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Sobre o Coronavírus – Quebrar a Desinformação

Sábado, 29.02.20

Com o surto epidémico de COVID-19 (uma nova versão de coronavírus) ainda bem ativo – a nível global (segundo Johns Hopkins CSSE, a 28 de fevereiro pelas 16:20, com quase 84.000 casos confirmados, 2.900 vítimas mortais (3,4%) e mais de 36.500 recuperados (43,7%) – aproveitando a ocasião para expor alguns dos mitos associados aos Coronavírus,  alguns deles (senão mesmo a esmagadora maioria) em nada contribuindo para a acalmia das populações:

 

Screenshot_2020-02-29 Coronavirus COVID-19 (2019-n

Mapa dos casos globais de Covid-19

(Johns Hopkins CSSE)

 

Já alarmadas com os números em crescendo (qualquer dia 100.000 infetados), sem previsão para o dia da inversão (atingido o pico máximo, com os números de infetados/mortos a começarem a descer) e com o número de vítimas mortais já perto dos três milhares.

 

Sobretudo quando estas “não notícias (boatos/rumores) podendo ser equiparadas a FAKE NEWS, são replicados por certas “autoridades e responsáveis” políticas, tentando obter algum proveito da situação:

 

Como foi o caso de um político norte-americano levantando a suspeita de que o vírus seria de fabrico chinês (Made in China), tendo sido produzido em Wuhan (o epicentro da crise), “escapado” das instalações (de produção) e infetado de seguida deliberadamente ou não (até podendo servir a situação, para testar o novo vírus entre humanos) a população local.

 

Seletivamente e como sempre (quando o político é unicamente um mero intermediário − entre o Estado e as Empresas − esquecendo quem o elegeu, afirmando no ato patrioticamente e como Servidor Público, representar) não se recordando da parte mais importante e que colocaria de imediato toda a sua argumentação em causa, como a dos chineses produzirem quase tudo até medicamentos e sob encomenda norte-americana (explorando mão-de-obra barata = ficar mais barato)”:

 

Como mão-de-obra escrava e ainda-por-cima incompetente, mas com os norte-americanos efetivamente deles sendo dependentes.

 

E aproveitando um artigo (de 28.02.2020) do site Live Science (livescience.com) lançando agora e aqui 12 desses “mitos-coronavírus (verdadeiros, falsos, assim-assim):

 

Caso

Mito

Valor Lógico

(simplificado)

V/F

1

Face masks can protect you

from the virus

F

(servindo apenas como medida preventiva)

2

You're waaaay less likely

to get this than the flu

V/F

(não necessariamente pois dependendo de outros fatores, apesar do nº que cada infetado contagia, no SARS era 2,2 e na gripe 1,3)

3

The virus is just

a mutated form of the common cold

F

(a constipação nada tem a ver com as infeções provocadas por coronavírus, transmitindo-se apenas entre humanos, o hospedeiro original; ao contrário das outras viroses em que o hospedeiro original/ex. morcego e o de seguida infetado/ex. camelo, posteriormente infetam o homem)

4

The virus was probably

made in a lab

F

(sendo uma mutação de outros coronavírus tendo provocado outras epidemias, aparentemente com origem nos morcegos, como com o SARS)

5

Getting COVID-19

is a death sentence

F

(neste momento com a taxa de mortalidade do COVID-19 andando acima dos 2% de infetados)

6

Pets can spread

the new coronavirus

F

(nem que os animais domésticos contraiam este vírus, como cães e gatos,  nem que o passem ao homem)

7

Lockdowns or school closures

won't happen in the US

V/F

(dependendo da evolução da epidemia, podendo em certos casos ser uma importante e decisiva medida preventiva; com o Japão a decidir encerrar desde já e temporariamente escolas devido ao Covid-19)

8

Kids

can't catch the coronavirus

F

(dado o vírus sem olhar a idades se transmitir entre humanos, naturalmente sendo mais suscetíveis os mais idosos/mais fragilizados e com a taxa de crianças infetadas, ser pouco maior de 2% − apesar de alguns afirmarem ser um valor subestimado)

9

If you have coronavirus,

"you'll know"

F

(com sintomas e tempo de incubação diferenciados ou podendo nem sequer evidenciar sintomas, podendo refletir-se em diagnósticos iniciais errados e contagiar inadvertidamente outros indivíduos)

10

The coronavirus

is less deadly than the flu

V/F

(com a taxa de mortalidade pela gripe e nos EUA a andar pelos 0,1% e o do Covid-19 pelos 2,3%, parecendo ser verdade, mas indo tudo depender da evolução futura de epidemia, podendo desacelerar/terminar, continuando a trabalhar-se como antes,  de um momento para o outro)

11

It's not safe to receive

a package from China

F

(segundo a Organização Mundial de Saúde ou WHO, com o vírus não sobrevivendo muito tempo num objeto)

12

You can get the coronavirus

if you eat at Chinese restaurants in the US

F

(nem sequer tendo alguma lógica até porque os países já afetados não se resumem à China − logo, à comida chinesa, até pelo nº de vítimas podendo ser italiana)

Consulta:

12 Coronavirus myths busted by science

29.02.2020 LIVE SCIENCE

(livescience.com)

 

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Vivendo em Pequim com o Covid-19

(Kevin Frayer/Getty Images)

 

Com os números atualizados por volta das 12:15 de hoje (sexta-feira) 29 de fevereiro e publicados no site da Johns Hopkins CSSE (gisanddata.maps.arcgis.com) a apontar para 84.124 infetados, 2.867 vítimas mortais (3,3%) e 36.738 recuperados (43,7%).

 

E para além da liderança da China nos três parâmetros aqui referidos – infetados, vítimas mortais e recuperados – fora do território chinês com a Coreia do Sul (2.337) e a Itália (888) a liderarem o número de infetados, com o Irão (34) e a Itália (21) a liderarem o nº de vítimas mortais e com o Irão (73) e Singapura (69) a liderarem os recuperados (Itália, 46).

 

Para já sem Portugal no mapa de indivíduos infetados (pelo menos aqui residindo e com um português infetado hospitalizado no Japão).

 

(dados: 12 Coronavirus myths busted by science/livescience.com

− imagens: arcgis.com − livescience.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 01:05