ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
O Voo Fatal 9525
Na passada terça-feira um Airbus A320 de uma subsidiária do grupo alemão Lufthansa, colidiu a cerca de 2.000 metros de altitude e a cerca de 700km/h com uma das montanhas da cordilheira dos Alpes, provocando com o violentíssimo impacto que se seguiu a completa desintegração da aeronave e 150 vítimas mortais (entre passageiros e tripulação).
Destroços resultantes do choque brutal do A320
(contra uma das montanhas da cordilheira dos Alpes)
“A young German co-pilot locked himself alone in the cockpit of a Germanwings airliner and flew it into a mountain with what appears to have been the intent to destroy it, a French prosecutor said on Thursday.” (reuters.com)
“We must confirm to our deepest regret that Germanwings Flight 4U 9525 from Barcelona to Düsseldorf has suffered an accident over the French Alps. The flight was being operated with an Airbus A320 aircraft, and was carrying 144 passengers and six crew members.” (germanwings.com)
O co-piloto do Airbus A320
(pertencente à companhia alemã Germanwings/Lufthansa)
Depois dos dois últimos grandes acidentes ocorridos no decorrer do ano passado (no espaço de quatro meses e envolvendo a mesma linha aérea), certamente que os frequentadores deste meio de transporte começam a ter algumas dúvidas sobre esta opção de veículo e sobretudo sobre as suas condições de segurança: só nestes dois acidentes aéreos registaram-se um total de 537 mortos (MH370/Malásia e MH17/Ucrânia).
E se decidirem lembrar-se de acidentes aéreos anteriormente ocorridos em circunstâncias e consequências muito semelhantes, facilmente descobrirão mais uns quantos casos que de tão idênticos e familiares, nos dirão que esta última tragédia não é uma situação tão virgem e irrepetível como pensamos.
Já no ano de 1997 um avião indonésio da companhia Silk Air conduzido pelo seu comandante suicida se tinha despenhado sobre um rio provocando mais de 100 mortos, para dois anos depois um avião da Egypt Air acabado de levantar voo de Nova Iorque em direcção ao Cairo e trinta minutos depois da descolagem (e com o seu comandante suicida a gritar “I rely on God”) se despenhou no mar e provocou mais de 200 mortos.
Agora surge esta tragédia não só envolvendo (de novo) a Europa, uma companhia alemã bem creditada no mercado como a Lufthansa, obliteração total do aparelho e de todos os passageiros que transportava e novamente contando com a participação de mais um piloto suicida. Que apesar de ser o aprendiz e sem grande dificuldade tomou nas suas mãos o destino de outras pessoas.
Como é possível?
Tem que haver responsabilidade criminal e não será só do co-piloto. Pelo menos em respeito e homenagem a todos aqueles que não o sabendo, foram involuntárias vítimas mortais (como parece ter sido o piloto).
(imagem – wsj.com)