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Tiroteio no Comboio

Sábado, 22.08.15

“Un homme a ouvert le feu, vendredi 21 août, dans un train Thalys entre Amsterdam et Paris, avant d’être maîtrisé par des passagers.”
(lemonade.fr)

 

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Tiroteio no comboio Amesterdão/Bruxelas/Paris

 

Agora que estamos no Verão e muita gente se desloca de comboio (seja para fazer férias ou para ir trabalhar), muitas são as alternativas de destino ou os objetivos de viagem: desde a simples deslocação ferroviária para as praias do Algarve até à utilização do interrail para viajarmos pela Europa. Nos dois casos apresentados com cenários condizentes: fosse com um companheiro de viagem partilhando experiências (por exemplo sexuais com alguém do sexo oposto) ou com um companheiro de vida sempre suprindo insuficiências (como eu vi um emigrante a fazer na viagem para a terra, apalpando todo o tempo a sua saudosa mulher).

 

Só que agora vivemos noutros espaços e noutros tempos e uma simples viagem de comboio de uma localidade para a outra, pode-se transformar de um momento para o outro e sem que nunca descubramos por que razão nem porquê, num verdadeiro e dramático acontecimento não só social como político. Tal e qual como terá acontecido na ligação ferroviária entre Amesterdão e Paris (com a estação de Bruxelas lá pelo meio), com um jovem marroquino utilizando várias armas (incluindo uma kalachnikov) a abrir fogo no interior das carruagens, acabando por ferir duas pessoas antes de ser imobilizado e finalmente detido.

 

Nos tempos em que hoje vivemos se já era impossível sair de casa sem que tivéssemos dinheiro para obrigatoriamente o poder gastar (dinheiro sem o qual nunca teríamos o respetivo e necessário cartão de acesso e de garantia de sobrevivência), todo o panorama se agrava se no nosso regresso a casa constatarmos que já não nos encontramos vivos: sair de casa sem dinheiro e ainda por cima levar um tiro, é só mais um convite à indiferença e à prática intensiva da abstinência. E tudo isto apenas porque um certo indivíduo resolveu pôr-se a disparar (como os grandes líderes nos propunham antigamente, oferecendo-nos uma licença de porte de arma), em vez de utilizando uma forma mais educada e civilizada de diálogo limitar-se unicamente a falar (como os grandes líderes nos propõem atualmente, oferecendo-nos uma licenciatura e um canudo).

 

(imagem – Philippe Huguen/AFP)

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publicado por Produções Anormais - Albufeira às 12:45