último dia válido para se ter SEXO de Verão. O que significa que para muita gente (de ambos os sexos) esta noite ou vai ou racha. Segunda-feira já será 1 de Setembro. Enquanto daqui para a frente o calor irá apertar – propiciando algumas situações de SEXO Expresso – tal facto não evitará o aparecimento dos primeiros sintomas de fim de estação, com o acumular dos excedentários em centros especializados (aguardando futura reutilização ou reciclagem).

 

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As Mulheres

 

Zeca Malandro passava junto das oficinas dos Serviços Municipais da sua cidade, quando ouviu no meio da risota e das gargalhadas de alguns dos seus funcionários, um deles a afirmar que ainda hoje iriam deitar para o lixo uma data de mulheres. Extremamente atento ao tema da conversa, escondeu-se de imediato num canto do edifício, colocando-se logo ali à espreita: desde que a última mulher lhe fugira nunca mais molhara o bico.

 

Passado um bom bocado surgiu outro tipo vindo dos escritórios – via-se pelo fato e pela gravata que deveria ser o Engenheiro – que mal chegou junto dos seus homens sorriu, apontando de imediato para o terreno de recolha de resíduos, situado mesmo junto duma das margens do rio. E enquanto este se dirigia para as traseiras do edifício central, chegou finalmente a camioneta que transportava as referidas mulheres: os funcionários seguiram logo atrás com Zeca Malandro na sua peugada.

 

Há já quase duas horas que os funcionários tinham chegado ao local, mantendo-se ainda à volta das mulheres. Tinham-nas amontoado num local muito próximo de uma das pontes de travessia do rio – com alguns deles muito divertidos e parecendo confraternizar com as referidas mulheres enquanto outros (incluindo algumas funcionárias de nível superior) iam tirando algumas fotografias – mas a partir da conclusão da sua tarefa nunca mais se decidiam a sair dali. As gajas deviam ser mesmo boas mas mesmo que não fossem, esta não era uma maneira decente de as tratar.

 

Eram cinco da tarde quando finalmente desapareceram: um deles tinha levado duas mamalhudas que estavam (logo ali) no cimo da pilha. Agora era a vez dele.

 

Mais tarde vamos encontrar de novo Zeca Malandro já nas velhas estradas do barrocal, conduzindo a sua velha motorizada de carga em direcção à sua casa na serra algarvia, podendo-se vislumbrar ainda com a cabeça de fora duas mulheres de aparência estrangeira e bastante pintadas. E às sete horas (ainda fazia dia) Zeca Malandro entrava finalmente na sua casa acompanhado por duas brasas, fechando com pressa e estrondo a porta atrás de si, enquanto apalpava o traseiro de uma e as mamas da outra: tremeu de prazer quando ao beliscá-las as ouviu chiar.

 

Foi até ao móvel da cozinha e trouxe de lá a garrafa de medronho. Deitou as duas mulheres na sua cama e abriu as portadas da janela: lá fora a noite já tinha chegado e luz era apenas aquela que vinha da Lua. Despiu-se, sentou-se numa cadeira em frente da cama e enquanto observa as duas belas damas que tranquilamente o esperavam, comeu um prato de caracóis. Sentiu a erecção a crescer, tirou imediatamente as cuecas e foi-se logo deitar. E enquanto puxava contra si as duas mulheres pareceu logo sentir o calor característico dos seus corpos – mas como nunca o sentira antes. Quanto à pila essa entrou logo no buraco, especificamente no primeiro que encontrou.

 

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A mulher desaparecida

 

Acordou a meio da noite deitado no chão, entre a cama e a janela. Debaixo dele uma das mulheres jazia no solo completamente vazia. Tinha dois furos bem visíveis: uma na boca e a outra no traseiro. Quanto ao buraco da frente este não existia e no seu lugar encontrou um remendo de bicicleta meio torcido e descolado e que evidentemente já não cumpria a sua função. A outra mulher tinha desaparecido. Ainda meio tonto pela ressaca que consigo transportava desde o início da noite, lá conseguiu levantar-se e dirigir-se para o hall de entrada: a luz estava ligada e a porta entreaberta, com vestígios no chão de que alguém por ali passara há muito pouco tempo (que não ele). Tentou recuar um pouco na noite mas o álcool e a sonolência não o deixavam pensar com claridade: levara para cama a primeira mulher, acabara com o medronho enquanto actuava, lembrava-se da esfrega e da erecção, mas a partir dum certo momento tudo se apagava. E foi ao coçar na cabeça que se apercebeu dum grande galo e reparou no cajado caído ao lado da cama.

