ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Homem na Lua
“A nossa vida depende da partilha de espaços. Caso contrário – se não aceitarmos esse facto – resta-nos invocar a vida e a morte, justificando todos os nossos atos com a passagem do tempo, esse parâmetro abstrato e irreal, que apenas limita o nosso horizonte: e nem o burro aceita as palas como reflexo da realidade visual!”
Universo Vivo e em Movimento
Burro-Livre, Homem-Livre, Terra-Livre
Sem Palas nem outros Condicionantes
Pertencemos todos – conjuntamente com a Terra onde habitamos – a um sistema vivo centrado numa estrela Mãe o Sol, à volta da qual circulam todos os seus descendentes mais próximos, procurando naturalmente a proteção maternal e indicações instrutórias de viagem, para o seu futuro planetário e dos seres vivos que transportam. Como um simples ponto, como uma simples partícula, como uma simples célula, seja como for que nos apareça, vivemos num Universo Vivo em constante transformação e reprodução, em que tudo interage entre si e em que nada se cria nem nada se perde, apenas porque nada existe no tempo apenas se movimenta no espaço.
20.07.1969
Foi há mais de 43 anos!
O Homem Pisava um Solo Não Terrestre
Um Mundo Alienígena
Ilustração – DN
O Homem chegou à Lua nos finais dos anos sessenta, em plena Guerra Fria entre os EUA e a URSS e com as duas grandes potências da altura, a lutarem entre si pela hegemonia mundial. Os desejos de dominação e preponderância económica e militar a nível global, levou-os a estenderem as suas ambições geoestratégicas para fora do próprio planeta Terra, lançando-os para a conquista do espaço envolvente e mais para além, como foi o caso das missões enviadas na direção do nosso satélite a Lua. A proeza alcançada pelos EUA de enviarem uma nave tripulada à Lua, incluindo a alunagem e a viagem de regresso, ainda hoje está registada na minha memória de infância, com horas seguidas pela noite fora a assistir na televisão a imagens fantásticas ainda a preto e branco e a ver os dois astronautas norte-americanos a passearem por um território estranho, misterioso e alienígena, enquanto o terceiro astronauta circulava em orbita do satélite, aguardando o regresso dos seus companheiros da sua incrível aventura lunar. Na altura muitos norte-americanos e observadores de muitas outras nacionalidades duvidaram da veracidade das imagens que iam recebendo da Lua, pretendendo com esta sua atitude afirmar que tais imagens teriam sido pormenorizadamente elaboradas em estúdios cinematográficos preparados para o efeito e destinados a iludir o povo e a confundir os seus adversários e inimigos soviéticos. No entanto o que “sobrou” disto tudo foi a enorme capacidade que o Homem tem de ultrapassar constantemente os seus limites e de criar novas fronteiras e possibilidades, que ele e a Humanidade em conjunto possam atingir, conhecer e desvendar. E a aventura ainda agora começou e os mistérios desta viagem há muito iniciada e desde sempre desejada – somos essencialmente nómadas aventureiros – já nos rodeiam com incrível persistência, transformando-nos em investigadores frenéticos e ávidos de conhecimento.
(imagem – WEB e DN)