ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
EL NINO DO ÍNDICO
[E a meteorologia a curto-prazo (out/nov/dez) na costa oriental de Africa.]
Afetando (entre outros) países do SE da Ásia,
a Austrália, a Etiópia, a Somália, o Sul do Sudão e o Quénia.
Com o “EL NINO do ÍNDICO” devido à constante mudança de temperaturas a nível das águas do oceano − umas vezes estando mais fria, outras vezes estando mais quente – alterando ciclicamente de direção – este ano dirigindo-se para a costa leste de África e segundo os cientistas podendo ser um dos fenómenos mais extremos desde sempre registado – os efeitos da sua chegada ao continente africano começam cada vez mais a ser notícia, com registos de ELEVADA PRECIPITAÇÃO afetando milhares de pessoas.
“Very strong Indian Ocean Dipole event happening right now.
Drought and fire risk in SE Asia/Australia (e.g. Indonesian forest fires).
Could hit East Africa with major floods in coming months.”
(Phill Platts/@PJPatts/twitter.com)
E assim, devido ao lado ocidental do oceano Índico se encontrar mais quente do que o seu lado oriental, resultando uma maior evaporação junto da costa africana e como consequência, registos de elevada precipitação já em terra: prevendo-se para esta região de África e até ao fim do ano um período “bem húmido e bem molhado”, com o mês de Novembro a ser apontado (pelos mesmos cientistas) aquele a poder ser o mais perigoso – com a chuva a cair intensamente, fazendo extravasar rios e provocando grandes inundações … potencialmente podendo originar destruição, desalojados, feridos e mortos. Avisando-se disso alguns países:
"High rainfall events associated with flooding
in [parts] of Ethiopia, Somalia, South Sudan, and Kenya
are likely related to this positive IOD state.”
(Zewdu Segele/ICPAC/watchers.news)
Se entre a população e devido ao forte impacto meteorológico do EL NINO do ÍNDICO, há poucos dias atrás (21 de Outubro) a estatística da UN já apontava e apenas para o sul do Sudão números podendo atingir os 800.000 afetados devido às inundações (afetando igualmente outros animais domésticos ou selvagens), consequências semelhantes podendo afetar igual e duramente outros países (próximos) como a Somália e a Etiópia (já se debatendo com a doença, a fome, a guerra e com “todo o negócio ocidental relacionado com a morte”). Para já e em vez de se remediar com um outro país como o Quénia, a parecer querer (felizmente) prevenir-se.
Entre os camelos (e como se constata na imagem inicial) apesar de igualmente afetados e podendo ser atingidos pelos efeitos da TEMPESTADE (até morrer, levados pelas inundações e pelas fortes correntes de água), juntamente com o Homem e graças às suas pernas bem compridas, sendo paciente e solidário (da sua altura, olhando para baixo), servindo na ajuda e na proteção: não se podendo dizer que “nem os camelos se safam”, podendo-se salvar eles assim como os seus donos (ou não fosse uma das características de qualquer organismo vivo, ser resiliente).
(imagens: watchers.news e Phill Platts/@PJPatts/twitter.com)
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O Tempo no Mundo
[Equilibrado exceto em redor da Oceânia]
Meteorologicamente falando sem nada de relevante a assinalar (segundo a NOAA) na costa oriental e ocidental dos EUA (ou seja, no Hemisfério Norte).
Temperatura à superfície dos oceanos
(24.03.2019 21:10 UTC)
Já como contraponto (informação Weather Underground) e no outro lado do Mundo (Hemisfério Sul) três Ciclones Tropicais continuam ainda ativos:
Trevor, Verónica e Joaninha.
CT | L | M | V |
Trevor | 16.2 S 137.4 E | SW | 185 Km/h |
Verónica | 20.4 S 117.7 E | S | 113Km/h |
Joaninha | 17.1 S 61.7 E | SSE | 161Km/h |
(CT: Ciclone Tropical L: Localização M: Movimento V: Velocidade)
Circulando (os três ciclones) pelo oceano Índico e pelas vizinhanças desse quinto continente dando pelo nome de Oceânia − entre outras ilhas, nele incluindo a Austrália e a Nova Zelândia – localizado por sinal na região mais geologicamente ativa de todo o Globo Terrestre e nela integrando o Anel de Fogo do Pacífico (rico em fenómenos de vulcanismo e fenómenos sismológicos).
E aqui recordando Moçambique atingido recentemente (há poucos dias) mais a ocidente (com o ciclone entrando pelo litoral dentro, na região da Beira) pela tempestade tropical IDAI: causando enorme destruição e um número indeterminado de vítimas mortais − falando-se poder ultrapassar o milhar.