 

Um grupo terrorista composto esmagadoramente por jovens nacionais e estrangeiros e residindo numa herdade situada nas proximidades da barragem do Alqueva (muitos deles adeptos das Rave Party’s, particularmente aquelas contando com a presença de drogas, de sexo e de pancadaria) decidira contribuir para o esforço de guerra mundial protagonizado por poderosas corporações privadas e por estados economicamente poderosos (ambos evidentemente em conluio e com o mesmo objectivo), requisitando no nosso país o maior número possível de mulheres (de qualquer tipo de raça ou espécie): surgira assim a hipótese do assalto ao depósito dos Serviços Municipais da cidade de Zeca Malandro – após aturado trabalho tinham previsto a presença de mais de duas centenas de mulheres amontoadas no depósito – e como tal (como apóstolos que eram) nunca poderiam permitir que um elemento marginal por mais ínfimo que fosse, lhes fizesse frente contestando as suas acções e ideias. Jamais o paraíso celeste pejado de virgens lhes seria retirado: pelo amor ao seu Chefe e discípulo do Profeta.

 

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A Recolha

 

O grupo terrorista instalado no interior alentejano era desde há algum tempo suspeito de ter ligações privilegiadas com elementos estranhos e desconhecidos na região e que se dizia em segredo (e até com algum receio entre os populares) “virem do exterior”. Tinham sido esses Estrangeiros a solicitarem ao grupo uma encomenda urgente e diversificada, composta essencialmente por seres humanos (ou substitutos à altura) de sexo feminino de preferência com as medidas mais relevantes de busto e de cintura e disponíveis para entrarem de imediato ao serviço. E porque não esquisitas e bizarras, também um excelente parâmetro de selecção. O que tinham que ser claramente? Mulheres! Tinham estado em conversações secretas num determinado estado árabe do Golfo (após uma longa viagem inter-galáctica para novas conversações) e a constatação surpreendente do que era um Harém, deixara-os entusiasmados e crescentes de desejo. Logo ali falaram disso e puseram de imediato por todo o mundo um pedido reforçado de mulheres. E aí entram os portugueses: como recusar propostas de milhares de dólares por qualquer tipo de mulher (desde que tenha o essencial e funcione) se de uma maneira ou de outra elas cumprirem a sua função. E com boa vontade as bonecas insufláveis (bizarras e sempre disponíveis para os portugueses) cumpriam os critérios mínimos.

 

As mulheres amontoavam-se no porão da nave. E colocados entre elas, funcionários especializados realizavam já uma primeira selecção. Ao fundo um grupo de importantes individualidades esperava o regresso dos seus intermediários, enquanto iam trocando entusiasmadas ideias entre eles, visualizavando-se desde logo em cenas profundas de desejo, penetração e completa concretização. E para isso o exemplar tinha que ser perfeito.

 

Mas antes chegou o Verificador. Observou as mulheres, escolheu aleatoriamente três delas e convocou-as de imediato para o seu quarto de experimentação e de certificação do serviço. Colocaram-nas então na sua presença completamente nuas e preparadas para o exame físico, enquanto ele as ia observando e masturbando.

 

Condicionadas mentalmente pelo alienígena (e assoberbadas pelo tamanho, pela cor e sobretudo pela forma cilíndrica e musculada do seu pénis – até se via à superfície da sua epiderme o sangue a pulsar) as duas primeiras mulheres deixaram-se levar pelas perspectivas de forte prazer, culminadas certamente num intenso orgasmo: foram por diversas vezes acariciadas e penetradas em ângulos e orifícios diferenciados, acabando por ser premiadas com múltiplos e sucessivos orgasmos. O alienígena aprovou na totalidade dos parâmetros as características sexuais das duas candidatas, como o comprovam as suas diversas ejaculações e o bom estado final do seu membro fundamental. Deixou para o fim a terceira, um pouco bizarra no aspecto e desrespeitadora no comportamento: fora a única que desrespeitara a sua ordem, deixando-se ficar insensível e estática a observar toda a cena. Mas aceitara deixá-la pois até isso lhe dera tesão.

 

Com o membro novamente firme e hirto pegou no charuto que vinha conjuntamente com a mulher (diziam ser um brinde) e seguindo as instruções de utilização acendeu-o. Cheirava a algo de não identificado a arder, mas o odor de fundo era no entanto agradável. Inspirou fortemente de início, tentou parar de seguida e pôs-se logo a tossir com fortes convulsões: exagerara na posse e usufruto deste prazer suplementar, acabando meio tonto e sem grande noção de espaço. Desequilibrou-se, tentou manter-se de pé apoiando-se na mulher e então ela explodiu. As consequências foram dramáticas.

 

(a autorização para a publicação desta importante notícia só foi finalmente concedida no início antecipado do São Martinho, quase dois meses após o fim das férias sexuais de Verão – talvez porque a castanha possa ser afrodisíaca e potenciar a actividade sexual)

 

(imagens – Web)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 12:09