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Sistema Solar ─ Asteroide, Cometa, Sol e Poluição

Terça-feira, 28.04.20

Com o asteroide 1998 OR2 (52768) a poucas horas de atingir o seu periélio,

 

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Asteroide 1998 OR2 como observado pelo radar

do Observatório de Arecibo localizado em Porto Rico

 

─ A pouco mais de 150.000.000Km do Sol e aproximadamente a pouco mais de 6.000.000Km da Terra, ou seja, 25X mais perto do planeta do que da estrela, transformando-o não só num NEO (objeto passando nas proximidades da Terra) como num PDA (dada a sua proximidade com o nosso planeta, podendo existir sempre algum tipo de interferência ou até num caso extremo de impacto) ─ previsto para se concretizar na próxima quarta-feira (29 de abril) ─ um “calhau” com quase 2,5Km de diâmetro deslocando-se a pouco menos de V = 9Km/s ─ felizmente e apesar da relativa proximidade (e até pela sua grande dimensão) sem perigo de impacto com a Terra (restando esperar pelo espetáculo, aos astrónomos pelo mesmo proporcionado), podendo-se dirigir a nossa atenção para um outro objeto igualmente em aproximação ao Sol, neste caso o cometa Atlas (C/2019 Y4) ─ descoberto no final de dezembro de 2019 ─ no próximo dia 31 de maio atingindo o seu periélio: a pouco mais de 39.000.000Km do Sol (e bem mais distante da Terra ─ umas 3X ─ a uns 117.000.000Km).

 

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Cometa ATLAS (C/2019 Y4)

depois de se desintegrar em quatro fragmentos (A,B,C e D)

 

Um cometa inicialmente sendo um ─ C/2019 Y4 (ATLAS) ─ mas, agora e depois de se fragmentar ─ no final do mês de março de 2020  ─ sendo quatro ─ C/2019 Y4-A (ATLAS), C/2019 Y4-B (ATLAS), C/2019 Y4-C (ATLAS) e C/2019 Y4-D (ATLAS): deixando de novo muitos astrónomos (e observadores interessados, curiosos) desiludidos com o sucedido, pois esperando (no mínimo) um interessante espetáculo (talvez mesmo visível a olho nu) vendo agora o seu brilho a desfalecer não sendo visível da Terra. E com todos os 4 fragmentos a decair (no brilho, aquilo que os torna visíveis) com o fragmento C e D já quase invisíveis, restando o A e o B ainda visíveis com o auxílio de um instrumento ótico (por exemplo um telescópio) ─ com todos passando (tal como o original) a cerca de 39.000.000Km do Sol.

 

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Manchas solares AR2760 (à esquerda) e AR2761 (à direita)

Uma oriunda do 24º a outra do 25º ciclo solar

 

E aproveitando a ocasião e o site SPACE WEATHER (TIME MACHINE) [spaceweather.com] ─ falando-se ainda um pouco sobre outros dois tipos de fenómenos ocorrendo à nossa volta (para além da partilha do Tempo, tendo o Espaço em comum), um exterior à nossa influência (da raça dominante neste planeta, os terrestres) o outro como consequência direta da nossa presença ─ ou sendo mais correto, da sua ausência: sendo eles (os fenómenos ocorridos no Sistema Solar) sobre a atividade do SOL e sobre a conversa JÚPITER/IO. No caso da atividade do Sol ─ localizado a 150.000.000Km da Terra ─ e sabendo-se o mesmo estar em mudança de ciclo (cada um durando cerca de 11 anos) e com fraca intensidade (mudança do 24º para o 25º Ciclo Solar) ─ até agora com a ação dos raios cósmicos, a superarem os oriundos do Sol ─ com duas manchas na sua coroa solar a surgirem no seu hemisfério sul (com polaridades diferentes), uma delas vindo do 24º (AR2760) a outra formada já durante o 25º (AR2761): algo considerado normal (sendo um fenómeno expetável) nestas passagens de ciclo, mas por vezes podendo provocar algumas CME mais intensas e dirigidas à Terra (com maior ou menor consequências).

 

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Escutando o diálogo elétrico entre Júpiter e uma das suas luas Io

através da radioastronomia

 

Já no caso de Júpiter e nesse fenómeno incluindo uma das suas luas Io ─ distando ambos aproximadamente (hoje) uns 730.000.000Km da Terra ─ graças ao SARS-CoV-2 (não sendo um objeto espacial, mas um vírus terrestre) e ao seu rasto Covid-19, imperando no Espaço o Silêncio e ouvindo-se via rádio a conversa entre dois astros (integrando connosco este Sistema Planetário): com muito menos barulho ocultando o diálogo (oriundo de viaturas, aviões, motores, pessoas, etc.), ainda por cima sem a sobrecarga de uma ação solar mais intensa (com o Sol atravessando um mínimo), escutando-se perfeitamente o “diálogo” entre o Gigante e uma das suas luas ─ tal como o afirma o site [saceweather.com], estabelecido entre a atmosfera de Júpiter e a sua (uma das 80 ou mais) lua vulcânica Io.

 

(imagens: spaceweather.com ─ earthsky.org)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 09:38