(imagem: wunderground.com)
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Caso Encerrado
Boeing 777 despenhou-se no Índico e não há sobreviventes
“Decreta-se o despenhamento do avião e a não existência de sobreviventes”
(informação via – UK Air Accidents Investigation Branch)
Em quinze dias os produtores recriaram o guião do novo episódio final
A justificação apresentada baseia-se na análise de dados obtidos via satélite da trajectória seguida pelo avião das Linhas Aéreas da Malásia, cujo último sinal o colocava em pleno oceano Índico, nas proximidades da cidade australiana de Perth. Não foram no entanto adiantadas quaisquer tipos de explicações para o seu desaparecimento e para a sua queda final no mar, provocando 239 mortos entre passageiros e tripulantes. Provavelmente estaria – para azar de todos e com o desconhecimento dos pilotos – fora de serviço.
(imagem – Web)
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Micro Continente
Pesquisadores encontram continente abaixo do oceano Índico
Areia da República de Maurício revela massa terrestre ancestral
Novo estudo sugere que os remanescentes submersos de um micro continente ancestral podem estar distribuídos sob as águas entre Madagáscar e Índia.
Evidências para a terra há muito perdida vêm de Maurício, uma ilha vulcânica que fica aproximadamente a 900 km a leste de Madagáscar. Os basaltos mais antigos da ilha são de aproximadamente 8,9 milhões de anos atrás, declara Bjørn Jamtveit, geólogo da Universidade de Oslo. Mas análises grão a grão da areia de praia que Jamtveit e seus colegas colectaram em dois locais da costa de Maurício revelaram aproximadamente 20 zircões – minúsculos cristais de silicato de zircónio extremamente resistentes – muito mais antigos.
Os zircões tinham se cristalizado dentro de granitos ou outras rochas ígneas há pelo menos 660 milhões de anos, observa Jamtveit. Um desses zircões tinha pelo menos 1,97 bilhões de anos.
Jamtveit e seus colegas sugerem que rochas contendo os zircões viajantes se originaram em fragmentos ancestrais de crosta continental localizada abaixo de Maurício. Eles propõem que erupções vulcânicas geologicamente recentes levaram fragmentos da crosta para a superfície da Terra, onde os zircões foram erodidos de suas rochas – mães para polvilhar as areias da ilha. O trabalho da equipe foi publicado em 24 de Fevereiro na Nature Geoscience.
Restos de crosta
O artigo também sugere que não apenas um, mas muitos fragmentos de crosta continental jazem abaixo do fundo do Oceano Índico. Análises do campo gravitacional da Terra revelam diversas áreas extensas em que a crosta do fundo do mar é muito mais espessa que o normal – com pelo menos 25 ou 30 quilómetros de espessura, ao contrário dos cinco a 10, mais comum.
De acordo com a equipe, essas anomalias na crosta podem ser remanescentes de uma massa de terra, que baptizou de Maurícia, separada de Madagáscar quando a deriva tectónica e a difusão do fundo do mar impulsionaram o subcontinente indiano para nordeste há milhões de anos. Alongamentos e desbastes subsequentes da crosta da região afundaram os fragmentos de Maurícia, que juntos formavam uma ilha ou arquipélago com aproximadamente três vezes o tamanho de Creta, estimam os pesquisadores.
A equipa decidiu colectar areia, em vez de pulverizar rochas locais, para garantir que zircões inadvertidamente presos em equipamentos para moer rochas de estudos anteriores não contaminassem suas amostras fresquinhas. O afloramento de crosta continental que poderia ter produzido os zircões de Maurícia mais próximo conhecido está em Madagáscar, do outro lado de um mar profundo, aponta Jamtveit. Além disso, os zircões vieram de locais tão remotos de Maurícia que é improvável que humanos os tenham carregado até lá.
“Não existe fonte local óbvia para esses zircões”, observa Conall Mac Niocaill, geólogo da University of Oxford, no Reino Unido, não envolvido na pesquisa.
E também, não parece que os zircões tenham chegado a Mauritius carregados pelo vento, declara Robert Duncan, geólogo marinho da Oregon State University em Corvallis. “Existe uma possibilidade remota de que tenham sido soprados pelo vento, mas eles provavelmente são grandes demais para isso”, adiciona ele.
Outras bacias oceânicas espalhadas pelo mundo podem muito bem abrigar remanescentes de “continentes fantasmas” semelhantes submersos, observa Mac Niocaill em um artigo de Notícias e Opiniões que acompanha o trabalho. Apenas pesquisas detalhadas do fundo do oceano, incluindo análises geoquímicas de suas rochas, revelarão se a fragmentada e submersa Maurícia tem algum primo perdido, acrescenta.
(Scientific American Brasil: a partir de artigo Nature)