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Sonhando com a Lua

Domingo, 07.11.21

“Tão perto (a 384.400Km de distância),

tão longe (doze Homens a pisando até hoje)

de nós (mais de 7,9 mil milhões).”

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No início de mais um fim-de-semana de outono, aparentemente não se esperando obter dele, mais do que a chegada da semana seguinte ─ para de novo e como sempre se recuperar (chapa ganha, chapa batida) e recuperar, ativando para a sua função e de novo a réplica (só mesmo uma réplica, aguentando indefinidamente este quotidiano monótono e repetitivo de miséria) ─ e nada em nosso redor havendo para se percecionar ou se sentir, que nos fizesse de alguma forma ou feitio “sobressaltar a alma”, depois de um momento anterior de reflexão sobre o papel desempenhado pelo Sol e por Júpiter no nosso Sistema Planetário (um como fonte de energia, o outro como um acumulador da mesma) ─ no intervalo entre ambos estando a Terra, esse Ponto Azul extraordinário e único, contendo Vida ─ surgindo lá no alto bem visível (diariamente) no céu noturno envolvendo-nos, protegendo-nos e para além do limite (indicando a fronteira entre a Terra e o Espaço), o nosso único satélite natural, a nossa única companheira desde há biliões de anos (até sonhando com ela) a Lua.

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No ano de 2021 mais de meio século passado sobre a nossa 1ª presença na superfície da Lua (julho de 1969) ─ num projeto (Apollo) encerrado quanto a alunagens, em dezembro de 1972 ─ e com os únicos voos tripulados a limitarem-se a uma viagem de cerca de 400Km entre a Terra e a ISS (Estação Espacial Internacional), nunca mais o Homem se tendo lançado em viagens entre dois corpos celestes (como o concretizado entre a Terra e a Lua), limitando-se ao lançamento de sondas automáticas (algumas já tendo mesmo ultrapassado os limites do nosso Sistema Solar) e à elaboração de projetos utópicos, por até agora não terem concretizado nada que a curto-prazo (como previsto) os sustente: antes mesmos de se voltar à Lua, planeando-se já a concretização (nesse mesmo curto-prazo, sucessivamente adiado) não só de uma missão a Marte, como o da sua própria colonização (a médio-prazo, enviando para lá 1 milhão de terrestres) e se necessário (já agora) terraformação (do Planeta Vermelho talvez ressuscitando-o).

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Sendo necessário ser lunático ─ “influenciado pela Lua, maníaco, tolo, fantasista, sonhador, excêntrico, extravagante (infopedia.pt) para se colocar a olhar e pensar na Lua, sabendo a mesma (a Lua) poder servir de espelho da nossa incapacidade (do Homem como ser vivo e em constante movimento e evolução) para resolver problemas próximos, mesmo tendo tecnologia e recursos disponíveis para tal, bastando (alguém/algo empurrar e) dar o salto: enquanto não formos capazes de olhar para o alto e muito mais além (sobretudo mentalmente) pensando apenas no nosso dia a dia de sobrevivência e não dando (simultânea e esmagadoramente) alternativa a ninguém ─ apontando-se sempre com o mesmo dedo (o do meio) e na mesma direção ─ em vez de investirmos na experiência, na aventura e no conhecimento (como na perigosa Época dos Descobrimentos), deixar-nos-emos levar sempre pela indiferença, movimentando-nos daqui para ali (andando sempre por perto) e no resto ficando à espera, quietinhos no lugar. No final da história ficando por cá e morrendo, em vez de sair da sua zona de conforto e (por uma questão de sobrevivência, nenhum lugar sendo eterno) emigrar.

(imagens: pt.slideshare.net ─ graphics.reuters.com ─ fineartamerica.com)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 18:13