ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Alucinação de Abril
“40 Anos de Eleições Livres”
(Visão)
E seria esta a compensação pela qual ansiávamos após 50 anos de fascismo?
Nem com o Espírito Santo sentado na cadeira se deixa de ver os (outros) Predadores
Quando vemos (diante de nós) a classe não declarada mas verdadeiramente vencedora de Abril (uma espécie de Cocktail 24/25 MIX) a levar ao cimo do seu Altar a sagrada Urna de Voto, olhamos para nós no nosso velho espelho e rapidamente constatamos que a tal urna (a nós destinada), não passa de mais uma de muitas mas do tipo funerária. Aqui sendo colectiva.
O 25 de Abril foi um Golpe de Estado que tirou os patrões do poder e lá colocou em sua substituição os seus piores capatazes: enganaram o patrão a 24, enganaram o trabalhador a 25 e de seguida como auto recompensa pela sua esperteza saloia mas eficaz, dominaram progressivamente a nossa cultura e até a nossa memória. E aí ficaram até hoje.
Esquecendo, ignorando e manipulando: ou seja demolindo-nos por implosão. O único acréscimo deste Governo a esta tragédia foi ter morto a CONSCIÊNCIA e tê-lo feito sem um pingo de VERGONHA. Mas pelos vistos nem isso nos incomoda, estando já prontos para outra (e de rabo a abanar) pois a Esperança (não consegui identificar a pessoa) será sempre a última a morrer.
No dia 25 de Abril de 1974 o povo saiu à rua. Durante uma semana comemorou a liberdade (há tanto tempo perdida), culminando esse acontecimento único (astronomicamente como a extraordinária passagem de um cometa) com a grande manifestação de 1 de Maio de 1974. A 2 de Maio tudo começou a mudar.
A deriva revolucionária foi controlada (fenómeno típico de infantilidade ou de senilidade), os dois eixos da carruagem voltaram a aproximar-se ao centro (sinal de equilíbrio), foram-se eliminando apeadeiros (gastos desnecessários), reforçaram-se as estações liderantes (sinal de progresso) e até se chegou ao topo de gama com o Alfa Pendular.
Viva o 25 de Abril de 1974!
(imagem – sadmoment.com)
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E A Poesia Morreu!
25 de Abril de 1974
Portugal, 25 de Abril de 2013:
O povo caiu de novo na mão dos seus algozes, mas agora com o país à beira dum abismo de morte. Mas onde está a justiça libertadora, uma das principais exigências de Abril?
(imagens – Centro de Documentação 25 Abril)