ALBUFEIRA
Um espelho que reflecte a vida, que passa por nós num segundo (espelho)
Ditaduras, Cúmplices e Apoiantes
As ditaduras actuais têm todas apoiantes ou cúmplices, que apenas se distinguem uns dos outros, pela ocasião e opção de negócio que tomam, em determinado momento especulativo.
Coreia do Norte – Kim Jong-Il e o seu filho Kim-Il-Sung
A sequência hereditária de um poder familiar e paternalista é uma consequência lógica da evolução das sociedades actuais, concentradas num só pólo de desenvolvimento económico e social e com uma segurança fortemente implantada, de modo a poder estreitar ao máximo o filtro dos canais de comunicação, petrificando-os ilusoriamente com imagens de força e poder: o que no entanto e com a ajuda de muitos, não deixa de funcionar.
Estados Unidos da América e Coreia do Norte – Albright e Jong-Il
Os Estados Unidos podem ser considerados como cúmplices, de uma situação que apenas lhe interessa manter intermitentemente à superfície. Utilizam para isso discursos agressivos, mas ocos de acção e concretização em objectivos. E não é invocando a velha questão da Declaração dos Direitos Humanos, em que ele é o Rei e o Senhor da implementação definitiva do desprezo e desrespeito pelas condições de vida em diversas situações de guerra, que veremos milagrosamente o mundo mudar de paradigma – é que a vida já não suporta mais hipocrisia.
Rússia e Coreia do Norte – Medvedev e Jong-Il
A Rússia pode ser considerada como apoiante – mesmo que não assumido – do regime norte-coreano. A deslocação do mundo económico e financeiro mundial para os mercados asiáticos é já uma realidade, da qual a velha Europa dos rendimentos garantidos ainda não se apercebeu, mesmo depois dos sinais de revolta no mundo árabe (colonizados), que antecederam o despertar da crise profunda na própria Europa (colonizadores). A Rússia ainda poderá ter um papel decisivo no futuro da Europa – seja ele qual for – devido à sua posição central entre o oeste e o este, enquanto a Grã-Bretanha procurará em desespero de causa, manter a sua bolsa em plena actividade, estabelecendo eixos de comunicação privilegiados com o sistema financeiro americano e mundial – pelo menos enquanto o dólar existir. Quanto à Alemanha ainda não aprendeu com a sua derrota e com o genocídio que provocou durante a 2.ª Guerra Mundial e mais uma vez com a colaboração da França, pretende conquistar a Europa, não se apercebendo que ela já não é nem nunca mais voltará a ser, aquilo que já tantas vezes desejou, mas que sempre alguém destruiu.