ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
150 Sendo um dos Números
“Depois da nova-teoria dos [150] como limite máximo de Vida,
agora a velha-teoria dos [150] como limite máximo de amigos (algo relevantes)”.
Os Círculos de Dunbar
Para além dos amigos (máximo de 50),
os algo relevantes, no máximo 150
Na pesquisa diária do que se passa pelo Mundo até para quebrar a repetitiva monotonia regional estendendo-a (em quantidade) a global ─ e assim convencendo-nos (erradamente) da existência de mais alternativas disponíveis (em qualidade) ─ ficando a saber através do site “theconversation.com” da existência do “Número de Dunbar” (da autoria do psicólogo Robin Dunbar), um valor baseado numa teoria (já com 29 anos) nunca tendo sido experimentalmente confirmada (e no entanto tendo sido por muitos anos divulgada) informando que cada ser humano estaria limitado a um máximo de, “150 laços individuais de amizade”: baseando tal conclusão no número de neurónios existentes no nosso córtex cerebral, impondo um limite à nossa capacidade psíquico/física de processamento (mecanismos mentais) e de mantermos amizades/ligações fortes, entre outros indivíduos (da mesma espécie) formando o coletivo. Sendo a curiosidade tratar-se de algo nunca comprovado (empírico), ainda perdurando passados quase três décadas (como a teoria da existência de um vulcão em Monchique, no Algarve) e tendo apenas como algo de positivo (o erro aproxima-nos da solução), ter mantido esta questão em aberto, algo de estranho (pela falta de critério científico) mas sempre motivador (não estando certo, não havendo provas, tendo-se que estudar/investigar para se corrigir, aprender). Tendo-se de adicionar ainda que não havendo qualquer razão credível para se poder aceitar minimamente tal afirmação ─ limitando as nossas possíveis amizades/relações a um máximo de 150 indivíduos ─ a comunicação por vezes pode tornar-se bastante traiçoeira (seja falada ou escrita, o problema residindo na língua e na sua tradução), podendo estar-se a ser induzido não só num erro de cálculo (porquê 150 quando uns dizem esse nº limitar-se aos dedos de uma mão/nem cinco e outros dizem ter na Web milhões de seguidores), como numa indevida utilização de palavras semelhantes mas não idênticas, como “trabalho e emprego” ou “amigo e conhecido” (sinónimos para uns, mas não o sendo para outros).
Neocortex size as a constraint on group size in primates |
It is suggested that the number of neocortical neurons limits the organism's information-processing capacity and that this then limits the number of relationships that an individual can monitor simultaneously. When a group's size exceeds this limit, it becomes unstable and begins to fragment. |
(R.I.M.Dunbar/June 1992/sciencedirect.com) |
Felizmente não existindo provas de tal (do Grupo dos 150), ainda-por-cima e por experiência própria ─ de cada um e do coletivo (mais vasto) ─ sendo as razões e as consequências bem diversas (distintas), dependendo não só do ecossistema em que se está inserido como igualmente de como nós como espécie (dominante) usufruímos dele: por vezes com a “alimentação” podendo ter mais influência no entendimento/eficácia (imediata), do que a “socialização” (por vezes não passando de conversa), neste caso com o nosso cérebro destacando-se dos restantes primatas, processando a informação, arquivando-a em memória e mesmo sendo aparentemente desnecessário, em momentos de ócio ou trágicos (em situações extremas impedindo-nos de recuar) experimentando, inovando. Não existindo limites (não significando não existirem conjuntos) num Universo Infinito e no dia em que o compreendermos há muito já estando nele, mais fácil se tornando a nossa integração e compreensão (faltando-nos saber conjugar, um parâmetro definido como real o Espaço, com um outro definido como abstrato/o Tempo, num trabalho iniciado já no século passado com Albert Einstein e a sua fórmula E=MC²). Nem 150 como limite de idade, nem 150 como limite de amigos, como nem sequer 100, foram limite para a invasão chinesa: antes detendo as “Lojas dos 100” (passando depois a 200/300), depois grandes áreas comerciais e agora sendo-lhes por nós disponibilizado, comprando o país (como o vão fazendo por toda a Europa).
(dados: theconversation.com ─ imagem: laraza.com)
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Ainda Existe Gente, Que Não Acredita No Céu Como Limite
Mensagem deixada por uma vizinha no meu portão:
Algoz, 03.05.2013
Olá!
Coloquei hoje nos vossos dois cães o tratamento Frontline com uma pepita que dura por trinta dias contra pulgas, carraças, alergias, etc. Os dois cães são muito queridos e ficam sempre junto à rede onde os meus cães se juntam e estavam a pegar-lhes carraços. Espero que não levem a mal.
Manuela
Os nossos amigos de vida e companheiros de viagem
O cão estava à porta de casa a coçar os seus carrapatos, quando vindo do lado do portão que dava acesso ao terreno, dois indivíduos se dirigiram imediatamente para ele, como se fossem dois funcionários de um canil municipal, prontos a obter mais uma vítima para a limpeza humanitária de canídeos, a realizar como habitualmente no fim-de-semana seguinte.
Um deles pegou numa dúzia de pedras que encontrou no seu percurso, começando logo a tentar atingir à pedrada o pobre do cão, que nunca fizera mal a ninguém e apenas os esperava para ver o que queriam. Uma delas atingiu-o violentamente numa das vistas – inutilizando para sempre a sua vista esquerda – o que deixou inicialmente o cão paralisado e a contorcer-se e a ganir de dor, fugindo à primeira oportunidade das agressões injustificadas dos estranhos que nunca vira antes, numa corrida desenfreada, sem destino e comandada pelo medo.
A sua irmã ainda teve a sorte de não se encontrar nas imediações da casa na altura do ataque, acabando por ir atrás do irmão para ver o que se passava com ele e ao mesmo tempo para se proteger na companhia dele destes inimigos desconhecidos, escondendo-se os dois no meio da zona mais densa de arbustos que existiam no terreno. Foi provavelmente com muita tristeza que viram a destruição ao pontapé e com o uso de marretas da porta da casa e do que estes estranhos posteriormente e deliberadamente provocaram no seu interior – parecendo um acto de vingança – pouco levando mas tudo destruindo. Até as duas placas de metal que cobriam e decoravam a sepultura da Branquinha, foram roubadas, perante o espanto irracional dos outros dois cães seus irmãos.
A crise também se sente nos campos que circundam as cidades, sendo muitos dos crimes mais violentos envolvendo familiares (e até outros animais) aqui praticados, mas acabando submergidos e ignorados pelo isolamento a que todos os que aí vivem estão condenados. Até os animais são vítimas preferenciais destes novos desqualificados, abatendo e envenenando cães, prendendo-os em sítios inqualificáveis e sem o mínimo cuidado sanitário e até denunciando – se tiverem uma autoridade amiga – aqueles que vendo a violência exercida sobre os animais, ainda os recolhem e salvam dos seus antigos algozes.
O povo tem que perceber que os animais são o espelho da nossa consciência, os nossos primeiros e últimos amigos. Até à morte!